ARLA/CLUSTER: Classe 3 uma ideia

Antonio Matias ct1ffu gmail.com
Segunda-Feira, 23 de Agosto de 2010 - 21:42:11 WEST


Boas .
A ideia que o colega Paulo CT1EWA ventilou, não é má, mas, tem muitos mas...
Mesmo que se ignore as inconstitucionalidades inerentes ao associativismo
forçado, voluntário ou oferecido, acho que não estamos a ver a questão
essencial:
É que estamos a tratar os novos radio-amadores como criminosos, logo à
nascença.
Obriga-los a mostrarem que são pessoas de bem para serem radio-amadores.
Onde já se viu isto? uma pessoa nascer culpada  e só de depois de provar que
é boa rês é que pode seguir vida?
Então e a presunção de inocência?
Julgo que deve ser o contrario, as pessoas são livres  de ser, fazer, ir,
como , aonde bem quiserem  sem ter de ter alguém no encalço a fiscalizar.
Qualquer amador, mesmo maçarico, maior de 16 anos é responsável por si, por
aquilo que faz e ninguém tem o direito de o vir julgar.
Claro, se meter o pé na argola, prejudicar os outros ou de alguma
forma lesar alguém, esse alguém que se vá queixar à Policia
que é o lugar indicado  para isso, e não a associação nenhuma.
 Já imaginaram a quantidade de julgamentos sumários com  "juizesinhos"
,"advogadinhos", testemunhas de acusação e defesa e pois claro, talvez até
mesmo um grupo de digníssimos jurados e um Carrasco que vai executar as
penosas tarefas de executar o veredicto
A quantidade de queixinhas e bufarias que isso ia dar. Para não falar na já
conhecida e malfadada tradição dos santos da casa nunca fazerem milagres aos
habitantes-vizinhos, antes pelo contrário.
Já aqui ouvi aclamações que: " nunca mais queremos um Mortágua"
Até parece que o homem era um Jack-o-Estripador ou um
Abominável-Homem-Das-Neves, um inimigo publico a abater que desgraçou a
Pátria.
Que mal veio ao mundo o tipo gostar de uns copos e de Fernando Pessoa, nunca
o ouvi ofender ninguém, e,  confesso que muitos dos monólogos até nem está
vam maus de todo.
A liberdade que felizmente temos no mundo Ocidental é uma garantia que temos
de preservar: O direito à parvoíce!
As pessoas são livres de dizerem o que bem entenderem, quem não gostar de
ouvir, que não ouça.
O que quero dizer com isto, é que não há legislação nenhuma nos nosso
regulamento, que proíba ou obrigue uma radio-amador a ter este ou aquele
tema de conversa, o que remete o coisa para a lei geral da radio-difusão.
Assim sendo, qualquer um de nós pode estar
perfeitamente ao radio com o assunto que bem entender.
Além do mais, há muitos radio-amadores que simplesmente não gostam de fazer
QSO´s ou de estar na escuta, fazem outras coisas mais reservadas, como
a técnica. Como seriam julgados estes colegas?
Não podemos ir pela via da inquisição nem da caça ás bruxas.
Façam exames a sério, com examinadores a sério, com critérios sérios, mas
deixem as pessoas serem radio-amadores, se depois algum se portar mal, é lá
com ele.

73
Matias
CT1FFU


2010/8/23 Radiophilo <radiophilo  gmail.com>

> Caros colegas,
>
> Eu penso que se pode aproveitar este momento e este pretexto para discutir
> outros assuntos relacionados, como por exemplo qual o papel do regulador, e
> qual o papel dos amadores séniores (e dos outros), mas para já quero dizer
> que me parece esta ideia muitíssimo justa.
>
> No entanto, e para aqueles que não queiram por qualquer motivo
> relacionar-se com associações, deve continuar a ser possível esperar os tais
> 2 anos para se propor a exame para a Classe 2.
>
> 2010/8/23 ct1ewa <ct1ewa  gmail.com>
>
>>  Colega Matias
>>
>>
>> <...>
>>
> Que seja inconstituicional obrigar alguém a pertencer a uma associação é
>> verdade. Agora eu nunca disse que se obrigava um radioamador a ser sócio da
>> associação para que esta o supervisiona-se!
>>
>
> Exactamente. Não se pode obrigar ninguém a ser sócio de qualquer
> associação, nem é preciso! As associações representam para os devidos
> efeitos legais, sociais e práticos "o colectivo dos radioamadores". Isto
> significa na minha modesta opinião que esta "supervisão", cujos moldes estão
> ainda por definir, deve ser feita a título gratuito por toda e qualquer
> associação a que o amador de classe 3 recorra.
> Entendo que o princípio subjacente a esta proposta é o de que os
> radioamadores cuidam dos seus, e por isso a considero muitíssimo adequada.
>
> Deixo aqui um exemplo ilustrativo deste princípio na vida associativa.
> Quando eu quis aprender a operar com código Morse para fazer o meu exame
> para a Categoria A, recorri à ARVM através da iniciativa que por então a
> associação promovia. Nunca em momento algum a ARVM me pediu para pagar o
> curso, ou para me fazer sócio da associação, mesmo depois de ter passado no
> exame com êxito.
> Eu associei-me na ARVM exclusivamente por minha iniciativa e vontade, como
> estou certo que todos ou quase todos os CR7 farão no caso em apreço.
>
> Voltando ao papel activo que as associações devem ter na avaliação dos
> amadores da classe 3, Se por um lado se clama por disciplina, qualidade de
> operação e desenvolvimento técnico dos radioamadores mais recentes, por
> outro lado não pode o "colectivo dos radioamadores" furtar-se à sua
> responsabilidade nesta matéria, nomeadamente formando e acompanhando estes
> amadores. Sempre assim foi, com ou sem associações, e parece-me que assim
> deverá continuar a ser.
>
> Acrescento apenas que me parece bem possível que tal medida servisse também
> para aproximar os radioamadores uns dos outros e das associações, o que
> muita falta faz.
>
> Cumprimentos,
> António Vilela
> CT1JHQ
>
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>
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