ARLA/CLUSTER: Qual o nosso papel na Sociedade enquanto Radioamdores?

CS7ALB - Rui Brito da Silva cs7alb outlook.pt
Domingo, 22 de Outubro de 2017 - 23:09:53 WEST


Subscrevo na íntegra.

Sem outro assunto de momento

Cumprimentos

Rui Brito da Silva
CS7ALB
936345233

Enviado do meu telemóvel com Microsoft Windows 10

De: José Luís Proença<mailto:ct1gzb  gmail.com>
Enviado: 22 de outubro de 2017 23:02
Para: Resumo Noticioso ARLA/CLUSTER<mailto:cluster  radio-amador.net>; Lista EXCLUSIVA de Sócios da REP !<mailto:rep-info  rep.pt>
Assunto: ARLA/CLUSTER: Qual o nosso papel na Sociedade enquanto Radioamdores?


O que aconteceu este Verão, colocou a nu, mais uma vez, as muitas fragilidades na relação (se é que alguma vez existiu tirando o Euro 2004) entre os Radioamadores e as autoridades (todas).

Todos escutamos nas TV's que "há locais sem meios de comunicação".

A esmagadora maioria dos Planos Municipais de Emergência-PME os Radioamadores estão incluídos  (pelo menos a palavra Radioamadores está lá), ainda que lá tenham sido colocados ainda que de forma "copy past".

Estamos incluídos nesses planos ainda que de maneira abstracta já que não se sabe quem é que são esses tais Radioamadores.

Imaginem que o Concelho do “Chaparro de Espingarda às Costas” (que até tem um SMPC a funcionar) tem um PME e que nesse plano até estão incluídos os Radioamadores. Imaginem que foram lá colocados como nos outros planos todos…por “copy past”.

Falta-nos Organização Nacional, Regional e, acima de tudo organização Local salvo honrosas excepções aqui e ali pelo país e Ilhas para intervir em alguma situação como a que se viveu neste Verão

A sério que acredito e tenho a certeza a que, se fossemos chamados a participar não iríamos fazer má figura na parte técnica de certeza absoluta, já na parte operacional, tenho algumas (muitas) dúvidas.

A esmagadora maioria dos Radioamadores não sabe (porque também se calhar nunca ninguém lhes explicou) como funcionam as comunicações num cenário de emergência e catástrofe.

Não sabem e nem conhecem a estrutura de operacionalidade das entidades num cenário de catástrofe.

Li nas “Redes Sociais” (facebook) colegas indignados (e com razão) a perguntarem porque não nos chamam para complementar as comunicações oficias que colapsaram por razões várias, tendo em conta que nós Radioamadores estamos inseridos no PNE e alguns PME.

Tenho um vizinho (que foi um dos que esteve ao meu lado no condomínio e que permitiu e fez força para que eu instalasse as minhas antenas no prédio) que tem casa na Pampilhosa da Serra e perguntou-me porque os Radioamadores não estavam no terreno a ajudar nas comunicações, já que em todos os meios de comunicação social se sabia que havia aldeias, vilas e até cidades sem comunicações.

Respondi-lhe que para intervirmos teria que ser a ANPC a nos chamar a intervir.

Creio que não nos cabe a nós radioamadores colocarmo-nos em “bicos de pés” junto da ANPC ou SMPC a dizer estamos aqui.

Mas, perante o que aconteceu em Pedrogão Grande e agora no Centro e Norte do país e das 107 mortes temos, acima de tudo, o dever moral, até enquanto cidadãos, de perguntar qual a nossa função nos PNE e PME.

Mas, também há uma série de perguntas que se tem que fazer a quem de direito.

Quem é que vai fazer essas perguntas?

Fácil.

Serão as Associações em que nós estamos inseridos, seja ela Nacional, Regional ou Local.

Como não temos uma entidade que fale por todos, torna-se complicado sermos escutados.

A não ser que, perante esta tragédia que aconteceu, pelo menos uma vez, as questões divergentes que eventualmente algumas Associações tenham, que as mesmas sejam esquecidas em prol do país, leia-se sociedade.

Perguntas.

1.    Determinar nos PME quem é que são os Radioamadores a ser chamados em caso de necessidade de intervenção. Colocar os nomes, de Radioamadores individuais ou Associações

2.    Foi feito uma pesquisa prévia de quantos Radioamadores existem no Concelho antes de os colocarem no PME?

3.    Existe alguma Associação de Radioamadores no Município?

4.    Em caso afirmativo, foram os Radioamadores contactados pelo Município?

5.    O Município sabe se os mesmos Radioamadores estarão interessados em participar?

6.    Se um radioamador que até esteja inserido num PME, se for chamado a actuar, como é a situação dele perante o seu emprego, há enquadramento jurídico?

7.    E os acidentes que possam acontecer no âmbito dessa actuação, estarão segurados?

8. O Município sabe o que são Radioamadores e do que eles capazes de fazer?



Estas perguntas todas é para saber se isto dos Radioamadores inseridos nos nos Planos de Emergência é mesmo para levar a sério.

Muitas mais perguntas haverão fica aqui alguns exemplos, alguém com melhor desempenho que eu que acrescente mais.

Esta minha opinião é na perspectiva positiva de se alterar algo que está ambíguo, apesar de estar escrito.
Como sublinhei, há honrosas excepções em há Associações que vão fazendo algo junto das Câmaras Municipais e Juntas de Freguesias, mas, no universo do país, acho insignificante.

Perante o que aconteceu, temos que fazer uma séria reflexão de qual o nosso papel enquanto membros desta sociedade no meio do que aconteceu.

Temos os meios, temos a técnica e temos vontade.

O que falta?

Serve este texto para partilhar convosco a minha opinião e desabafo, não serve para criar polémicas ou desacatos.

Problemas já temos que cheguem.

73 de José Luís Proença, Operador do Posto Emissor CT1GZB
ARVM #53, REP #1418, SKCC #8178, CT-QRP #058, NRA PN#077, ARRLx #054, GPCW #007
http://ct1gzb.blogspot.com

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