Re: ARLA/CLUSTER: Importa reinventar o associativismo com respeito pela identidade bairrista tradicional e enraizada na nossa cultura…

Joo Costa > CT1FBF ct1fbf gmail.com
Sbado, 27 de Abril de 2019 - 23:18:05 WEST


Parabéns João,

Uma análise benfeita e um tema que merece uma boa reflexão nas soluções por
ti propostas.

 Muito de que aqui descreveste é incontestável e é essa a triste realidade.
De ano para ano é cada vez mais difícil encontrar pessoas para formar os
òrgão sociais e vão ficando sempre os mesmos e quando por infortúnio da
vida, ou por outras razões, eles desaparecem ou já não estão para isso a
associação morre.

Como estou em viagem não me vou alongar muito mais.

Mas parabéns, mais uma vez, pois gostei de ler o teu texto que está muito
bem elaborado.

Com os meus melhores cumprimentos,

João Costa (CT1FBF)

A sábado, 27/04/2019, 22:59, João Paulo Saraiva A.E. CT1EBZ <
joaosaraiva112  gmail.com> escreveu:

> Caros colegas.
>
> Há na atualidade associações alimentadas a balões de soro, associações
> mortas, associações mortas que não sabem que o estão, e associações
> criogenadas que podem ser reanimadas a qualquer momento.
>
> Embora esta minha entrada possa parecer uma crítica negativa, na realidade
> é um grito de tristeza e de vontade de fazer algo para reverter as mortes
> ocorridas, anunciadas, ou inevitáveis no curso atual.
>
> Ao longo de anos o bairrismo e o concurso de conhecimento de uns e pseudo
> sapiência de outros, conduziu-nos como fase de desenvolvimento pessoal
> humano de uns e outros a uma crescente divisão associativa, eu próprio me
> incluo neste curso de vida.
>
> Na atualidade e nesta fase de desenvolvimento pessoal humano, acredito que
> é preciso reinventar o associativismo voltando às origens, ou seja, não se
> trata de reinventar a roda, mas sim de adotar adaptações revolucionárias
> que implicam um regresso ao passado.
>
> Poderia usar como exemplo qualquer outro tipo de associação já que o
> problema é quase transversal, contudo vou centrar-me nas associações de
> radioamadores, não para atentar contra elas, mas pelo contrário, procurando
> contribuir para a solução para muitas destas.
>
> Sejamos honestos, o associativismo que funciona na atualidade é
> essencialmente o das confrarias, pois sem comes e bebes é difícil reunir
> associados e mais difícil ainda encontrar associados disponíveis para
> integrar os corpos sociais.
>
> Há na atualidade associações que não cumprem as obrigações legais, outras
> sem corpos sociais totalmente preenchidos, outras que já se extinguiram
> administrativamente e não sabem, enfim há de tudo.
>
> Então qual é a solução?
> Em minha opinião uma das soluções possíveis passa pela estratégia adotada
> por certo Governo quando criou as super esquadras reconhecendo que um
> esquadra em cada bairro não conseguia fazer policiamento, assegurar
> responsabilidades administrativas, e ainda outras missões no âmbito das
> suas competências e atribuições. Ou seja, idealizo no máximo 5 associações
> regionais em Portugal continental, com suas secções locais com identidade
> própria de cada localidade de onde são originárias, e se possível até com
> logotipo próprio com marca registada para preservar a identidade bairrista
> de que tanto o povo gosta e se compreende (o amor à Terra). Em alternativa,
> uma associação nacional que absorva as associações locais em vias de
> extinção ou em dificuldades, que registe o logotipo dessa “associação”, e
> que tal como previsto no código civil possa não ter personalidade jurídica,
> mas que funcione como tal e se concentre a sua atenção nas suas atividades
> operacionais e associativas, possibilitando assim que existam e desenvolvam
> atividades, mas que não tenham o peso de suportar a administração da
> associação. Outro aspeto importante é o financiamento, sendo importante que
> se crie um modelo de descentralização de uma percentagem das receitas da
> quotização dos associados para as delegações locais (antigas associações).
>
> Creio sinceramente ser possível reinventar e reanimar o associativismo com
> um modelo que olhe para os fins sem se alhear dos meios nem se eximir das
> responsabilidades que devem ser partilhadas, e assim converter o
> associativismo radioamadoristico num movimento mais fortalecido e saudável,
> porque sejamos sinceros, o protagonismo dos corpos sociais não paga as
> chatices que as inerentes funções representam e, todos gostamos de
> “brincar”, mas, se atentarmos com rigor às disposições legais, contatamos
> que na realidade poucos se atrevem a assumir as efetivas responsabilidades
> de cada corpo social.
>
> Por exemplo, se a Associação Nacional ou Regional for reconhecida como
> Organização de Voluntariado de Proteção Civil, ou com estatuto de utilidade
> pública, as suas delegações ou núcleos locais (antigas associações) passam
> a beneficiar desses estatutos, sem que tenham preocupações acrescidas para
> o efeito, já que a estrutura central tem essa responsabilidade.
>
> No contexto contemporâneo, creio que há mais vantagens na união do que na
> divisão, contudo, sem que se valorize a identidade e o bairrismo em termos
> de imagem e organização local, qualquer tentativa nesse sentido estará à
> partida em minha convicção condenada ao insucesso.
>
> O que acabo de escrever não é só por si a solução, pois a ideia carece de
> ser amadurecida, discutida e ajustada à realidade e particularidades
> específicas de cada caso, contudo, eu disse amadurecida, e esperar tempo de
> mais pode passar a ideia de madura a podre, ou mesmo já não termos dentes
> para ela.
>
> Neste contexto eu recomendaria alguma ação, alguma flexibilidade, e muita
> sensibilidade, porque em cada ser humano há uma máquina complexa com ideias
> e agenda própria, mais complexa do que qualquer outra com as que estamos
> habituados a trabalhar modificar e alterar os semicondutores, também esta
> máquina tem temperaturas de trabalho, que devem ser avaliadas antes de cada
> abordagem. Há duas chaves para o sucesso desta mutação, uma chama-se
> “cedência”, a outra “humildade”.
>
>
> Digo eu, que não percebo nada disto
>
> P.S.: dispenso os habituais “mimos”
>
> 73´s
> --
> Melhores Cumprimentos,
>
> *João Paulo Saraiva* Amaral da  Encarnação (CT1EBZ)
>
> Telefone Móvel: 910 910 112 *(número de serviço, caso não atenda eu pedir
> para transferir para mim) *
> Largo Álvaro Pinheiro Rodrigues, nº 7 R/C B - 2790-471 Carnaxide - Oeiras
> - Portugal
>
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