ARLA/CLUSTER: Espanha tem um novo regulamento para o serviço de amador
pedro_transistor sapo.pt
pedro_transistor sapo.pt
Sexta-Feira, 2 de Agosto de 2013 - 20:00:49 WEST
Boa tarde a todos,
Quando conheci o radioamadorismo retive algumas palavras que diziam
algo do género: Radioamadorismo é um hobby sem fins lucrativos, de
carácter técnico e cientÃfico(...). Ou seja, requer conhecimentos técnicos
e cienctÃficos e visto que se trata de equipamentos electrónicos e de
propagação de ondas hertezianas, os tais conhecimentos irão de encontro a
essas componentes.
Em 2006 fiz o meu primeiro exame para CT2, tenho ficado bem
classificado obtive o indicativo CT2JQB. Ao longo da minha vida
radioamadorÃstica fui sempre adquirindo e procurando conhecimentos e
quando considerei que os meus conhecimentos eram suficientes para ser
digno da classe de topo propus-me a novo exame. Assim, este ano fui fazer
exame para CT7, e tendo ficado bem foi-me atribuido o indicativo CT7AHV.
"Epá que estupidez mudar de indicativo!" "Eu cá não fazia exame para não
me mudarem o indicativo!" foram algumas das frases que ouvi os colegas com
quem costumo falar. Mas, mais importante para mim foi a realização pessoal
que conquistei, só tenho pena de não ter feito exame de CW! Este ano fui
de férias de carro até Marrocos e fui sempre a utilizar o rádio no carro
sem restrições, soube bem poder fazê-lo sem me preocupar se estaria a
fazer algo errado.
Para os mais velhos sou um miúdo por ter só 25 anos, e segundo os
"velhos do restelo" a idade é um posto! A idade não é nada se durante o
seu decorrer não se aproveitar para conhecer coisas novas e aprender!
"Presunção e água benta, cada um toma a que quer!"
Voltando ao inÃcio, sendo o radioamadorismo um hobby de carácter
técnico e cientÃfico é imperativo que os radioamadores tenham vastos
conhecimentos de electrónica, de fÃsica, de geografia, de propação de
ondas hertezianas... Aqueles que acham que isso não interessa e/ou não
serve para nada, temos pena, não deveriam ter lugar no radioamadorismo!
Mais, de um exame completo para radioamador, fosse para que classe
fosse, metade do exame deveria ser a prova teórica e a outra metade uma
prova prática mas á séria! Há muitos radioamadores que não sabem soldar
uma ficha num cabo coaxial como deve de ser, inclusive já presenciei
alguém que nem sabe trocar um fusÃvel, imagine-se!!!
Se as pessoas com o "bichinho" das comunicações não têm interesse na
parte técnica nem cientÃfica, têm outras opções ao radioamadorismo. Têm o
PMR 446Mhz que é um espetáculo (ehehehe) e têm o CB que requer muito
poucos conhecimentos onde até podem pedir a alguém para montar e afinar a
antena porque os manuais de instruções são muito complicados!! Atenção que
não estou a falar mal nem a desprezar o CB, foi onde comecei a fazer rádio
e hoje ainda sou um utilizador assÃduo da banda do cidadão!
Aqui fica a minha opinião, que vale o que vale...
Cumprimentos 73
Pedro Madeira -Â CT7AHV
Quoting "João Costa > CT1FBF" <ct1fbf gmail.com>:
> Caro Paulo Santos (CT4DK),
>
> Só falta mesmo que advogues que os radioamadores nacionais se
> fiscalizem uns aos outros e denunciem aqueles que não cumpram. O pior
> de não haver justiça é a chamada justiça corporativa, que é a mais
> facilmente maniatavel de todas as formas de totalitarismo.
>
> Essa é uma função inalienável do Estado de Direito, fiscalizar o
> cumprimento das leis; que se não tem condições que as crie, para isso
> é que eu e tu pagamos os nossos impostos
>
> Agora, não se pode argumentar nos termos em que o fazes, dando "nosso
> historial de desobediência às Leis o Português está sempre a ver onde
> pode furar..." Se temos historial é por não existe Estado de Direito e
> se não existe Estado de Direito é porque alguem tem interesse que
> assim seja, não é certamente o meu caso, nem tão pouco o teu..
>
> O estado de direito é um sistema institucional, no qual cada um é
> submetido ao respeito do direito, do simples indivÃduo até a potência
> pública. O estado de direito é assim ligado ao respeito da hierarquia
> das normas, da separação dos poderes e dos direitos fundamentais.
>
> Não me compete a mim julgar e condenar o meu semelhante ou estão
> voltamos todos à barbárie em que os mais poderosos, alguns
> declarando-se por inspiração divina, mandavam nos mais debeis, fracos
> e desamparados.
>
> Eu posso e devo analisar as leis e tentar dentro do possÃvel
> melhorá-las no sentido de uma justiça baseada no PrincÃpio da
> Dignidade Humana. Somente assim uma sociedade democrática e livre pode
> avançar.
>
> João Costa (CT1FBF)
>
> Em 2 de agosto de 2013 14:34, Paulo Santos
> <ct4dk.santos gmail.com> escreveu: > Boas João Costa,
>> Meus comentários em linha com o teu texto.
>>
>>
>> Em 02/08/2013 12:30, João Costa > CT1FBF escreveu:
>>
>> Caro António Vilela (CT1JHQ),
>> Eu não tenho a minima sanha contra a CEPT, antes pelo contrário.
>> Estamos muitÃssimo melhor com as recomendações da CEPT e da IARU do
>> que sem elas.
>> O que para mim me deixa chateado é que perante algo que se quer
>> unificador e uniformizador existam depois na pratica tantas e quanto a
>> mim graves discrepancias.
>> Constato que dos casos que tenho algum conhecimento na Europa, mais
>> especificamente o português, o espanhol e o francês, Portugal foi o
>> único que transpôs quase na totalidade e ainda torno mais restritas
>> as recomendações da CEPT.
>> Se queremos e bem, algo que se aplica a todos, tanto nas exigências
>> como nos previlegios, então que todos sem excepção cumpram as mesmas
>> regras.
>> Portugal tem 3 categorias, a Espanha só tem 1 e a França,. tem
>> na pratica 2.
>> Um radioamador principiante em França pode emitir em estação própria e
>> em baixa potencia, conforme recomenda e bem a CEPT, no entanto, em
>> Portugal não o pode fazer estando em desacordo com a recomendação.
>>
>> Em Portugal não pode devido ao nosso historial de desobediência às Leis o
>> Português está sempre a ver onde pode furar
>> veja-se por exemplo no QRZ estações de cat. 3 já equipadas com
>> lineares de
>> 2000W para uma estação que "não pode"
>> transmitir na sua própria estação até está bem apetrechada, por
>> exemplo no
>> Reino Unido uma licença Novice só pode transmitir
>> com 10W e não pode ter nenhum radio que dê mais do que os 10W quem for
>> "apanhado" com um radio superior à categoria leva
>> logo uma coima e terá sorte se o equipamento não for recolhido pela
>> inspecção.
>>
>> É tudo muito bonito em teoria mas pelo conhecimento que tenho do povo
>> Português isso não funcionava, para funcionar tinha de haver
>> inspecções quase diárias as estações de amador.
>>
>> Quanto a Espanha, ponho em serias duvidas e por aquilo que tenho
>> conhecimento, que o nÃvel de exigência seja a mesma que Portugal
>> aplica para o exame da categoria 1. Alias, seria muito interessante
>> fazer um estudo comparativo do nÃvel de dificuldade em cada escalão de
>> qualificação.
>>
>> O exame em Espanha é parecido ao da cat. 1 em Portugal, e não há
>> copias de
>> exames que outros tenham feito ;)
>>
>> Para a fotografia somos todos iguais, agora na realidade existem uns
>> mais iguais que outros. Existem aqueles que cumprem e ainda restringem
>> mais, há outros que escrevem nós cumprimos "na teoria", mas tem de ser
>> com as nossas próprias regras e definidas por nós.
>> João Costa (CT1FBF)
>> Em 2 de agosto de 2013 11:22, AV <radiophilo gmail.com> escreveu:
>>
>> Caro M. Luis,
>> Admito que não tenha ainda entendido o alcance dos vossos
>> comentários, mas
>> posso tentar explicar um pouco melhor o meu.
>> Espanta-me um pouco tanta sanha contra a CEPT cujas
>> recomendações têm como
>> principal consequência facilitar-nos a vida.
>> Aquilo a que os colegas chamam os "professores europeus" não é
>> mais do que
>> uma organização sem poder legislativo contituida por todas as ANACOMS da
>> Europa, onde se incluem a portuguesa e a espanhola, e por elas
>> influenciada.
>> A influência que a CEPT tem sobre o radioamadorismo de cada paÃs
>> é mÃnima e
>> indirecta. Para cada paÃs, A CEPT não define classes, não define
>> conteúdos
>> de exames, não define nada.
>> As administrações não têm que satisfazer as recomendações.
>> Fazem-no apenas
>> se quiserem e quando tal for conveniente. As múltiplas classes de
>> radioamadorismo já existem em todas as nações do mundo há
>> décadas, bem antes
>> de a CEPT existir.
>> O obejctivo das recomendações da CEPT que dão origem às suas
>> "licenças" não
>> são regular o acesso dos cidadãos NACIONAIS ao radioamadorismo, mas sim
>> estabelecer uma base de reconhecimento mútuo internacional de
>> licenças com
>> vista a permitir que os cidadãos europeus possam operar EM
>> OUTROS PAÃSES com
>> as suas licenças nacionais.
>> No seu caso, caro M. Luis, significa que se o colega for em
>> passeio até ao
>> centro da Europa, terá que desligar o seu radiozito ao passar a fronteira
>> com a Espanha e só o poderá voltar a ligar já na Alemanha, enquanto os
>> nossos colegas das classes 1, A e B poderiam continuar a operar
>> sem qualquer
>> restrição, atravessando a Espanha e a França.
>> Se o colega acha isto progressista, está no seu direito, a mim
>> parece-me um
>> passo atrás numa Europa que está a andar para a frente.
>> Quanto aos radioamadores espanhóis, concerteza eles ficarão
>> contentes porque
>> têm a vida facilitada, DEPOIS de fazerem o exame da classe 1. Lá não há
>> classes de nÃvel inferior o que significa que para se ser radioamador tem
>> que se saber mesmo da poda, tiristores e tudo. Não há perÃodo de
>> aprendizagem, de desenvolvimento, de preparação assistida, nada.
>> Ou se sabe ou não se sabe, e é para a classe 1. O que se sabe tem que ser
>> aprendido sem tocar num rádio.
>> Acredito que o colega M. Luis, como muitos outros, não teria problemas em
>> candidatar-se à primeira para a Classe 1 e passar no exame, mas
>> acredite que
>> há muitos colegas nossos que tremeriam como varas verdes só de
>> pensar nisso.
>> Talvez faça sentido fazer como os espanhóis, criar uma classe única e
>> nivelar por cima. Talvez não. Essa não é a nossa tradição nem a da grande
>> maioria dos paÃses de todo o mundo, mas na verdade toda a sociedade,
>> incluindo a dos radioamadores está a mudar a passos largos. É um bom tema
>> para discussão.
>> Último comentário: O radioamadorismo não tem definição diferente
>> em Espanha
>> do que tem no resto do mundo, nem poderia ter. Leia bem o texto
>> que citou:
>> "... la actividad de los radioaficionados, caracterizada por sus
>> objetivos
>> de pura intercomunicación entre personas que se interesan por la
>> experimentación técnica y de propagación radioeléctrica sin ánimo de
>> lucro... "
>> Onde é que eu já li isto?
>> 73,
>> António Vilela
>> CT1JHQ
>> 2013/8/2 CS7ACN - M.Luis Nogueira <arla link2box.net>
>>
>> Caro colega
>> acho que não entendeu o que o João escreveu
>> Os espanhois desde há muito tempo que só tem um único exame
>> o que não estava bem defenido em relação as recomendações da cept era se
>> criavam mais exames com categorias inferiores, ou se mantinham, e agora
>> enquadraram-no de uma forma muito airosa com as recomendações da CEPT
>> simplesmente disseram o nosso exame é categoria 1 e para nós não existe
>> cept novice e muito menos a 3ª categoria
>> e assim satisfizeram as recomendações.
>> Na minha maneira de ver, foi uma jogada de inteligência, se criassem mais
>> exames iriam criar protestos contra a nova resolução, assim
>> ficou tudo como
>> estava, com a bênção da recomendação cept.
>> e para concluir eles definem o que é o radioamadorismo em espanha no 1º
>> paragrafo, e ponto final.
>> quem manda na espanha são os Espanhois e não as recomendações...
>> 73
>> cs7acn
>> m.luis
>>
>> _______________________________________________
>> CLUSTER mailing list
>> CLUSTER radio-amador.net
>> http://radio-amador.net/cgi-bin/mailman/listinfo/cluster
>>
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>>
>> _______________________________________________
>> CLUSTER mailing list
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>> --
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