RE: ARLA/CLUSTER: Importa reinventar o associativismo com respeito pela identidade bairrista tradicional e enraizada na nossa cultura…

Manuel Jesus mojesus pedradaciencia.com
Tera-Feira, 30 de Abril de 2019 - 15:10:30 WEST


Boa tarde, a todos os colegas mas não parece adequado esta forma de pensar do colega Gomes.

As associações continuam a fazer muita falta para bem de todos, infelizmente muitos por qualquer razão não entendem da sua necessidade, para se receber também tem que se colaborar, infelizmente muitos só querem algo, assim é difícil se não impossível continuar a trabalhar por todos e para todos, as associações não podem fazer por enquanto milagres!

73.

 

CT1AXZ Manuel Jesus

 

De: cluster-bounces  radio-amador.net [mailto:cluster-bounces  radio-amador.net] Em nome de Gomes
Enviada: 28 de abril de 2019 19:23
Para: Resumo Noticioso ARLA/CLUSTER
Assunto: Re: ARLA/CLUSTER: Importa reinventar o associativismo com respeito pela identidade bairrista tradicional e enraizada na nossa cultura…

 

Boa tarde
Olhando friamente para o cenário associativo português é evidente que espelha a vontade da maioria dos radioamadores portugueses. É evidente que os radioamadores querem acabar com as associações, acham-nas inuteis, só servem para os orgãos directivos "brilharem", nada tem para oferecer aos seus sócios, etc etc etc. 
Enquanto assim for qualquer solução é impossível  por melhor que ela possa ser.
Como diz a musica, "Portugal, Portugal..."
Atenção, sou 100% a favor da existência das associações e tenho a certeza absoluta que o trabalho que desempenham é importantíssimo.

 

73, Gomes op: CT1HIX
https://ct1hix.net/

Às 22:17 de 27/04/19, João Paulo Saraiva A.E. CT1EBZ escreveu:

Caros colegas.

Há na atualidade associações alimentadas a balões de soro, associações mortas, associações mortas que não sabem que o estão, e associações criogenadas que podem ser reanimadas a qualquer momento. 

Embora esta minha entrada possa parecer uma crítica negativa, na realidade é um grito de tristeza e de vontade de fazer algo para reverter as mortes ocorridas, anunciadas, ou inevitáveis no curso atual. 

Ao longo de anos o bairrismo e o concurso de conhecimento de uns e pseudo sapiência de outros, conduziu-nos como fase de desenvolvimento pessoal humano de uns e outros a uma crescente divisão associativa, eu próprio me incluo neste curso de vida. 

Na atualidade e nesta fase de desenvolvimento pessoal humano, acredito que é preciso reinventar o associativismo voltando às origens, ou seja, não se trata de reinventar a roda, mas sim de adotar adaptações revolucionárias que implicam um regresso ao passado. 

Poderia usar como exemplo qualquer outro tipo de associação já que o problema é quase transversal, contudo vou centrar-me nas associações de radioamadores, não para atentar contra elas, mas pelo contrário, procurando contribuir para a solução para muitas destas.  

Sejamos honestos, o associativismo que funciona na atualidade é essencialmente o das confrarias, pois sem comes e bebes é difícil reunir associados e mais difícil ainda encontrar associados disponíveis para integrar os corpos sociais.

Há na atualidade associações que não cumprem as obrigações legais, outras sem corpos sociais totalmente preenchidos, outras que já se extinguiram administrativamente e não sabem, enfim há de tudo. 

Então qual é a solução? 
Em minha opinião uma das soluções possíveis passa pela estratégia adotada por certo Governo quando criou as super esquadras reconhecendo que um esquadra em cada bairro não conseguia fazer policiamento, assegurar responsabilidades administrativas, e ainda outras missões no âmbito das suas competências e atribuições. Ou seja, idealizo no máximo 5 associações regionais em Portugal continental, com suas secções locais com identidade própria de cada localidade de onde são originárias, e se possível até com logotipo próprio com marca registada para preservar a identidade bairrista de que tanto o povo gosta e se compreende (o amor à Terra). Em alternativa, uma associação nacional que absorva as associações locais em vias de extinção ou em dificuldades, que registe o logotipo dessa “associação”, e que tal como previsto no código civil possa não ter personalidade jurídica, mas que funcione como tal e se concentre a sua atenção nas suas atividades operacionais e associativas, possibilitando assim que existam e desenvolvam atividades, mas que não tenham o peso de suportar a administração da associação. Outro aspeto importante é o financiamento, sendo importante que se crie um modelo de descentralização de uma percentagem das receitas da quotização dos associados para as delegações locais (antigas associações). 

Creio sinceramente ser possível reinventar e reanimar o associativismo com um modelo que olhe para os fins sem se alhear dos meios nem se eximir das responsabilidades que devem ser partilhadas, e assim converter o associativismo radioamadoristico num movimento mais fortalecido e saudável, porque sejamos sinceros, o protagonismo dos corpos sociais não paga as chatices que as inerentes funções representam e, todos gostamos de “brincar”, mas, se atentarmos com rigor às disposições legais, contatamos que na realidade poucos se atrevem a assumir as efetivas responsabilidades de cada corpo social. 

Por exemplo, se a Associação Nacional ou Regional for reconhecida como Organização de Voluntariado de Proteção Civil, ou com estatuto de utilidade pública, as suas delegações ou núcleos locais (antigas associações) passam a beneficiar desses estatutos, sem que tenham preocupações acrescidas para o efeito, já que a estrutura central tem essa responsabilidade. 

No contexto contemporâneo, creio que há mais vantagens na união do que na divisão, contudo, sem que se valorize a identidade e o bairrismo em termos de imagem e organização local, qualquer tentativa nesse sentido estará à partida em minha convicção condenada ao insucesso. 

O que acabo de escrever não é só por si a solução, pois a ideia carece de ser amadurecida, discutida e ajustada à realidade e particularidades específicas de cada caso, contudo, eu disse amadurecida, e esperar tempo de mais pode passar a ideia de madura a podre, ou mesmo já não termos dentes para ela. 

Neste contexto eu recomendaria alguma ação, alguma flexibilidade, e muita sensibilidade, porque em cada ser humano há uma máquina complexa com ideias e agenda própria, mais complexa do que qualquer outra com as que estamos habituados a trabalhar modificar e alterar os semicondutores, também esta máquina tem temperaturas de trabalho, que devem ser avaliadas antes de cada abordagem. Há duas chaves para o sucesso desta mutação, uma chama-se “cedência”, a outra “humildade”. 

 

Digo eu, que não percebo nada disto

P.S.: dispenso os habituais “mimos” 


 

73´s 

-- 

Melhores Cumprimentos, 

João Paulo Saraiva Amaral da  Encarnação (CT1EBZ)

Telefone Móvel: 910 910 112 (número de serviço, caso não atenda eu pedir para transferir para mim) 
Largo Álvaro Pinheiro Rodrigues, nº 7 R/C B - 2790-471 Carnaxide - Oeiras - Portugal 

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