Re: ARLA/CLUSTER: Espanha tem um novo regulamento para o serviço de amador
João Costa > CT1FBF
ct1fbf gmail.com
Sexta-Feira, 2 de Agosto de 2013 - 15:33:26 WEST
Caro Paulo Santos (CT4DK),
Só falta mesmo que advogues que os radioamadores nacionais se
fiscalizem uns aos outros e denunciem aqueles que não cumpram. O pior
de não haver justiça é a chamada justiça corporativa, que é a mais
facilmente maniatavel de todas as formas de totalitarismo.
Essa é uma função inalienável do Estado de Direito, fiscalizar o
cumprimento das leis; que se não tem condições que as crie, para isso
é que eu e tu pagamos os nossos impostos
Agora, não se pode argumentar nos termos em que o fazes, dando "nosso
historial de desobediência às Leis o Português está sempre a ver onde
pode furar..." Se temos historial é por não existe Estado de Direito e
se não existe Estado de Direito é porque alguem tem interesse que
assim seja, não é certamente o meu caso, nem tão pouco o teu..
O estado de direito é um sistema institucional, no qual cada um é
submetido ao respeito do direito, do simples indivíduo até a potência
pública. O estado de direito é assim ligado ao respeito da hierarquia
das normas, da separação dos poderes e dos direitos fundamentais.
Não me compete a mim julgar e condenar o meu semelhante ou estão
voltamos todos à barbárie em que os mais poderosos, alguns
declarando-se por inspiração divina, mandavam nos mais debeis, fracos
e desamparados.
Eu posso e devo analisar as leis e tentar dentro do possível
melhorá-las no sentido de uma justiça baseada no Princípio da
Dignidade Humana. Somente assim uma sociedade democrática e livre pode
avançar.
João Costa (CT1FBF)
Em 2 de agosto de 2013 14:34, Paulo Santos <ct4dk.santos gmail.com> escreveu:
> Boas João Costa,
> Meus comentários em linha com o teu texto.
>
>
> Em 02/08/2013 12:30, João Costa > CT1FBF escreveu:
>
> Caro António Vilela (CT1JHQ),
> Eu não tenho a minima sanha contra a CEPT, antes pelo contrário.
> Estamos muitíssimo melhor com as recomendações da CEPT e da IARU do
> que sem elas.
> O que para mim me deixa chateado é que perante algo que se quer
> unificador e uniformizador existam depois na pratica tantas e quanto a
> mim graves discrepancias.
> Constato que dos casos que tenho algum conhecimento na Europa, mais
> especificamente o português, o espanhol e o francês, Portugal foi o
> único que transpôs quase na totalidade e ainda torno mais restritas
> as recomendações da CEPT.
> Se queremos e bem, algo que se aplica a todos, tanto nas exigências
> como nos previlegios, então que todos sem excepção cumpram as mesmas
> regras.
> Portugal tem 3 categorias, a Espanha só tem 1 e a França,. tem na pratica 2.
> Um radioamador principiante em França pode emitir em estação própria e
> em baixa potencia, conforme recomenda e bem a CEPT, no entanto, em
> Portugal não o pode fazer estando em desacordo com a recomendação.
>
> Em Portugal não pode devido ao nosso historial de desobediência às Leis o
> Português está sempre a ver onde pode furar
> veja-se por exemplo no QRZ estações de cat. 3 já equipadas com lineares de
> 2000W para uma estação que "não pode"
> transmitir na sua própria estação até está bem apetrechada, por exemplo no
> Reino Unido uma licença Novice só pode transmitir
> com 10W e não pode ter nenhum radio que dê mais do que os 10W quem for
> "apanhado" com um radio superior à categoria leva
> logo uma coima e terá sorte se o equipamento não for recolhido pela
> inspecção.
>
> É tudo muito bonito em teoria mas pelo conhecimento que tenho do povo
> Português isso não funcionava, para funcionar tinha de haver
> inspecções quase diárias as estações de amador.
>
> Quanto a Espanha, ponho em serias duvidas e por aquilo que tenho
> conhecimento, que o nível de exigência seja a mesma que Portugal
> aplica para o exame da categoria 1. Alias, seria muito interessante
> fazer um estudo comparativo do nível de dificuldade em cada escalão de
> qualificação.
>
> O exame em Espanha é parecido ao da cat. 1 em Portugal, e não há copias de
> exames que outros tenham feito ;)
>
> Para a fotografia somos todos iguais, agora na realidade existem uns
> mais iguais que outros. Existem aqueles que cumprem e ainda restringem
> mais, há outros que escrevem nós cumprimos "na teoria", mas tem de ser
> com as nossas próprias regras e definidas por nós.
> João Costa (CT1FBF)
> Em 2 de agosto de 2013 11:22, AV <radiophilo gmail.com> escreveu:
>
> Caro M. Luis,
> Admito que não tenha ainda entendido o alcance dos vossos comentários, mas
> posso tentar explicar um pouco melhor o meu.
> Espanta-me um pouco tanta sanha contra a CEPT cujas recomendações têm como
> principal consequência facilitar-nos a vida.
> Aquilo a que os colegas chamam os "professores europeus" não é mais do que
> uma organização sem poder legislativo contituida por todas as ANACOMS da
> Europa, onde se incluem a portuguesa e a espanhola, e por elas influenciada.
> A influência que a CEPT tem sobre o radioamadorismo de cada país é mínima e
> indirecta. Para cada país, A CEPT não define classes, não define conteúdos
> de exames, não define nada.
> As administrações não têm que satisfazer as recomendações. Fazem-no apenas
> se quiserem e quando tal for conveniente. As múltiplas classes de
> radioamadorismo já existem em todas as nações do mundo há décadas, bem antes
> de a CEPT existir.
> O obejctivo das recomendações da CEPT que dão origem às suas "licenças" não
> são regular o acesso dos cidadãos NACIONAIS ao radioamadorismo, mas sim
> estabelecer uma base de reconhecimento mútuo internacional de licenças com
> vista a permitir que os cidadãos europeus possam operar EM OUTROS PAÍSES com
> as suas licenças nacionais.
> No seu caso, caro M. Luis, significa que se o colega for em passeio até ao
> centro da Europa, terá que desligar o seu radiozito ao passar a fronteira
> com a Espanha e só o poderá voltar a ligar já na Alemanha, enquanto os
> nossos colegas das classes 1, A e B poderiam continuar a operar sem qualquer
> restrição, atravessando a Espanha e a França.
> Se o colega acha isto progressista, está no seu direito, a mim parece-me um
> passo atrás numa Europa que está a andar para a frente.
> Quanto aos radioamadores espanhóis, concerteza eles ficarão contentes porque
> têm a vida facilitada, DEPOIS de fazerem o exame da classe 1. Lá não há
> classes de nível inferior o que significa que para se ser radioamador tem
> que se saber mesmo da poda, tiristores e tudo. Não há período de
> aprendizagem, de desenvolvimento, de preparação assistida, nada.
> Ou se sabe ou não se sabe, e é para a classe 1. O que se sabe tem que ser
> aprendido sem tocar num rádio.
> Acredito que o colega M. Luis, como muitos outros, não teria problemas em
> candidatar-se à primeira para a Classe 1 e passar no exame, mas acredite que
> há muitos colegas nossos que tremeriam como varas verdes só de pensar nisso.
> Talvez faça sentido fazer como os espanhóis, criar uma classe única e
> nivelar por cima. Talvez não. Essa não é a nossa tradição nem a da grande
> maioria dos países de todo o mundo, mas na verdade toda a sociedade,
> incluindo a dos radioamadores está a mudar a passos largos. É um bom tema
> para discussão.
> Último comentário: O radioamadorismo não tem definição diferente em Espanha
> do que tem no resto do mundo, nem poderia ter. Leia bem o texto que citou:
> "... la actividad de los radioaficionados, caracterizada por sus objetivos
> de pura intercomunicación entre personas que se interesan por la
> experimentación técnica y de propagación radioeléctrica sin ánimo de
> lucro... "
> Onde é que eu já li isto?
> 73,
> António Vilela
> CT1JHQ
> 2013/8/2 CS7ACN - M.Luis Nogueira <arla link2box.net>
>
> Caro colega
> acho que não entendeu o que o João escreveu
> Os espanhois desde há muito tempo que só tem um único exame
> o que não estava bem defenido em relação as recomendações da cept era se
> criavam mais exames com categorias inferiores, ou se mantinham, e agora
> enquadraram-no de uma forma muito airosa com as recomendações da CEPT
> simplesmente disseram o nosso exame é categoria 1 e para nós não existe
> cept novice e muito menos a 3ª categoria
> e assim satisfizeram as recomendações.
> Na minha maneira de ver, foi uma jogada de inteligência, se criassem mais
> exames iriam criar protestos contra a nova resolução, assim ficou tudo como
> estava, com a bênção da recomendação cept.
> e para concluir eles definem o que é o radioamadorismo em espanha no 1º
> paragrafo, e ponto final.
> quem manda na espanha são os Espanhois e não as recomendações...
> 73
> cs7acn
> m.luis
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