Re: ARLA/CLUSTER: Nave extraterrestre? "É um artigo válido e legítimo", diz o astrónomo Rui Agostinho sobre o trabalho de Avi Loeb sobre o Oumuamua

Luis Miguel Filipe dos Santos Parente luis.parente gmail.com
Quinta-Feira, 21 de Março de 2019 - 18:52:12 WET


Talvez mais uma das previsoes de Arthur C Clarke  em "Rendezvous with Rama"

Luis Miguel Parente
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21/03/19
18:51:01

On Thu, 21 Mar 2019 at 13:22, João Costa > CT1FBF <ct1fbf  gmail.com> wrote:

> O problema do misterioso objeto espacial baptizado de Oumuamua (uma
> palavra havaiana que significa "um mensageiro de longe que chega primeiro"
> ) (formalmente designado 1I/'Oumuamua, anteriormente Cometa C/2017 U1
> (PANSTARRS) e posteriormente Asteróide A/2017 U1) começou logo na
> trajectória hiperbólica de aproximação ao Sol. Todos os cálculos
> apontaram para uma origem extra-Sistema Solar, não que seja caso único, mas
> contam-se pelos dedos os casos documentados até hoje. A alta
> excentricidade do 'Oumuamua" de 1,20, a mais alta do que a de qualquer
> objeto já observado no Sistema Solar, indicava que ele nunca esteve
> gravitacionalmente ligado ao Sistema Solar e é sem duvida um objeto
> interestelar devido também à sua alta velocidade de entrada.
>
> No entanto, o mais estranho era o que estava para vir, contrário a tudo o
> que é conhecido, o objecto ao se afastar do Sol e sem qualquer influencia
> gravitacional alem de Júpiter, este não perdeu velocidade mas antes ganhou
> aceleração numa trajectória para fora do sistema solar. Até hoje, e com os
> dados disponíveis, não foi possível explicar o seu estranho movimento.
>
> "Por exemplo, num cometa, quanto mais longe do Sol, menor a aceleração e
> menor a velocidade. No caso do Oumuamua, aconteceu o contrário, aumentou a
> velocidade e a aceleração à medida que se afastava", nota Rui Agostinho.
>
> João Costa (CT1FBF)
>
>
> Conceção artística do Oumuamua
>
> European Southern Observatory/M. Kornmesser
>
>
> Nave extraterrestre? O Investigador do Instituto de Astrofísica reconhece
> "interesse científico" na tese do astrónomo americano sobre o Oumuamua, um
> misterioso objeto espacial detetado em 2017. "Às vezes as teorias demoram
> muito tempo a serem comprovadas"
>
> SARA SÃ, Jornalista da Visão
>
> A referência a uma nave extraterrestre surge apenas duas vezes, ao longo
> de um artigo científico cheio de contas e cálculos complicados: na última
> linha da introdução e no penúltimo parágrafo do texto. No entanto, todo o
> bruá em torno do trabalho do astrónomo da Universidade de Harvard, Avi
> Loeb, publicado na revista científica Astrophysical Journal Letters, tem
> origem neste comentário lateral.
>
> "A hipótese de se tratar de um objeto produzido por extraterrestres é
> meramente especulativa. E o autor sabe disso", sublinha o astrónomo do
> Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço, Rui Agostinho. Mas isto não
> retira valor ao artigo, defende o Diretor do Observatório Astronómico de
> Lisboa. "Está bem escrito, bem analisado e levanta questões pertinentes."
>
> Publicado em novembro do ano passado, numa revista que se apresenta como
> uma publicação "expresso", destinada a divulgar "investigação relevante e
> original", o trabalho descreve o movimento do Oumuamua, um objeto detetado
> por telescópio do Havai, em 2017.
>
> Até hoje, e com os dados disponíveis, não foi possível explicar o seu
> movimento. E é por isso que Avi Loeb se dedicou a estudá-lo, para tentar
> justificar o seu comportamento, contrário a tudo o que é conhecido. "Num
> objeto distante do Sol [neste caso, para lá da órbita de Júpiter] a força
> gravítica diminui com a distância à estrela. Por exemplo, num cometa,
> quanto mais longe do Sol, menor a aceleração e menor a velocidade. No caso
> do Oumuamua, acontece o contrário, aumenta a velocidade e a aceleração à
> medida que se afasta", nota Rui Agostinho.
>
> Uma possível explicação para este fenómeno, avança o astrónomo de Harvard,
> é a pressão de radiação. Um tipo de força devida à radiação solar e que é
> tanto maior quanto maior a área de exposição à luz. Tudo está sujeito a
> esta força, até nós. Mas em objetos de grande massa relativamente à área de
> exposição o efeito é indetetável. No objeto agora descrito poderá, no
> entanto, existir um efeito de "vela", em que existe uma grande área
> superficial para uma espessura muito pequena.
>
> "Pela órbita do objeto, verificamos que não está preso à órbita do Sol,
> está a ir-se embora", reforça Rui Agostinho. Por outro lado, não é nova a
> sugestão de se usar a pressão de radiação para fazer mover uma nave. "Esta
> ideia de se usar uma sonda com uma vela, para ser empurrada, já é velha",
> refere o astrónomo português.
>
> Mas, como sublinha o professor de Física, "às vezes as teorias demoram
> muito tempo até serem comprovadas". E este mistério é bem provável que
> permaneça, quem sabe se para todo o sempre. "O objeto está a afastar-se,
> portanto é cada vez mais difícil recolher informação, nomeadamente sobre a
> sua trajetória inicial e as forças gravíticas a que está sujeito."
>
> Parece que vamos ter de viver com a dúvida.
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