Re: ARLA/CLUSTER: período de aprendizagem, de desenvolvimento, de preparação assistida.

Luís Garcia Filipe afterhours36 gmail.com
Domingo, 4 de Agosto de 2013 - 16:11:02 WEST


Paulo, o problema não está no rádio-amadorismo, ou na Anacom.

A Anacom tem mais do que fazer, tem a tarefa de preocupar-se com outros
milhares de Quilohertz que não os destinados ao rádio amadorismo, e
acredito não ser tarefa fácil, cada vez mais o "ar" anda todo poluído por
RF ao desbarato. (A china tem muita culpa nisso)

O problema é cultural.

Em tempos de crise, ainda pior, acentua-se a vontade de diferenciação de
"castas".

Um dia se eu puder e tiver condições, quero é criar convívios para esta
gente toda conviver de forma mais humana, para se conhecerem uns aos outros
sem vinagres, e para esticarem as pernas fora do shack, e para verem que os
outros também são humanos com problemas como toda gente. E boas histórias
para partilhar.

Juntar "velhacos" com novos, num ambiente informal sem ser o das feiras, é
o que faz falta.

E acabar com a porcaria dos 2 anos de escuta e dar pelo menos o UHF e
repetidores VHF aos CR7 também ajudava muito.

Grande abraço PAULO

CR7AEL




No dia 4 de Agosto de 2013 às 15:41, Paulo Faria <pauloafaria  sapo.pt>escreveu:

>  Boa tarde.
> Se tivessem transposto o que está nas recomendações e "Reports" como deve
> de ser, se a tradução tivesse sido feita por quem sabe, se não fosse haver
> interesses pecuniários de certas pessoas, se não tivessem sido promovidos
> administrativamente 90% dos amadores da velha guarda; alguns duas
> vezes,...... Está conversa não estava a ter lugar.
> Algures no report para a classe de entrada diz que se deve facilitar e
> incentivar o uso de informática em conjunto com técnicas de rádio, etc,
> logo na entry class, devendo dar acesso a todo o espectro, com limite de
> potência, etc.
> O que se fez na prática foi; subir a fasquia, negando às duas classes,
> nomeadamente à 3, o direito total à emissão, no caso da 2 limitados a fazer
> fonia, ou, em alternativa, arriscar os modos digitais fora das faixas
> alocadas normais.
> Concordo que se deva exigir conhecimento aos candidatos, mas acho que se
> deveria fazer a reclassificação dos já existentes, por forma a harmonizar
> os direitos e deveres.
>
> Não me venham falar de isolamento, porque não sabem o que isso é.
> Moderei esse sentimento de diversas maneiras, de vez em quando, quando
> passava um balão estratosférico, lá ia ouvindo a telemetria em cw e pela
> internet ia comunicando a informação à organização.
> Tudo do estrangeiro, em Portugal nunca tive oportunidade de participar em
> nada, até porque, segundo a maioria dos amadores já instalados, a classe 3,
> é radio escuta. Tenho rádio amadores de 300 em 300 metros, "farinha
> amparo", e nunca os incomodei.
> Os meus estudos foram feitos há muitos anos pelas publicações da ARRL, o
> meu livro de cabeceira é um handbook. Ainda assim vi o meu nome e
> indicativo de classe 3 (CR8ABA), publicado nas revistas de radioamadorismo
> de todo o mundo... Menos em Portugal. Houve um colega, já falecido (CT1BWI)
> que publicou um vídeo no YouTube, onde mostrava segundo ele o tal beacon.
> Quando lhe tentei dizer que o que estava a ouvir era eu a enviar comandos,
> apagou a minha mensagem. É pena que sejamos tão bons lá fora, mas no
> próprio país sejamos uma ameaça a nós próprios.
> Já sei que muitos se estão a questionar: como é que ele "TRANSMITIU"?
> Fiquem descansado que não pratiquei nenhuma ilegalidade. Tive que fazer e
> instalar uma antena em casa de um colega de classe B, a 3Km, a quem
> aproveitei para ensinar a usar um sintonizador de antena, colega este
> entretanto falecido (CU7AAQ).
>
> Desculpem a extensão do comunicado, e desculpem algum erro, já que vos
> escrevi, num telemóvel.
>
> Bom domingo.
> Vy 73 de CS8ABA
>
>
> Sent with AquaMail for Android
> http://www.aqua-mail.com
>
> Boa tarde.
>
> Isso é uma das interpretações que se pode fazer de facto, mas esta parte
> da Lei, ou é delineada ou fazer a sua transposição a uma recomendação deixa
> de ter carácter vinculativo, e abre portas a interpretações diferentes
> jurídicas.
>
> Todos os trâmites da Lei deverão ser definidos no que trata a direitos e
> deveres, pois não se pode remeter a recomendações que na pratica não são
> vinculativas e dependem da vontade de adaptação dos países.
>
> "*recomendação é transposta para a Lei", não sei quem lhe ensinou isso,
> só lhe posso dizer que essa afirmação em tribunal dá pano para mangas, até
> para anulação do caso se for preciso**. O legislador deveria, indicado
> com precisão e não remeter para uma recomendação internacional, que não tem
> um peso vinculativo na forma como está apresentada.
>
> *
> *Quanto aos modos digitais, em RTTY concordo com o que disse, porque o
> RTTY além de anacrónico e nada eficiente, vai depender do artista, ou seja,
> muitas vezes escuto RTTY a ser usada de uma forma grotesca, fora das
> recomendações do espectro e cheia de espúrias que chega a ultrapassar mais
> do que o dobro dos hertzs destinados para o efeito, através das espúrias do
> áudio de saida nada regulado. ISTO DEVE-SE Á EXCESSIVA POTENCIA MUITAS
> VEZES, FAZER RTTY COM MAIS DE 1 KW!!!
>
> *
> *Quanto ao PSk31, permita-lhe chamar a atenção que, não interfere na voz
> devido ao pequeno espectro que usa e devido á técnica exigida para o mesmo
> em potência (com mais de 50 a 100 watts em psk31, a possibilidade de
> distorcer o sinal é garantida, por muito bem que se regule o áudio de saída
> ou a sua atenuação).
>
> *
> *Alias, a voz é que poderá perturbar o psk31.
>
> "**...caso contrario isto era a plena anarquia...". O colega Paulo joga
> muito em absolutos e previsões apocalípticas.
>
> Não fosse uma das premissas da transmissão ter o cuidado de não estar
> ninguém em frequência antes de iniciar a transmissão.  Diz também a lei que
> o rádio-amador deverá ser cortez, alem de outras dicotomias éticas para não
> atropelar outras transmissões.
>
> *
> *O Paulo esquece também a premissa principal da maioria dos modos digitais
> : A sua eficiência e pouca ocupação de espectro (nem todos), resistência
> ao fade, qrm qrn, distorções do encaminhamento e distorções magnéticas.
>
> *
> *Practicar a maioria dos modos digitais genéricos nos watts recomendados
> pelos criadores, pouco ou nada perturbaria os qsos em voz.
>
> Já o contrário...
>
> *
> *Espero que tenha aprendido algo. 73
>
> *
> *CR7AEL
> *
>
>
>
>
>
> No dia 4 de Agosto de 2013 às 12:02, Paulo Santos <ct4dk.santos  gmail.com>escreveu:
>
>>  Bom dia colega Luis,
>>
>> Os meus comentários em linha com o seu texto.
>>
>> Paulo Santos, CT4DK
>>
>> Em 04/08/2013 09:22, Luís Garcia Filipe escreveu:
>>
>>       Boas Luís.
>>
>>  Há pior. Segundo as recomendações nos 80 metros deveria ser LSB e já
>> apanhei malta em USB a fazer testes.
>>
>>  Pois, são recomendações, não significa que não se possa e tal, certo é
>> que as recomendações para alguns não são imperativas, para outros são uma
>> obrigação.
>>
>>  A lei tal como está para os CS7 e o espectro onde podem fazer TX,
>> segundo as recomendações não abrange faixa de modos digitais, o certo é que
>> a Lei não diz de forma aberta que fulano X e Y não possam efectuar qso em
>> digital numa faixa de frequência diferentes das recomendadas.
>>
>>  A Anacom neste caso limita-se a afirmar, que, em frequência de TX, devem
>> seguir-se as recomendações. Mas as recomendações, por sua vez, são isso,
>> recomendações, doutro modo devia ler-se OBRIGAÇÕES.
>>
>>
>> *Negativo, a partir de o momento em que o legislador transpõe para uma
>> lei uma recomendação a mesma deixa de ser recomendação e passa a ter força
>> de Lei, logo**
>> **quando a Anacom diz no QNAF que devemos seguir a recomendação da IARU
>> quanto ao plano de bandas e modos essa mesma recomendação passa a ser Lei e
>> temos**
>> **de a cumprir.*
>>
>>
>>  Acredito que estas recomendações estão juridicamente desta forma,
>> porque, não pode haver uma total negação que 2 ou 3 colegas possam a operar
>> num modo diferente do recomendado e da faixa recomendada, uma vez que
>> juridicamente é um conflito.
>>
>>
>>     Conflito porque a lei informa que se pode operar na faixa de x a y,
>> e que ao Amador é reconhecido o direito de operar em diferentes modos de
>> modulação.
>>
>>
>> *Deixa de o ser a partir do momento que a recomendação é transposta para
>> a Lei.**
>> *
>>
>>
>>  Estas recomendações estão desta forma para criar alguma harmonia, mas se
>> 2 colegas por exemplo estiverem em digitais fora da recomendação não pode
>> ser considerado ilegal uma vez que a lei transmite ao radio-amador o
>> direito de operar nas suas faixas destinadas nos diferentes modos de
>> modulação.
>>
>> Acredito não se tratar de um conflito na Lei, uma vez que o direito a TX
>> em modos diferentes é um direito esclarecido e finito na sua descrição,
>> enquanto as recomendações têm um peso jurídico diferente, que não tem o
>> mesmo efeito vinculativo.
>>
>>  Acho que isto já foi discutido aqui, mas de facto uma recomendação é
>> isso que é, porque de outra forma teria de ser redactada de forma diferente.
>>
>>  Estas recomendações servem para criar alguma harmonia, mas não deveria
>> impedir um CS7 de emitir em digitais noutra frequência em que também esteja
>> autorizado por direito, para alem das recomendadas internacionalmente.
>>
>>
>> *Decerto o colega Luis não gostava nada de por exemplo estar numa faixa
>> dedicada a fonia e lhe aparecesse outro colega a fazer PSK31 ou RTTY**em cima do seu QSO
>> **
>> **por isso mesmo existe os planos de banda com os segmentos onde se pode
>> fazer os diversos modos caso contrario isto era a plena anarquia.**
>> *
>>
>>
>>  Poderão discordar, mas qualquer análise jurídica sobre o decreto Lei e
>> posteriormente a comparação com as recomendações pode ser encontrado este
>> conflito, ou esta indefinição, que pode ser interpretada de várias formas,
>> e não só de uma.
>>
>>  Uma coisa é estar escrito que não se pode trabalhar e estar
>> alcoolizado, outra coisa é informar que não se recomenda a ingestão de
>> conteúdo alcoólico quando em serviço laboral hehehe
>>
>>  Só tenho de agradecer á Arla e outros colegas o esforço que fizeram
>> recentemente para ser aumentado espectro das bandas onde um CS7 pode operar.
>>
>> 73,
>>
>>  CR7AEL
>>
>>
>>  No dia 4 de Agosto de 2013 às 03:13, CS7ACN - M.Luis Nogueira <
>> arla  link2box.net> escreveu:
>>
>>> período de aprendizagem, de desenvolvimento, de preparação assistida.
>>>
>>> Quando fui CR7 aqui na província preparação assistida não tive.
>>> por pouco não chego a CT7 sem falar com ninguem, kkkk
>>>
>>> O Desenvolvimento teve que ser por mim, pois radioamadores activos aqui
>>> em Beja não existem o que está mais activo está a 40 km a leste e um outro
>>> a meio morto a 42 km a sul.
>>>
>>> O período de aprendizagem teve que ser autodidacta, mas há muitos anos.
>>>
>>> O hábito foi tão grande de escutar, que mesmo hoje deambulo de
>>> Frequência em Frequência a escutar.
>>>
>>> No passado dia 20 de Julho, Sábado dentro das 9:30-10:00 hora local,
>>> escutei via repetidora de Santiago do Cacém em VHF,
>>>
>>> a seguinte conversação.
>>>
>>> conversa entre ct2 (estação fixa) e um CT1 (operando em Móvel) por Sines
>>> momentos antes o ct2 diz que não estava a escutar o ct1 na directa.
>>>
>>> dizia este CT2, caro colega eu até vou-lhe contar o que se passou
>>> comigo, vou aqui baixar a potência para ficar aqui só entre nós, ah não
>>> vale a pena, mesmo que ouçam não tem problema. A 1ª vez que vim de viagem
>>> para este sitio, de cascais até aqui levei 6 horas....
>>>
>>> é com este tipo de conhecimentos que vive o CR7, ao ouvir isto...
>>> podemos concluir que baixar a potencia no nosso radio, equivale a que o
>>> repetidor baixe também a potência de forma a que seja só o colega com que
>>> conversamos nos possa ouvir.
>>>
>>> será que é com ensinamentos destes é que vamos lá?????
>>> desafio outros colegas a relatarem os maus ensinamentos, que tiveram.
>>>
>>> já para não falar, de colegas a dizerem indicativos a começar pelo
>>> numeral em vez de os dizerem por completo como manda a Lei. 2 não sei das
>>> quantas, é o 4daqui e dali, é 1 qualquer coisa.
>>>
>>> afinal isto não é igual para todos.
>>>
>>> para mim prevaricar a lei, dizendo o indicativo errado, é a mesma coisa
>>> que um CR7 suba sem supervisão.
>>>
>>> A velhice não é uma categoria, é a obrigação de dar o exemplo.
>>> só há uma coisa que com a idade nos é permissível fazer quando fazemos
>>> xixi, molhar a tampa da sanita, quando novos na parte mais afastada e
>>> quando velhos no lado oposto...
>>>
>>> se querem mais exemplos, gravações e tudo, eu tenho muitos, dizia até
>>> buéssss que é mais que muitos.
>>>
>>>
>>> 73 a todos
>>>
>>> CS7ACN
>>> M.Luis
>>>
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>>
>>
>> --
>> Cumprimentos;
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>> Luís Filipe Garcia S.
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Cumprimentos;

Luís Filipe Garcia S.
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