ARLA/CLUSTER: Post

José Luís Proença ct1gzb gmail.com
Quarta-Feira, 12 de Outubro de 2016 - 18:20:13 WEST


Caro João Saraiva – CT1EBZ, em várias conversas privadas tenho-te
“defendido†(eu sei que não precisas de advogados de defesa) porque que tu
às vezes fazes críticas a vários sistemas e *muitas vezes tens carradas de
razão*, o teu “problema†é a forma como

fazes essas críticas atacando tudo e todos. Agindo assim, cometes
injustiças como já te tinha chamado à atenção num outro contexto.

Neste longo texto terminas com a frase: *Os radioamadores portugueses
precisam de UNIÃO.*

Este texto é tudo menos um incentivo à união, pese embora, tenhas razão em
alguns pontos apesar das contradições pelo meio do texto.

*“Não compreendo por exemplo porque estando atribuídas frequências para
Monsanto - Lisboa, não está ali instalado nenhum repetidor para
complementar a cobertura do que alegadamente está em Almada. O não
cancelamento dessas licenças garante o monopólio ao detentor da licença
que, a menos que esteja à espera de transaccionar os direitos da licença
com outra associação, não faz qualquer sentido que não a cancele,
devolvendo à ANACOM a possibilidade de dar a outras associações a
oportunidade de ali instalar mais um repetidorâ€.*

Que diferença faz a comunidade radioamadorística que esteja em Monsanto o
repetidor da Associação Y ou K?

Sai a REP para ir para lá outra? Que diferença faz?

O que dizer dos Repetidores que não são propriedade REP e que não funcionam?

Pores todas as Associações no mesmo saco corres o risco de estares a ser
injusto e a “falar de borlaâ€.

Estou à vontade para falar sobre isto já que sou sócio de três Associações,
e tu, és sócio de alguma Associação de Radioamadores?

Sabes o quanto é difícil subir e descer Serra para manter um repetidor em
funcionamento?

Sabes a despesa e trabalho que isso dá?

Sabes o quão difícil é ser dirigente Associativo no mundo do
radioamadorismo?

Sabes os sacrifícios pessoais que acarreta ser dirigente associativo? (já
sei, que só vai para dirigente quem quer ninguém o obrigou a se-lo)

Vou repetir.

*Por vezes tens razão nas críticas que fazes* o que não entendo é porque o
fazes desta forma “violenta†atacando tudo e todos e depois é o teu *timming
*para as fazer.

Quanto ao que disseste sobre a Federação Portuguesa de Radioamadorismo
estou 100% de acordo contigo.

Analisa bem o trabalho de algumas Associações e verás a injustiça que se
cometes quando as colocas todas no mesmo saco.

73 de José Luís Proença, Operador do Posto Emissor CT1GZB
ARVM # 53, REP # 1418, SKCC # 8178, NRA # PN 077
http://ct1gzb.blogspot.com

No dia 12 de outubro de 2016 às 16:06, João Paulo Saraiva <
joaosaraiva112  gmail.com> escreveu:

> "Gestão fracassada da rede nacional de repetidores de amador e do
> associativismo
>
> <https://1.bp.blogspot.com/-2I0hGmZAbH0/V_5QB2ogiiI/AAAAAAAAHZk/H_UDWpDNu605OePJSabGfBlTW6PSb9TUwCLcB/s1600/ham%2BRADIO.jpg>A
> falta de visão estratégica das Associações de Radioamadores que deveria ser
> uma visão global do país ao invés de uma visão bairrista e elitista,
> determina que o país não tenha cobertura total embora tenha mais
> repetidores do que aqueles que efectivamente necessita ter para a cobertura
> total.
> Perante este cenário a ANACOM limita-se a ceder aos caprichos bairristas
> das associações de radiomadores, que em parte nunca nos últimos anos
> passaram do resquício do saudoso associativismo radioamadoristico de
> outrora.
> Se olhar-mos por exemplo para a grande Lisboa, o que não faltam são
> repetidores, mas a cobertura chega a ser vergonhosa para estações
> portáteis, com zonas de sombra impensáveis para uma rede que se pretende
> afirmar alternativa auxiliar em proteção civil. É caso para dizer que cada
> associação quer ter um repetidor em casa, ao invés de o colocar
> estrategicamente de modo a servir o maior número possível de localidades.
> Na realidade, tal direito é uma prerrogativa das associações num Estado de
> direito democrático e que lhes é salvaguardado pelo nº 2 do Art.º 46 da
> Constituição da Republica Portuguesa, mas este facto não invalida a falta
> de visão estratégica.
> Não compreendo por exemplo porque estando atribuídas frequências para
> Monsanto - Lisboa, não está ali instalado nenhum repetidor para
> complementar a cobertura do que alegadamente está em Almada. O não
> cancelamento dessas licenças garante o monopólio ao detentor da licença
> que, a menos que esteja à espera de transaccionar os direitos da licença
> com outra associação, não faz qualquer sentido que não a cancele,
> devolvendo à ANACOM a possibilidade de dar a outras associações a
> oportunidade de ali instalar mais um repetidor. Mas este foi somente um
> exemplo daquilo que prolifera por todo o país, embora eu creia que a REP
> seja disso o pior de todos os exemplos, praticando uma filosofia de "não
> faz nem deixa fazer", a menos que seja no seio da própria REP, por alguém
> disposto a fazer os que lá estão não fazem. Sinceramente e apesar de ter
> estima por alguns dos seus dirigentes (da REP) que conheço de longa data,
> não compreendo e recuso-me a aceitar este Velhismo do Restelo em gente da
> minha idade que seguramente ainda tem condição física e mental para fazer
> mais, mas não faz por comodismo.
> Depois vem a dispersão de recursos, instalando repetidores digitais ao
> invés de se complementar primeiro a rede convencional, isto para que cada
> um brinque como lhe apetece e com o que lhe apetece ignorando o interesse
> público que se apregoa no radioamadorismo, criando ainda mais divisões e
> elitismos, contribuindo assim para a mobilização de cerca de algumas poucas
> centenas de radioamadores, e deixando de fora alguns poucos milhares de
> radioamadores que desmotivam e abandonam o habbie, convertendo-se à
> exclusividade do cibernetismo.
> Sempre fez falta uma estrutura federativa de radioamadores em Portugal, a
> REP não pode ter esse papel porque é concorrente das demais associações de
> radioamadores, embora como associação tenha a sua história e mérito de
> muita coisa no passado. O Projecto UAPR (União das Associações de
> Radioamadores de Portugal), estava morto à nascença  devido aos elitismos
> instalados nas associações que gostam de brilhar individualmente em
> detrimento de brilhar colectivamente, um problema cultural portanto.
> Somos por isso um dos países do mundo dito civilizado que não tem uma
> federação de associações de radioamadores que se encarregue da estratégia,
> e isto porque alguns daqueles que nem a táctica dominam se acham estrategas
> de topo, quando nem de algibeira o são.
>
> Os radioamadores Portugueses são tecnicamente e cientificamente em muitos
> casos muito bons, e nem falo de mim que me considero um mero entusiasta.
> Acontece porém que a sua cultura de protagonismo individualista, ou mesmo
> em alguns casos a sua "ganância" mata o desenvolvimento e o reconhecimento
> colectivo de toda uma classe, que na actualidade a maioria da sociedade
> portuguesa não reconhece.
>
> Penso que, importa colocar de parte as desavenças individuais do passado,
> e olhar para o futuro unidos como um todo, respeitando as diferenças
> próprias da identidade individual de cada radioamador, de cada associação,
> e de cada região. Mas se não se constituir agora uma Federação em que todos
> estejam representados e se revejam, estamos a condicionar não só o
> desenvolvimento do radioamadorismo nacional, como os apoios que se poderiam
> conseguir para esta actividade, mas fundamentalmente se não for
> constituída, estaremos a determinar que caso ocorra uma catástrofe em
> Portugal e não exista uma política federativa estratégica nacional para a
> preparação dos radioamadores e suas associações, estes serão parte do
> problema, nunca parte da solução!
>
> Se olhar-mos por exemplo para o que ontem se passou no Ministério da
> Defesa Nacional a propósito da tentativa da Sr.ª MAI nomear um Ten.Cor.
> como presidente da ANPC, que obviamente foi rejeitado apesar de ser
> seguramente um dos mais capazes para o cargo e funções inerentes,
> compreende-se como funciona o nosso sistema. Logo, as associações lideradas
> por praças e sargentos dificilmente conseguem ter voz que se faça ouvir e
> defender os interesses do radioamadorismo nas instâncias políticas.
> O presidente de uma associação pode e deve ser um táctico, mas é
> necessário que exista uma estrutura estratégica, a federação, e que não
> caiam no erro de nomear para a presidir um praça, sargento ou oficial
> subalterno, mas sim um "general, seja ele um militar dessa patente, ou um
> civil com formação superior e respeitado no meio, só desse modo se fará
> ouvir. É esta a conclusão a que chego após muitas tentativas de dar algum
> contributo estratégico ao radioamadorismo, até podemos ser nós a
> assessorar  o "general",
> mas tem de ser ele a representar-mo-nos.
>
> Tal como estão cada associação brilha à sua dimensão, mas juntas
> iluminariam o país.
>
> Os radioamadores portugueses precisam de UNIÃO.
>
> P.F.: Não olhem para este texto como uma crítica, mas sim como um
> contributo para despertar consciências e despoletar acções.
>
> 73´s a tod  s sem excepção
>
> CT1EBZ"
>
>
> --
> Melhores Cumprimentos,
>
> *João Paulo Saraiva* Amaral da  Encarnação
>
> Telefone Móvel: *910 300 112*
> Largo Ãlvaro Pinheiro Rodrigues, nº 7 R/C B - 2790-471 Carnaxide - Oeiras
> - Portugal
> NIF199162670 NIB 0010 0000 3275804 0001 32
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73 de José Luís Proença, Operador do Posto Emissor CT1GZB
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