Re: ARLA/CLUSTER: Não há tempo para dedicar ao radioamadorismo?

Pedro Ribeiro ct7abp gmail.com
Terça-Feira, 23 de Janeiro de 2018 - 01:26:06 WET


Boa noite,

A ideia é "boa", contudo ...

Que saiba, a legislação nacional trata as estações que emitem "sem 
operador presente" como estações de uso comum pelo que carecem de 
licenciamento por parte de uma associação.

Tu que dominas esta área muito melhor que eu, confirma lá ...

73!

On 2018/01/22 23:15, Miguel Andrade (CT1ETL) wrote:
> Caros colegas,
>
> Se sofrem do mesmo "mal" que eu, o qual se resume a ser muito escasso o
> tempo que podem dedicar à actividade de radiocomunicações.
> Se não ligam os vossos equipamentos durante semanas porque actualmente
> sentem que têm pouca ou nenhuma disponibilidade - esta mensagem é destinada
> precisamente a todos vós.
> Já não necessitam de complicar a gestão do vosso tempo livre.
> Acabaram-se as disputas entre a atenção ao nosso passatempo e os
> compromissos sociais ou familiares.
> Liguem a vossa estação... e deixem-na suspirar.
> É isso mesmo!!
> Usem o WSPR (pronuncia-se "whisper" - sussurro - mas na realidade significa
> "Weak Signal Propagation Reporter") ou o Opera (este último menos popular
> actualmente)... e "vão à vossa vida ocupada".
> Verão o prazer que dá, voltar daí a umas horas (ou mesmo dias) para colherem
> os frutos, ou seja, os dados.
>
> Mas vamos ao que realmente interessa em termos "técnicos".
> Partilho hoje convosco uma possível resposta ao meu tópico intitulado "A
> minha recepção é boa?", colocado no passado dia 07/01/2018 às 18:07.
> Não foi um teste propositado ou concebido para esse efeito, mas uma
> observação baseada nos dados recolhidos nos 2 últimos fins-de-semana.
> O título do tópico anterior foi criado apenas para chamar a vossa atenção e
> a explicação que se segue, para ser cientificamente aceitável, teria que se
> basear em dados recolhidos a partir de 2 configurações de estação
> exactamente iguais, a operarem exactamente na mesma frequência e em
> simultâneo, mas situadas em locais distintos... o que não foi o caso, como
> terão oportunidade de verificar nos relatórios anexos.
> Mas antes de passar à estatística apenas uma descrição que considero
> necessária sobre as antenas, a saber:
>
> . A antena situada em IM58ob é constituída por um primeiro troço horizontal
> de aproximadamente 9 metros, situado apenas a 2 metros do solo, esticado
> sensivelmente de Oeste para Este (ou seja, dos 275º para os 95º).
> Seguidamente a antena "dobra" mais ou menos para Norte (ou seja, dos 170º
> para os 350º) esticando-se, durante aproximadamente 18 metros, mas continua
> sempre aos mesmos 2 metros de altura em relação ao solo. A partir daqui toma
> a direcção Sudoeste (ou seja, dos 50º para os 230º), em formato de "V"
> invertido, com mais cerca de 39 metros, situando-se o vértice a 7 metros de
> altura.
>
> . A antena situada em IM58jr é constituída por um troço horizontal de 38
> metros, dobrado ao meio (na realidade a antena tem 19 metros de
> comprimento), constituído por cabo coaxial com a "malha" (blindagem ou
> escudo exterior) e o "vivo" (fio de cobre condutor) em curto-circuito no
> extremo. Este elemento é alimentado apenas pelo "vivo", o que, pelo menos em
> teoria, proporcionará um comprimento eléctrico efectivo equivalente a 63
> metros, ou seja, menos cerca de 3 metros do que o comprimento real da antena
> anterior.
> Esta segunda antena situa-se apenas a 2 metros de altura, sobre o terraço do
> prédio e sensivelmente de Este para Oeste (ou seja, dos 87º para os 267º).
>
> Pois é, «quem não tem cão caça com gato». Se eu tivesse terreno... «outro
> galo cantaria», como é evidente para aqueles que me conhecem.
> Para compensar o ganho expectável da primeira antena, a emissão com a
> segunda antena, em IM58jr, foi feita com 10 watts de potência (p.e.p.),
> enquanto que a potência de emissão utilizada em IM58ob não ultrapassou os 5
> watts (p.e.p.).
>
> Embora constituindo uma experiência mal fundamentada, os resultados não
> enganam e não devem estar longe do que seria apurada com uma metodologia
> mais científica.
> Convido-vos a lerem o ficheiro anexo denominado "stats.txt".
> Para além do objectivo cumprido, que foi na realidade a recepção da estação
> DP0GVN, situada na Antárctida (e aqui anunciada), no fim-de-semana de 20 e
> 21 de Janeiro o número de registos foi avassalador, nomeadamente quando
> comparado com o fim-de-semana de 12 a 14 de Janeiro, o que se explica e
> fundamente no facto da recepção em IM58jr ser bastante prejudicada e
> afectada por ruído e interferências (quanto mais baixa for a frequência
> pior), pelo que aconteceram bastantes períodos muito "improdutivos", durante
> os quais a emissão era escutada bastante longe, mas apenas as estações mais
> próximas foram recebidas.
> A esse propósito veja-se, por exemplo, o que aconteceu nesse fim-de-semana
> nos 160 metros. A única estação recebida em Lisboa foi G4WLC, enquanto que a
> minha emissão a partir da capital portuguesa foi escutada nos Estados Unidos
> por K4RCG, a cerca de 5.869 quilómetros de distância.
> Leiam os documentos anexos, se tiverem paciência, e tirem as vossas
> conclusões.
> Afinal a pergunta provocatória acabou por ser posta à prova, numa primeira
> oportunidade desta forma tão improvisada, na qual a primeira experiência se
> destinou originalmente a testar a capacidade da estação para sondar várias
> bandas em simultâneo, de forma autónoma mas de acordo com o "roteiro"
> estabelecido por mim, enquanto que a segunda se destinou a "procurar" um
> indicativo em particular (daí a divergência nas faixas trabalhadas).
>
> A terminar uma nota final digna de reparo.
> Nos 2 fins-de-semana do teste nunca tive oportunidade (e o grato prazer) de
> vir a receber sequer um único indicativo nacional, tanto em WSPR como na
> activação em Opera que fiz em 144,180 MHz durante 24 horas e em simultâneo
> com o teste de HF acima descrito, o que muito triste me deixou.
> Já no teste anteriormente relatado, no tal tópico de 7 de Janeiro, dei conta
> de que a estação do nosso ilustre colega Carlos Pinheiro (CT1PT) fora a
> única activa e a receber-me nessa altura.
> Por essa razão convido-vos a colocarem, nem que seja de vez em quando, a
> vossa estação a "trabalhar sozinha" nestas modalidades.
> Provavelmente receberão indicativos bastantes peculiares na vossa "colheita"
> como Q72WOV (Papua Nova Guiné???), o indicativo especial de Hong Kong
> VR20XNL ou a estação DP0GVN na Antárctida. Podem ainda ficar a saber que o
> vosso sinal de 5 watts chegou à ilha da Tasmânia (Austrália) na faixa dos 40
> metros, percorrendo os mesmos 17.982 que os sinais da estação VK7JJ
> percorreram para cá serem recebidos.
> Desde quando é que em Lisboa conseguiria receber, nos 7 MHz, uma estação dos
> antípodas? (especialmente nas actuais condições da propagação dos sinais).
>
> Até breve, nem que seja "em automático" e...
>
> 73 de Miguel Andrade ( CT1ETL )
> IM58js - 38º44'57" N/009º11'26" W
> CQ Zone 14 ********* ITU Zone 37
> endereço em/adress in www.qrz.com/db/CT1ETL
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