Re: Fw: ARLA/CLUSTER: Rádio Farol

Radiophilo radiophilo gmail.com
Quarta-Feira, 27 de Outubro de 2010 - 19:15:41 WEST


Realmente com a extinção dos radiofaróis marítimos, e descontando por agora
as estações DGPS, apenas ficaram em operação as balizas aeronáuticas que
operam em LF e MF.
Aquelas que o Mourato identifica são, portanto, todas aeronáuticas.

Para além da localização, a grande distinção entre as balizas marítimas e as
aeronáuticas está na modulação utilizada.
Os radiofaróis marítimos emitem em A1 e, em geral, os aeronáuticos em A2,
sendo o indicativo enviado a cada 30 s, com modulação de 1020 Hz à
velocidade de 7 wpm.
As aeronáuticas emitem normalmente uma portadora constante, que serve aos
equipamentos de radiogoniometria automática (ADF) para determinar o azimute
da estação em relação ao rumo da aeronave. A transmissão do indicativo
serve, evidentemente, para os pilotos confirmarem a identificação da estação
sintonizada.

Existem dois tipos de NDB consoante a sua utilização, sendo que alguns deles
são utilizados como ajudas à aproximação final a um aeródromo. Neste caso
chamam-se "locators" (não confundir com "localizer" que é a componente
horizontal do ILS e funciona em VHF). Os "locators" distinguem-se, regra
geral, pelo indicativo de 2 letras, têm bastante menos potência ou cobertura
do que um NDB, e estão muitas vezes colocados com os "markers" do sistema
ILS (OM ou MM), ou na vizinhança do aeródromo.

Como diz o Mourato, para além destas balizas existem ainda as estações VOR,
mas funcionam em VHF, e têm características muito distintas das primeiras. O
sinal transmitido é também mais complexo, e transporta informações relativas
à posição angular da aeronave em relação à estação. Tem ainda maior precisão
que o sistema goniométrico em LF/MF.

Como já disseram vários colegas, o AIP publicado pela NAV identifica a maior
parte (mas não a totalidade) dos radiofaróis aeronáuticos em Portugal, quer
na sua secção ENR 4.1 relativa ao voo em rota quer ainda nas secções AD 2.19
de cada aeródromo.

73,
António Vilela
CT1JHQ


2010/10/27 Carlos Mourato <radiofarol  gmail.com>

> Boas tardes rapaziada.
> Quando o colega CT1GZB se refere a radiofaróis (não deve ser o meu endereço
> de e-mail! eheheheh!)  deve estar a referir-se aos NDB, ( Non direcctional
> BEACON) e não aos radiofarois de VHF para ajuda aéronautica! certo?... Ora
> bem...Para tirar as dúvidas se estão ou não a trabalhar, fui dar uma volta
> pelas ondas longas para ver o que por aqui chega. Sem saber se são
> aeronauticos ou maritimos, até porque uns transmitem 2 letras e outros 3, o
> que escutei foi o seguinte:
>
> FAR (Faro) ---------- 332kHz-------------- 59
> CA  (Cascais) ------ 359kHz-------------- 57
> STR (Santarem)---- 371kHz-------------- 59
> BJA (Beja)------------ 376kHz-------------- 59+20
> LAR (?) ----------------382kHz-------------- 59+10
> CP (Caparica)------- 389Khz ------------- 59+40
>
> É de salientar, que depois do pôr do Sol, com o desaparecimento da camada
> "D" (a camada "mata-borrão") escuto o dobro dos NDB, inclusive já escutei o
> NDB das Lages.
> O DX em onda longa é fascinante, e a antena pode servir uma antena activa
> relativamente pequena .
> As minhas condições de escuta foram o FT1000 MPMKV field, e uma antena
> activa da Rohde&Schwarz HE-010 (uma vara de 2,5m, com um préamplificado em
> push-phull na base).
> Ao que me parece, os NDB de 3 letras são aeronauticos, e os de 2 são
> maritimos. Temos alguns colegas ligados à aviação...Podem dizer algo sobre
> isso?
>
> 73 de CT4RK
>
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