Re: ARLA/CLUSTER: As falhas no SIRESP e as três perguntas do primeiro-ministro sobre o incêndio de Pedrógão

Afonso Marques amarques guiatel.net
Domingo, 25 de Junho de 2017 - 13:35:23 WEST


Pergunta muito pertinente...

73
CT1RH
Em 25/06/2017 12:20, "Jose Albu" <ct1aoz  gmail.com> escreveu:

>
> Olá BAT e restantes colegas...
>
> Tenho seguido de perto o triste acontecimento '' Pedrogão Grande''.
>
> Quando digo seguido de perto é mesmo ''perto'' pois era mesmo para
> seguir...
>
> Até agora em nenhum dos noticiários vi alguma referencia aos ''Rádio
> Amadores''.
>
> É isso mesmo ...
>
> Não vi nada referenciado à ''pseuda'' ajuda dos amadores com a falta de
> comunicações do SIRESP.
>
> Que foi feito dos amadores ligados à P. Civil ?  Estiveram a auxiliar ou
> não?
> Como não ouvi nada a esse respeito, fica aqui a minha curiosidade escrita.
>
> 73 e bom domingo,
> J.Albuquerque
> CT1AOZ
>
> No dia 21 de junho de 2017 às 16:25, José Machado <ct1bat  gmail.com>
> escreveu:
>
>> Em curtas linhas...
>>
>> Há muita gente a FALTAR À VERDADE nesta ocorrência.
>>
>> Ainda, esta manhã na conferência das 10:00h o comandante de serviço
>> afirmava, em resposta a um jornalista, que a falta de comunicações durou
>> “menos de 30 segundosâ€...
>>
>> Julgam que somos PARVOS?!?
>>
>> No mínimo, a MEMÓRIA daqueles que foram encaminhados/a quem foi permitido
>> circular numa via, que compete ao Estado manter em condições seguras de
>> circulação. Exige-se a VERDADE e que daí se extraiam as devidas
>> consequências.
>>
>> *73 from*
>>
>> *José Machado - CT1BAT*
>>
>>
>>
>>
>>
>> *De:* cluster-bounces  radio-amador.net [mailto:cluster-bounces  radio-
>> amador.net] *Em nome de *João Costa > CT1FBF
>> *Enviada:* 21 de junho de 2017 09:33
>> *Para:* Cluster-ARLA
>> *Assunto:* ARLA/CLUSTER: As falhas no SIRESP e as três perguntas do
>> primeiro-ministro sobre o incêndio de Pedrógão
>>
>>
>>
>> Falhas no SIRESP já tinham acontecido antes e ajudam a explicar
>> descoordenação inicial no combate ao fogo
>>
>>
>>
>> As falhas no SIRESP, o sistema de comunicações que as diferentes forças
>> usam para se coordenarem no terreno, podem ajudar a explicar por que tanta
>> coisa falhou no combate ao fogo que começou no sábado em Pedrógão Grande.
>>
>> NATÃLIA FARIA e LILIANA VALENTE  in Jornal Publico
>> 21 de Junho de 2017, 6:30
>>
>> A GNR desviou ou não as pessoas que fugiam ao fogo para a Estrada
>> Nacional 236-1, onde acabaram por ocorrer 47 das 64 mortes contabilizadas
>> até agora no incêndio de Pedrógão Grande? Quanto tempo demorou a
>> restabelecer a comunicação depois de o SIRESP (Sistema Integrado de Redes
>> de Emergência e Segurança), usado pelos bombeiros e por várias outras
>> autoridades para se coordenarem no terreno, ter falhado na sequência da
>> destruição pelo fogo de várias das suas antenas fixas? Qual o impacto desta
>> falha na organização das primeiras respostas de socorro e de combate às
>> chamas ao fogo que continua a deflagrar? E ainda: como é que se originou
>> realmente o incêndio se, como admite o presidente da Liga dos Bombeiros
>> Portugueses, Jaime Marta Soares, na altura em que a trovoada seca começou
>> “o incêndio já estava com mais de duas horas de ignição�
>>
>> Estas são algumas das perguntas que continuam por responder por parte dos
>> operacionais de topo e daqueles que foram chamados ao terreno. Numa altura
>> em que o próprio primeiro-ministro, António Costa, está insatisfeito com as
>> explicações até agora dadas, o que o levou a emitir um despacho pedindo
>> explicações ao Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), à GNR e à
>> Protecção Civil, as interrogações continuam a somar-se e atropelar-se no
>> ricochete de que são alvo.
>>
>> As três perguntas do primeiro-ministro sobre o incêndio de Pedrógão
>>
>> Se, como se lê na linha do tempo traçada pela Autoridade Nacional de
>> Protecção Civil, o primeiro alerta para um incêndio, em Escalos Fundeiros,
>> concelho de Pedrógão Grande, se deu às 14h43, como é que, cerca de quatro
>> horas depois, tantas dezenas de pessoas acabavam por morrer cercadas pelas
>> chamas em poucas dezenas de metros na EN 236-1, que liga Figueiró dos
>> Vinhos a Castanheira de Pêra, para onde terão sido desviadas pelas
>> autoridades dado o corte no IC8? “Não domino essa informação. Cheguei numa
>> altura em que isso já tinha passadoâ€, ricocheteou o tenente-coronel Carlos
>> Ramos, no briefing de ontem de manhã, no posto de comando em Avelar, Ansião.
>>
>> Por outro lado, por que não foram accionados mais meios logo no início e
>> como se explica que, por volta das 18h30, estivessem a combater o incêndio
>> apenas 156 bombeiros, apoiados por 46 viaturas e três meios aéreos? Existem
>> no terreno, tido pelos engenheiros florestais como um “verdadeiro paiolâ€,
>> algumas torres de vigia capazes de detectar o fogo logo no início? Estavam
>> inoperacionais?
>>
>> Questionado sobre quanto tempo terão estado os bombeiros no terreno sem
>> poderem comunicar com as outras forças operacionais, o presidente da Liga
>> dos Bombeiros Portugueses, Jaime Marta Soares é rápido na resposta: “Tempo
>> demasiadoâ€. Para este responsável, há agora que “pegar na fita do tempo que
>> descreve tudo ao pormenor e perceber o que se passou a partir do momento em
>> que rebentou o sistema [SIRESP] e aquele em que o mesmo foi reactivadoâ€.
>> Mas, “embora as comunicações sejam extremamente importantes e a sua falha
>> possa tornar falível o combateâ€, este responsável ressalva, porém, que, na
>> sua opinião, “não se pode concluir que toda aquela calamidade se deva à
>> falta de comunicações, até porque as forças estavam já colocadas no terreno
>> e sabiam o que fazer, embora houvesse a falha de comunicação entre equipasâ€.
>>
>>
>>
>> Quanto à pergunta sobre por que é que tantas pessoas ficaram encurraladas
>> pelas chamas na EN 236-1, já baptizada como “estrada da morteâ€, várias
>> horas depois de o incêndio ter começado, Jaime Marta Soares diz que este é
>> um dos porquês cujas causas têm de ser apuradas “até às últimas
>> consequênciasâ€. A partir daquilo que foi vendo e ouvindo no terreno nos
>> últimos dias, o presidente da Liga dos Bombeiros diz acreditar que quando,
>> já ao final da tarde, as pessoas começaram a querer fugir ao fogo por esta
>> estrada esta estaria limpa.
>>
>> “Para mim, quando as pessoas iniciaram a viagem, a estrada estava
>> utilizável e o fogo a vários quilómetros de distância. A questão é que
>> ninguém está habituado a um incêndio com esta violência e brutalidade em
>> que, mais do que altas temperaturas e ausência de humidade, o inimigo foi o
>> vento. Este criou línguas de fogo com 40 e 50 metros de altura e permitiu
>> pequenos tufões que percorriam 300, 400 e 500 metros em redemoinho e cujas
>> projecções atingiam três, quatro e cinco quilómetrosâ€, descreve, para
>> concluir que “bastavam minutos para que qualquer local até então muito
>> longe das chamas ficasse completamente armadilhado para as pessoas que ali
>> passavamâ€.
>>
>>
>> “O fenómeno de propagação foi fora do normalâ€, concordou o comandante dos
>> Bombeiros de Castanheira de Pêra, José Domingues. Colocar um carro aqui e
>> outro ali na protecção de bens e das famílias retirou a possibilidade de
>> fazer um ataque directo. Não havia a possibilidade dada a quantidade de
>> fogos. O concelho foi tomado em pouco mais de 15 ou 20 minutosâ€,
>> acrescentou. “A área que num fogo normal demora oito ou nove dias a ser
>> consumida neste fogo demorou menos de um dia e meioâ€, observou, por seu
>> turno, o presidente da Câmara de Castanheira de Pêra, Fernando Lopes,
>> dizendo desconhecer se o SIRESP funcionou sempre ou não. O secretário de
>> Estado da Administração Interna, Jorge Gomes, já admitiu que “houve falhas
>> momentâneas de comunicação†no sábado. O SIRESP, de resto, já tinha falhado
>> nos incêndios do ano passado no Sardoal, tendo decorrido 12 horas entre o
>> momento em que uma das estações base deixou de funcionar e começou a ser
>> usada a estação móvel.
>>
>> Mais contundente, o presidente da Associação Nacional de Bombeiros
>> Profissionais, Fernando Curto, sustenta que foi a destruição pelo fogo das
>> antenas que garantem o canal de comunicação entre os diferentes
>> operacionais que “levou à desinformação de quem estava a comandar todas as
>> forças no terrenoâ€. “O facto de não haver informação do posto de comando
>> para todas as forças no terreno gerou lacunas que levaram a que as
>> directivas operacionais fossem diferentes para uns e para outros†explica
>> Fernando Curto, para admitir que “só assim se consegue perceber†que tanta
>> gente tenha sido apanhada na EN 236-1. “Os bombeiros foram obrigados a usar
>> o seu próprio canal de comunicações e a comunicação com a GNR e com as
>> outras forças não funcionou não sabe ainda durante quanto tempoâ€, precisa
>> Curto, para concluir: “Já houve situações anteriores em que o SIRESP não
>> funcionou, quer em simulacros quer em situações reais, e é aí que está o
>> problemaâ€.
>>
>>
>>
>> Aumentar
>>
>> Quanto à pergunta sobre por que é que tantas pessoas ficaram encurraladas
>> pelas chamas na EN 236-1, já baptizada como “estrada da morteâ€, várias
>> horas depois de o incêndio ter começado, Jaime Marta Soares diz que este é
>> um dos porquês cujas causas têm de ser apuradas “até às últimas
>> consequênciasâ€. A partir daquilo que foi vendo e ouvindo no terreno nos
>> últimos dias, o presidente da Liga dos Bombeiros diz acreditar que quando,
>> já ao final da tarde, as pessoas começaram a querer fugir ao fogo por esta
>> estrada esta estaria limpa.
>>
>> “Para mim, quando as pessoas iniciaram a viagem, a estrada estava
>> utilizável e o fogo a vários quilómetros de distância. A questão é que
>> ninguém está habituado a um incêndio com esta violência e brutalidade em
>> que, mais do que altas temperaturas e ausência de humidade, o inimigo foi o
>> vento. Este criou línguas de fogo com 40 e 50 metros de altura e permitiu
>> pequenos tufões que percorriam 300, 400 e 500 metros em redemoinho e cujas
>> projecções atingiam três, quatro e cinco quilómetrosâ€, descreve, para
>> concluir que “bastavam minutos para que qualquer local até então muito
>> longe das chamas ficasse completamente armadilhado para as pessoas que ali
>> passavamâ€.
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>> “O fenómeno de propagação foi fora do normalâ€, concordou o comandante dos
>> Bombeiros de Castanheira de Pêra, José Domingues. Colocar um carro aqui e
>> outro ali na protecção de bens e das famílias retirou a possibilidade de
>> fazer um ataque directo. Não havia a possibilidade dada a quantidade de
>> fogos. O concelho foi tomado em pouco mais de 15 ou 20 minutosâ€,
>> acrescentou. “A área que num fogo normal demora oito ou nove dias a ser
>> consumida neste fogo demorou menos de um dia e meioâ€, observou, por seu
>> turno, o presidente da Câmara de Castanheira de Pêra, Fernando Lopes,
>> dizendo desconhecer se o SIRESP funcionou sempre ou não. O secretário de
>> Estado da Administração Interna, Jorge Gomes, já admitiu que “houve falhas
>> momentâneas de comunicação†no sábado. O SIRESP, de resto, já tinha falhado
>> nos incêndios do ano passado no Sardoal, tendo decorrido 12 horas entre o
>> momento em que uma das estações base deixou de funcionar e começou a ser
>> usada a estação móvel.
>>
>> Mais contundente, o presidente da Associação Nacional de Bombeiros
>> Profissionais, Fernando Curto, sustenta que foi a destruição pelo fogo das
>> antenas que garantem o canal de comunicação entre os diferentes
>> operacionais que “levou à desinformação de quem estava a comandar todas as
>> forças no terrenoâ€. “O facto de não haver informação do posto de comando
>> para todas as forças no terreno gerou lacunas que levaram a que as
>> directivas operacionais fossem diferentes para uns e para outros†explica
>> Fernando Curto, para admitir que “só assim se consegue perceber†que tanta
>> gente tenha sido apanhada na EN 236-1. “Os bombeiros foram obrigados a usar
>> o seu próprio canal de comunicações e a comunicação com a GNR e com as
>> outras forças não funcionou não sabe ainda durante quanto tempoâ€, precisa
>> Curto, para concluir: “Já houve situações anteriores em que o SIRESP não
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