Re: ARLA/CLUSTER: Importa reinventar o associativismo com respeito pela identidade bairrista tradicional e enraizada na nossa cultura…

Gomes ct1hix sapo.pt
Domingo, 28 de Abril de 2019 - 19:22:41 WEST


Boa tarde
Olhando friamente para o cenário associativo português é evidente que 
espelha a vontade da maioria dos radioamadores portugueses. É evidente 
que os radioamadores querem acabar com as associações, acham-nas 
inuteis, só servem para os orgãos directivos "brilharem", nada tem para 
oferecer aos seus sócios, etc etc etc.
Enquanto assim for qualquer solução é impossível  por melhor que ela 
possa ser.
Como diz a musica, "Portugal, Portugal..."
Atenção, sou 100% a favor da existência das associações e tenho a 
certeza absoluta que o trabalho que desempenham é importantíssimo.


73, Gomes op: CT1HIX
https://ct1hix.net/

Às 22:17 de 27/04/19, João Paulo Saraiva A.E. CT1EBZ escreveu:
>
> Caros colegas.
>
> Há na atualidade associações alimentadas a balões de soro, associações 
> mortas, associações mortas que não sabem que o estão, e associações 
> criogenadas que podem ser reanimadas a qualquer momento.
>
> Embora esta minha entrada possa parecer uma crítica negativa, na 
> realidade é um grito de tristeza e de vontade de fazer algo para 
> reverter as mortes ocorridas, anunciadas, ou inevitáveis no curso atual.
>
> Ao longo de anos o bairrismo e o concurso de conhecimento de uns e 
> pseudo sapiência de outros, conduziu-nos como fase de desenvolvimento 
> pessoal humano de uns e outros a uma crescente divisão associativa, eu 
> próprio me incluo neste curso de vida.
>
> Na atualidade e nesta fase de desenvolvimento pessoal humano, acredito 
> que é preciso reinventar o associativismo voltando às origens, ou 
> seja, não se trata de reinventar a roda, mas sim de adotar adaptações 
> revolucionárias que implicam um regresso ao passado.
>
> Poderia usar como exemplo qualquer outro tipo de associação já que o 
> problema é quase transversal, contudo vou centrar-me nas associações 
> de radioamadores, não para atentar contra elas, mas pelo contrário, 
> procurando contribuir para a solução para muitas destas.
>
> Sejamos honestos, o associativismo que funciona na atualidade é 
> essencialmente o das confrarias, pois sem comes e bebes é difícil 
> reunir associados e mais difícil ainda encontrar associados 
> disponíveis para integrar os corpos sociais.
>
> Há na atualidade associações que não cumprem as obrigações legais, 
> outras sem corpos sociais totalmente preenchidos, outras que já se 
> extinguiram administrativamente e não sabem, enfim há de tudo.
>
> Então qual é a solução?
> Em minha opinião uma das soluções possíveis passa pela estratégia 
> adotada por certo Governo quando criou as super esquadras reconhecendo 
> que um esquadra em cada bairro não conseguia fazer policiamento, 
> assegurar responsabilidades administrativas, e ainda outras missões no 
> âmbito das suas competências e atribuições. Ou seja, idealizo no 
> máximo 5 associações regionais em Portugal continental, com suas 
> secções locais com identidade própria de cada localidade de onde são 
> originárias, e se possível até com logotipo próprio com marca 
> registada para preservar a identidade bairrista de que tanto o povo 
> gosta e se compreende (o amor à Terra). Em alternativa, uma associação 
> nacional que absorva as associações locais em vias de extinção ou em 
> dificuldades, que registe o logotipo dessa “associaçãoâ€, e que tal 
> como previsto no código civil possa não ter personalidade jurídica, 
> mas que funcione como tal e se concentre a sua atenção nas suas 
> atividades operacionais e associativas, possibilitando assim que 
> existam e desenvolvam atividades, mas que não tenham o peso de 
> suportar a administração da associação. Outro aspeto importante é o 
> financiamento, sendo importante que se crie um modelo de 
> descentralização de uma percentagem das receitas da quotização dos 
> associados para as delegações locais (antigas associações).
>
> Creio sinceramente ser possível reinventar e reanimar o associativismo 
> com um modelo que olhe para os fins sem se alhear dos meios nem se 
> eximir das responsabilidades que devem ser partilhadas, e assim 
> converter o associativismo radioamadoristico num movimento mais 
> fortalecido e saudável, porque sejamos sinceros, o protagonismo dos 
> corpos sociais não paga as chatices que as inerentes funções 
> representam e, todos gostamos de “brincarâ€, mas, se atentarmos com 
> rigor às disposições legais, contatamos que na realidade poucos se 
> atrevem a assumir as efetivas responsabilidades de cada corpo social.
>
> Por exemplo, se a Associação Nacional ou Regional for reconhecida como 
> Organização de Voluntariado de Proteção Civil, ou com estatuto de 
> utilidade pública, as suas delegações ou núcleos locais (antigas 
> associações) passam a beneficiar desses estatutos, sem que tenham 
> preocupações acrescidas para o efeito, já que a estrutura central tem 
> essa responsabilidade.
>
> No contexto contemporâneo, creio que há mais vantagens na união do que 
> na divisão, contudo, sem que se valorize a identidade e o bairrismo em 
> termos de imagem e organização local, qualquer tentativa nesse sentido 
> estará à partida em minha convicção condenada ao insucesso.
>
> O que acabo de escrever não é só por si a solução, pois a ideia carece 
> de ser amadurecida, discutida e ajustada à realidade e 
> particularidades específicas de cada caso, contudo, eu disse 
> amadurecida, e esperar tempo de mais pode passar a ideia de madura a 
> podre, ou mesmo já não termos dentes para ela.
>
> Neste contexto eu recomendaria alguma ação, alguma flexibilidade, e 
> muita sensibilidade, porque em cada ser humano há uma máquina complexa 
> com ideias e agenda própria, mais complexa do que qualquer outra com 
> as que estamos habituados a trabalhar modificar e alterar os 
> semicondutores, também esta máquina tem temperaturas de trabalho, que 
> devem ser avaliadas antes de cada abordagem. Há duas chaves para o 
> sucesso desta mutação, uma chama-se “cedênciaâ€, a outra “humildadeâ€.
>
> Digo eu, que não percebo nada disto
>
> P.S.: dispenso os habituais “mimosâ€
>
> 73´s
> -- 
> Melhores Cumprimentos,
>
> *João Paulo Saraiva*Amaral da  Encarnação (CT1EBZ)
>
> Telefone Móvel: 910 910 112 *(número de serviço, caso não atenda eu 
> pedir para transferir para mim) *
> Largo Ãlvaro Pinheiro Rodrigues, nº 7 R/C B - 2790-471 Carnaxide - 
> Oeiras - Portugal
>
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