ARLA/CLUSTER: Radioamadorismo – Necessita de um novo paradigma?

João Costa > CT1FBF ct1fbf gmail.com
Domingo, 2 de Fevereiro de 2020 - 18:50:51 WET


A dom, 2/02/2020, 13:34, João Costa > CT1FBF <ct1fbf  gmail.com> escreveu:

> Sempre defendi e defendo um radioamadorismo mais inclusivo onde todos tem
> o seu lugar.
>
> Muito sinceramente, não sei que passatempo poderá sobreviver no seculo
> XXI, sem quem, por exemplo, estiver interessado em conversar pela rádio;
> o coleccionador de diplomas; o obcecado pelos concursos; o praticante do
> "radio sport"; o "profissional patrocionado" das "DX-expeditions". Todos,
> mas todos, tem o seu lugar. Há quem diga que se pode ser radioamador de
> 1001 maneiras diferentes.
>
> A imagem diria, purista, daquele intusiasta amante das radiocomunicações
> dos anos 60 e 70 do século passado há muito que se desvaneceu com enorme
> pena de muitos, a começar por mim próprio, que tive a invejavel
> oportunidade de ainda conhecer e conviver com alguns directa ou
> indirectamente e que me marcaram no meu percurso como radioamador.
>
> Guardos a todos com grande saudade na memória, mas tenho plena consciência
> que esses tempos, não voltam.
>
> Não desejo, nunca mais, ter de ver uma casa abandonada com dezenas de
> QSL's expostas nas suas paredes deixadas á voraz destruição de tempo. Tudo,
> menos isso.
>
> João Costa (CT1FBF)
>
>
> A dom, 2/02/2020, 12:21, Antonio A. S. Magalhaes <asmagal  fc.up.pt>
> escreveu:
>
>> Prezados Colegas, bom dia!
>>
>> Será, de facto, importante e sensato estimular, indiscriminadamente, o
>> crescimento do número de radioamadores?
>>
>> "Muitos são chamados, mas poucos escolhidos" (*).
>>
>> O artigo do CT1CPP destaca um conceito fundamental:
>>
>> - O que é o radioamador?
>>
>> Não vou aqui responder a esta pergunta. (Quem tiver dúvidas, ou tiver
>> esquecido, consulte a Legislação).
>>
>> Ao invés - na minha leitura do Artº 2º, al. a), do Decreto-Lei Nº
>> 53/2009, de 2 de Março - quem, por exemplo, apenas estiver interessado em
>> conversar pela rádio; o coleccionador de diplomas; o obcecado pelos
>> concursos; o praticante do "radio sport"; o "profissional patrocionado" das
>> "DX-expeditions"; etc.,não deve ser considerado como tal.
>>
>> Sei que esta minha contribuição vai deitar mais algumas achas na fogueira
>> da polémica. Por isso, e para amenizar um pouco, conto uma pequena história
>> que circulava nos tempos em que servi na Artilharia como oficial de
>> radiocomunicações.
>>
>> Um instrutor da Academia teria afirmado um dia: - "Nasce-se militar, como
>> se nasce artista".
>>
>> Ora - baseando-me na versão apócrifa, que imediatamente passou a circular
>> do dormitório dos cadetes - eu deixo aqui a minha paráfrase:
>>
>>                           - NASCE-SE RADIOAMADOR COMO SE NASCE FADISTA.
>>
>> Os melhores 73 DE CT1TE
>>
>> António
>>
>>
>> (*) Mateus 12:14
>> - 2020-02-02 10:45, António DuarteBebianoo escreveu:
>>
>> Ilustres colegas, bom dia!
>>
>> Existe uma claraperceçãoo de que oradioamadorismoo em Portugal e um pouco
>> por todo o mundo, salvo raríssimasexceçõess, está em declínio, no que ao
>> número deradioamadoress diz respeito.
>>
>> Aparenta não seratrativoo para os jovens do séc. XXI, nascidos já nesta
>> maravilhosa era digital. A continuar assim, por volta de 2050, poderá vir a
>> ter uma expressão meramente residual. Neste momento não pretendo abordar
>> aqui o problema da legislação portuguesa, no que à categoria 3 diz
>> respeito. Sobre esta questão em concreto, é pacífico que urge encontrar uma
>> solução para o problema, o qual constituiu mais uma acha para a fogueira do
>> declínio em causa.
>>
>> *Posto isto, coloca-se a seguinte pergunta**:*
>>
>> *O que fazer em Portugal e no mundo para atrair sangue novo para
>> oradioamadorismoo**? *
>>
>> A resposta/discurso corrente alega a necessidade de repensar
>> oradioamadorismoo, ou seja, um novo paradigma para as comunicações de
>> amador. Segundo esse linha, não faz sentido mostrar a um jovem, a beleza
>> fascinante de um contacto emHFF, onde dois amadores se deliciam a conversar
>> (e só pode falar um de cada vez), envoltos num enormeQRMM. Já nem vale a
>> pena falar daparafernáliaa de equipamentos e antenas necessárias para o
>> efeito, do seu custo, das dificuldades de montagem, do espaço que ocupam e
>> da chatice que causam à vizinhança.
>>
>> Se um jovem sentado no carro do seu pai, a viajar a 150 km por hora, em
>> qualquer lugar, com umsmartphonee na mão, consegue estar em contacto com
>> cinco amigos, em cinco continentes diferentes, com imagem, som, texto, tudo
>> em alta definição, a5GG (sem necessitar de estudar para fazer exame de
>> amador), então o que é que oradioamadorismoo terá de fazer para competir
>> com toda esta tecnologia de comunicação que fascina qualquer jovem? Ou
>> seja, como é que vamos arrancar o jovem desse paraíso e trazê-lo para
>> oradioamadorismoo?
>>
>> Do meu ponto de vista, a primeira coisa a fazer é mudar os termos desta
>> abordagem, a qual já vai sendo um clássico e que me parece profundamente
>> errada.
>>
>> Oradioamadorismoo e as comunicações de amador não têm nada a ver com a
>> história do jovem do carro (discurso corrente). Daqui a seis meses aApllee
>> fabricará um novosmatfhonee, mais evoluído que o anterior, a Microsoft, a
>> Google, oFBB e outras tecnológicas produzirãosoftwaress mais evoluídos e
>> apelativos, as operadoras deinternett oferecerão uma maior cobertura de
>> rede, maior velocidade e largura de banda e assim por diante. O jovem
>> apenas terá de pedir ao pai para lhe comprar o novo modelo
>> desmartphonee,atualizarr o contrato de fornecimento deinternett e fazer
>> odownloadd dos novossoftwaress. Não sabe quais são os princípios de
>> funcionamento do telemóvel, não sabe como funciona a rede deinternett, não
>> faz ideia do tipo deferramenteass que foramutilzadass para a criação
>> dossoftwaress, nem lhe interessa saber!
>>
>> Querer-se um novo paradigma para oradioamadorismoo, pretendendo-se que
>> este ofereça um modelo de comunicação com umaatratividadee superior aquela
>> que o jovem dispõe no seusmartphonee, de modo a que ele se convença que
>> oradioamadorismoo é mais interessante, útil e eficaz, desculpem-me mas
>> oradioamadorismoo não compete com ainternett, ossmartphoness, os
>> computadores erespetivosssoftwaressaplicaçãoess de comunicação. É caso para
>> dizer, cada macaco no seu galho.
>>
>> Dizer-se também que osradioamadoress estão envelhecidos na idade isso
>> começa a ser uma evidência. Todavia, quanto ao seu saber técnico
>> eatualidadee tecnológica, bem quanto ao melhor rumo e estratégia para o
>> futuro doradioamadorismoo,  estão perfeitamente à altura dos desafios e
>> têm muito a ensinar aos poucos jovens que vão chegando, assim eles sejam
>> humildes e queiram aprender, aocontrádioo do por vezes se quer fazer crer.
>>
>> *Querer-se reinventar oradioamadorismoo, isso não existe!*
>>
>> Oradioamadorismoo é como um edifício, assente num conjunto de pilares
>> fundamentais, os quais têm em comum o estudo, a experimentação, o
>> desenvolvimento de técnicas, de equipamentos e acessórios que contribuem
>> para o desenvolvimento das comunicações rádio hobbyy técnico). Os pilares
>> aos quais me refiro são oespetrooradioalétricoo, a propagação, as antenas,
>> a emissão deRFF, a operação de satélites, a TV de amador, arelexãoo lunar,
>> aeletrónicaa (reparação, construção e modificação de equipamentos de rádios
>> erespetivoss acessórios), o desenvolvimento desoftwaress de comunicações e
>> afins, e toda uma habilidade e conhecimentos técnicos variados aplicados na
>> montagem de uma estação e suarespetivaa operação, considerando, entre
>> outras, as técnicas de operação em concurso. Não faço ideia o que significa
>> reinventar isto?
>>
>> Então fará sentido dizer-se que oradioamadorismoo necessita de se
>> modernizar a fim de concorrer com a magia dosmatphonee, e do computador
>> ligado àinternett e desse modo conseguir recrutar o nosso jovem?
>>
>> Quando se pergunta o que é que oradioamadorismoo tem para oferecer aos
>> jovens, eu acho que se deverá perguntar sim, o que é que os jovens têm para
>> oferecer aoradioamadorismoo?
>>
>> É importante captar o interesse dos jovens para asmagiass sim, associadas
>> às diversas áreas científicas que integram oradioamadorismoo e fazer-lhes
>> sentir que o seu contributo pode ser importante e que tal constitui uma
>> fonte de satisfação pessoal.
>>
>> Deve-lhes ser perguntado se terão interesse pelo estudo e construção de
>> antenas, pela física solar/propagação, pelo desenvolvimento desoftwaress de
>> modo a tornar oFT88obsuletoo, isto meramente a título de exemplo. Todas as
>> áreas doradioamadorismoo têm um grau de complexidade bastante elevado, são
>> em grande número e bastante diferenciadas. Cada uma delas está num estado
>> da arte em que se encontra e em todas elas é preciso avançar na produção de
>> conhecimento. Falar-se em reinventar oradioamadorismoo, em modernizá-lo,
>>  parece-me um discurso estranho!!!
>>
>> Oradioamadorismoo necessita de jovens com conhecimento, com vontade de
>> aprender, mas também com valores éticos e morais.
>>
>> E nosentretantoss, porque também existem outras coisas diferentes
>> doradioamadorismoo,  porque não continuarmos a brincar e a comunicar com
>> os nossossmartphoness e computadores ligados àinternett?
>>
>> 73 – Duarte –CT1CPPP
>>
>>
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