ARLA/CLUSTER: Repetidor CQ0DCH

Salomao Fresco sal.fresco gmail.com
Terça-Feira, 25 de Agosto de 2009 - 00:34:28 WEST


Olá,

Antes de começar uma rede, devemo-nos perguntar o que é que pretendemos
fazer com ela, quais as necessidades que levam à sua implementação, como a
vamos implementar, quais os locais que pudemos utilizar, que
infra-estruturas necessitamos nesses locais, etc...

Quanto à sua ideia de uma rede de repetidores maior, permita-me discordar.

Pelas seguintes razões:

- A rede actual, com os seus defeitos e virtudes, tem mais de metade dos
equipamentos "às moscas";
- A rede actual, permite a utilização abusiva, conforme outra mensagem
reporta aqui no Cluster;
- A rede actual, não está estruturada, mas mesmo que estivesse, iriamos
parar ao ponto 1;
- Criar uma rede de repetidores com baixa potência, é pouco viável, pois
nesse caso seria mais eficaz a comunicação em directo;
- Os tons de protecção não servem para as redes de repetidores, é um erro*.
As redes de repetidores devem ser é estruturadas convenientemente e os pares
de frequências escolhidos de acordo com uma grelha e localização geográfica.



- Os tons de protecção, originalmente PL - Private Line, uma patente da
Motorola, serviam (pretérito) para que diferentes utilizadores de uma
frequência pudessem trabalhar, sem que outros escutassem a conversação.
Dirigia-se particularmente às empresas privadas, com pouca intensidade de
tráfego.
Por exemplo: Numa fábrica com diferentes sectores:
1 - Segurança
2 - Produção
3 - Armazém, A cada um destes sectores é atríbuido um tom, para que, mesmo
usando uma só frequência, os diferentes sectores só possam comunicar entre
si.
Lembro que este protocolo é antigo e na altura o aluguer de uma frequência
era (e ainda é) dispendioso.



Cumprimentos

Salomão Fresco
CT2IRJ





2009/8/25 Radiophilo <radiophilo  gmail.com>

> Viva,
>
> 2009/8/24 Salomao Fresco <sal.fresco  gmail.com>:
> > Boas,
> >
> > O que não significa necessáriamente ques os repetidores dos Bombeiros e
> da
> > Protecção Civil estejam bem...
>
> Concordo. No entanto faço notar que nenhuma destas redes pretende ter
> cobertura global. Há exemplos de redes "de cobertura nacional" com
> mais de 80 repetidores, e outros casos ainda com cerca de 30
> repetidores que não têm cobertura nacional.
> Meramente apontei exemplos de outras redes para justificar que 30 ou
> 40 repetidores de amador em todo o país não é, só por si, nenhum
> disparate.
>
> > As necessidades dos Corpos de Bombeiros e da Protecção Civil não serão
> > iguais às dos Amadores.
> Pois isso não sei. A exploração de ambas as redes é certamente
> diferente, mas seria interessante saber até que ponto as necessidades
> de cobertura de umas e de outras serão realmente diferentes.
>
> Por vários motivos, eu acredito que os amadores poderiam beneficiar de
> mais, e não de menos, repetidores. Nomeadamente de mais repetidores
> locais com umas dezenas ou poucas centenas de mW, em complemento de
> uma rede nacional de repetidores, estes sim apenas uns 30 ou 40 em
> cada banda, ou talvez até menos, numa configuração similar à
> apresentada.
>
> Curiosamente, as redes de repetidores analógicos são bem robustas no
> que toca à reutilização de frequências, desde que se utilizem
> correctamente os tons de protecção. O mesmo não se pode dizer das
> redes dstar, e isto é certamente um factor a tomar em consideração no
> estabelecimento de repetidores deste tipo.
>
> Cumprimentos,
> António Vilela
> CT1JHQ
>
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