Re: ARLA/CLUSTER: Na minha humilde opinião o Dstar tem futuro...
Antonio Matias
ct1ffu gmail.com
Quarta-Feira, 28 de Abril de 2010 - 22:48:00 WEST
começo a ficar admirado com estes novos CR7's
Até sabem umas coisas....e são da classe 3, imagino os da classe 1- he he
São poucos mas bons..
Caro Pedro, estou a brincar obviamente, mas permita-me que lhe tire
o chapéu!
Belo comentário!
Matias
CT1FFU
No dia 28 de Abril de 2010 22:35, Pedro Ribeiro (CR7ABP) <
pribeiro-ham net.ipl.pt> escreveu:
> Codificação é diferente de cifra, se assumirmos que o áudio digitalizado ao
> ser codificado é uma forma de obfuscação, também se teria de aceitar a
> modulação FM como tal já que não transmite o sinal de banda base
> directamente "transladado" na frequência, como o AM ou o SSB o faz ...
>
> Eu não conheço quase nada do DSTAR mas diria que o codec apenas codifica o
> a voz da forma mais eficiente que consegue, para minimizar a ocupação de
> largura de banda, tentando por outro lado dar a melhor qualidade possível de
> voz (à semelhança do que os codecs do GSM fazem nos telemóveis), no entanto
> no GSM os dados são cifrados e supostamente só o terminal e o operador
> conseguem decifrar o que passa no canal.
> No DStar diria que o resultado da codificação passa em claro no éter,
> apenas encapsulado em células semelhantes à do ATM (Asynchronous Transfer
> Mode) usado à uns anos para suportar as ligações de alta capacidade,
> tipicamente entre "centrais" da rede fixa.
> Qualquer terminal que tenha o codec consegue escutar, sem precisar de uma
> chave "secreta" de decifra ...
>
> Em relação à minha opinião sobre este, é mista ...
> - Acho que é o futúro inevitável a digitalização
> - Trás muitas vantagens que resolvem complicações chatas que hoje em dia em
> analógico e que já são um bocado incomodas (ex. mensagens curtas de texto,
> identificação automática, transmissão embebida de dados opacos)
> - Acho que a dependência de recursos externos não controlados pela
> comunidade (ligações Internet de operadores) é um contra-senso quando se
> costuma defender os amadores pelo aspecto de que conseguem comunicar quando
> o resto todo vai abaixo ...
> - Odeio o facto de usar um codec proprietário e que me parece abusivamente
> explorado comercialmente e muito estranho ainda não terem aparecido marcas
> concorrentes a disponibilizar uma plataforma em tudo idêntica mas baseada
> num dos milhentos codecs abertos que andam por aí, alguns provavelmente até
> mais eficientes na codificação que o do DStar, provavelmente o do DRM seria
> um bom candidato a ocupar o cargo.
>
> Alguém tem uma ideia clara de como é actualmente o radio-amadorismo no
> Japão, onde, tendo em conta que foram os inventores, o processo está bem
> mais avançado.
> O analógico desapareceu? se ainda sobrevive, porquê?
> Que aplicações dão ao DStar para além das que já conhecemos?
>
> Convém aprendermos com os erros e sucessos dos outros, sempre poderemos
> saltar uns degraus e chegar lá mais rápido e melhor ...
>
> 73!
>
>
> On 28-04-2010 17:52, Jose Miguel Fonte wrote:
>
>> A questão principal é que não se trata apenas de uma opinião.
>>
>> No seguimento de uma mensagem anterior, a lei em vigor diz:
>>
>> "Artigo 12
>> ...
>> e) Não utilizar, salvo nos casos autorizados pelo ICP-ANACOM, códigos,
>> abreviaturas ou mensagens codificadas, com o intuito de obscurecer o
>> significado ou tornar a comunicação pouco clara ou imperceptível, nem
>> emitir alsos indicativos de chamada e falsos sinais de identificação ou
>> de alarme;
>> ... "
>>
>> Antes era de todo proibido, agora, por obra do diabo já não é mas seja
>> como for, sem que tenham autorização, por parte do ICP-ANACOM, para
>> codificar as mensagens, estes repetidores estão a cometer uma
>> ilegalidade.
>>
>> Recorro rapidamente à definição de criptografia no site wikipedia:
>>
>> (http://pt.wikipedia.org/wiki/Criptografia)
>>
>> "Criptografia (Do Grego kryptós, "escondido", e gráphein, "escrita") é o
>> estudo dos princípios e técnicas pelas quais a informação pode ser
>> transformada da sua forma original para outra ilegível, de forma que
>> possa ser conhecida apenas por seu destinatário (detentor da "chave
>> secreta"), o que a torna difícil de ser lida por alguém não autorizado.
>> Assim sendo, só o receptor da mensagem pode ler a informação com
>> facilidade. É um ramo da Matemática, parte da Criptologia [1].
>> "
>>
>> Ora, como devem saber o codec (Vocoder) AMBE utilizado no DSTAR é
>> proprietário e patenteado. Assim sendo, torna-se impossível de o
>> replicar por qualquer outra forma correndo a pena de violar a patente.
>>
>> Acho que não é díficil de perceber que o rádioamadorismo vive e viverá
>> de "open-standards" ou melhor, de convenções públicas e generalizadas
>> (globalmente).
>>
>> Já viram o que era se cada um tivesse um código para CW que não o Morse
>> ou mesmo um código Q diferente em cada país, região ou mesmo cidade?
>>
>> Imaginem a YAESU ou a Kenwood, para não falar noutras marcas, a
>> aparecerem com equipamentos de voz digital que não DSTAR? Depois uns
>> falam só com outros que têm o mesmo "código secreto", segmentando e
>> comercializando um actividade cujo objectivo é exactamente o oposto.
>>
>> Acho deveras lamentável a propaganda à volta do DSTAR. Ainda me recordo
>> da transição para a obrigatoriedade de utilização de tons nos
>> repetidores e o "reboliço" que gerou pois muitos colegas não tinham
>> equipamentos com tons. O que vale é que se pode fazer um gerador
>> sinusoidal (ou quase) de B.F. (Baixa frequência) e continuar a utilizar
>> os repetidores. Com DSTAR esqueçam... Só mesmo comprando o integrado.
>>
>> Mesmo os colegas com PC e sem rádio que queriam transmitir, via
>> internet, para sistemas DSTAR têm de comprar o DV dongle. Faz sentido
>> ter um computador capaz de implementar vocoders bem mais exigentes e não
>> tirar partido dele, apenas porque se optou por um codec patenteado?
>>
>>
>> Existem imensos codecs e vocoders cuja implementação/descrição é pública
>> e tiveram de optar logo por um que não era?
>>
>> Enfim, se é para isto que se caminha... estamos mal.
>>
>> 73 de ct1enq
>>
>> On Wed, 2010-04-28 at 16:50 +0100, João Gonçalves Costa wrote:
>>
>>> Boa tarde colega Mário Osório, CT2HTM.
>>>
>>> Subscrevo totalmente a sua opinião e permita-me somente um acrescento
>>> neste paragrafo.
>>> " As potencialidades são enormes, e num país de pequena dimensão como o
>>> nosso bastavam meia dúzia de repetidores VHF no continente e outra meia
>>> dúzia nas regiões autónomas para termos o país coberto!"
>>>
>>> O meu acrescento:
>>> "... repetidores VHF, respeitado o plano de banda da IARU R1, no
>>> continente e outra meia dúzia nas regiões autónomas para termos o país
>>> coberto!"
>>>
>>> Tal como está a acontecer nos restantes países mencionados, é URGENTE
>>> equacionar-se a desactivação em Portugal, se necessário, de repetidores
>>> analógicos e a sua substituição por repetidores digitais em VHF, MANTENDO
>>> intocado o plano de banda predefinido pela IARU Região 1.
>>>
>>> Penso muito sinceramente, que a não acontecer esta premissa, então a
>>> solução é coloca-los em UHF e mais uma vez me repito, MANTENDO intocado o
>>> plano de banda predefinido pela IARU Região 1.
>>>
>>> Como é que alguém pode ter a veleidade em Portugal, de invocar a atenção
>>> de um colega espanhol, por manter um QSO utilizando os 145,575 MHz em
>>> FM...!?
>>>
>>> Relembro que o primeiro repetidor D-Star em VHF a trabalhar em Espanha,
>>> encontra-se a funcionar desde Barcelona, no canal RV62, ex - R7, saída em
>>> 145,775 MHz.
>>>
>>> Imaginemos agora o contrario...o que diríamos nós aos colegas espanhóis!?
>>>
>>> Definitivamente e se queremos ser respeitados, devemos, antes de tudo,
>>> respeitar as recomendações internacionais, pois o reverso é a anarquia.
>>>
>>>
>>> João Costa, CT1FBF
>>> ________________________________
>>>
>>> De: cluster-bounces radio-amador.net [mailto:
>>> cluster-bounces radio-amador.net] Em nome de Mário Osório
>>> Enviada: quarta-feira, 28 de Abril de 2010 15:31
>>> Para: Resumo Noticioso Electrónico ARLA
>>> Assunto: Re: ARLA/CLUSTER: Repetidora CQ0UREP em testes.
>>>
>>>
>>>
>>>
>>> Boa tarde
>>>
>>> Caros colegas, opiniões são opiniões. Na minha humilde opinião o Dstar
>>> tem futuro, basta ver os países onde está implementado a sério,como os
>>> Estados Unidos, o Reino Unido, a Alemanha, o Japão ou mesmo a Austrália. Em
>>> Portugal a adesão tem sido enorme, basta consultar os log's online,
>>> imagine-se quando as outras marcas começarem a fazer concorrência! Se forem
>>> ao site (dstarusers.org) podem ver o crescimento a acontecer a nível
>>> global! As potencialidades são enormes, e num país de pequena dimensão como
>>> o nosso bastavam meia dúzia de repetidores VHF no continente e outra meia
>>> dúzia nas regiões autónomas para termos o país coberto! É inevitável que o
>>> futuro caminhe para a digitalização (DRM, DAB, etc), já para não falar nos
>>> SDR's. Por mais resistência que possa existir, a rádio e o radio amadorismo
>>> serão assim!
>>>
>>> Cumprimentos
>>>
>>> 73's de CT2HTM
>>>
>>> Mário Osório
>>>
>>
>>
>>
>>
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>> CLUSTER radio-amador.net
>> http://radio-amador.net/cgi-bin/mailman/listinfo/cluster
>>
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> Pedro Ribeiro
> Indicativo: CR7ABP
> QTH: São Francisco, Alcochete
> GRID LOC: IM58MR
> Radioamador "condenado" a 2 anos de RX em Classe 3
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