Re: ARLA/CLUSTER: As falhas no SIRESP e as três perguntas do primeiro-ministro sobre o incêndio de Pedrógão
Jose Albu
ct1aoz gmail.com
Domingo, 25 de Junho de 2017 - 12:18:21 WEST
Olá BAT e restantes colegas...
Tenho seguido de perto o triste acontecimento '' Pedrogão Grande''.
Quando digo seguido de perto é mesmo ''perto'' pois era mesmo para seguir...
Até agora em nenhum dos noticiários vi alguma referencia aos ''Rádio
Amadores''.
É isso mesmo ...
Não vi nada referenciado à ''pseuda'' ajuda dos amadores com a falta de
comunicações do SIRESP.
Que foi feito dos amadores ligados à P. Civil ? Estiveram a auxiliar ou
não?
Como não ouvi nada a esse respeito, fica aqui a minha curiosidade escrita.
73 e bom domingo,
J.Albuquerque
CT1AOZ
No dia 21 de junho de 2017 às 16:25, José Machado <ct1bat gmail.com>
escreveu:
> Em curtas linhas...
>
> Há muita gente a FALTAR À VERDADE nesta ocorrência.
>
> Ainda, esta manhã na conferência das 10:00h o comandante de serviço
> afirmava, em resposta a um jornalista, que a falta de comunicações durou
> “menos de 30 segundosâ€...
>
> Julgam que somos PARVOS?!?
>
> No mÃnimo, a MEMÓRIA daqueles que foram encaminhados/a quem foi permitido
> circular numa via, que compete ao Estado manter em condições seguras de
> circulação. Exige-se a VERDADE e que daà se extraiam as devidas
> consequências.
>
> *73 from*
>
> *José Machado - CT1BAT*
>
>
>
>
>
> *De:* cluster-bounces radio-amador.net [mailto:cluster-bounces radio-
> amador.net] *Em nome de *João Costa > CT1FBF
> *Enviada:* 21 de junho de 2017 09:33
> *Para:* Cluster-ARLA
> *Assunto:* ARLA/CLUSTER: As falhas no SIRESP e as três perguntas do
> primeiro-ministro sobre o incêndio de Pedrógão
>
>
>
> Falhas no SIRESP já tinham acontecido antes e ajudam a explicar
> descoordenação inicial no combate ao fogo
>
>
>
> As falhas no SIRESP, o sistema de comunicações que as diferentes forças
> usam para se coordenarem no terreno, podem ajudar a explicar por que tanta
> coisa falhou no combate ao fogo que começou no sábado em Pedrógão Grande.
>
> NATÃLIA FARIA e LILIANA VALENTE in Jornal Publico
> 21 de Junho de 2017, 6:30
>
> A GNR desviou ou não as pessoas que fugiam ao fogo para a Estrada Nacional
> 236-1, onde acabaram por ocorrer 47 das 64 mortes contabilizadas até agora
> no incêndio de Pedrógão Grande? Quanto tempo demorou a restabelecer a
> comunicação depois de o SIRESP (Sistema Integrado de Redes de Emergência e
> Segurança), usado pelos bombeiros e por várias outras autoridades para se
> coordenarem no terreno, ter falhado na sequência da destruição pelo fogo de
> várias das suas antenas fixas? Qual o impacto desta falha na organização
> das primeiras respostas de socorro e de combate às chamas ao fogo que
> continua a deflagrar? E ainda: como é que se originou realmente o incêndio
> se, como admite o presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses, Jaime Marta
> Soares, na altura em que a trovoada seca começou “o incêndio já estava com
> mais de duas horas de ignição�
>
> Estas são algumas das perguntas que continuam por responder por parte dos
> operacionais de topo e daqueles que foram chamados ao terreno. Numa altura
> em que o próprio primeiro-ministro, António Costa, está insatisfeito com as
> explicações até agora dadas, o que o levou a emitir um despacho pedindo
> explicações ao Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), à GNR e Ã
> Protecção Civil, as interrogações continuam a somar-se e atropelar-se no
> ricochete de que são alvo.
>
> As três perguntas do primeiro-ministro sobre o incêndio de Pedrógão
>
> Se, como se lê na linha do tempo traçada pela Autoridade Nacional de
> Protecção Civil, o primeiro alerta para um incêndio, em Escalos Fundeiros,
> concelho de Pedrógão Grande, se deu às 14h43, como é que, cerca de quatro
> horas depois, tantas dezenas de pessoas acabavam por morrer cercadas pelas
> chamas em poucas dezenas de metros na EN 236-1, que liga Figueiró dos
> Vinhos a Castanheira de Pêra, para onde terão sido desviadas pelas
> autoridades dado o corte no IC8? “Não domino essa informação. Cheguei numa
> altura em que isso já tinha passadoâ€, ricocheteou o tenente-coronel Carlos
> Ramos, no briefing de ontem de manhã, no posto de comando em Avelar, Ansião.
>
> Por outro lado, por que não foram accionados mais meios logo no inÃcio e
> como se explica que, por volta das 18h30, estivessem a combater o incêndio
> apenas 156 bombeiros, apoiados por 46 viaturas e três meios aéreos? Existem
> no terreno, tido pelos engenheiros florestais como um “verdadeiro paiolâ€,
> algumas torres de vigia capazes de detectar o fogo logo no inÃcio? Estavam
> inoperacionais?
>
> Questionado sobre quanto tempo terão estado os bombeiros no terreno sem
> poderem comunicar com as outras forças operacionais, o presidente da Liga
> dos Bombeiros Portugueses, Jaime Marta Soares é rápido na resposta: “Tempo
> demasiadoâ€. Para este responsável, há agora que “pegar na fita do tempo que
> descreve tudo ao pormenor e perceber o que se passou a partir do momento em
> que rebentou o sistema [SIRESP] e aquele em que o mesmo foi reactivadoâ€.
> Mas, “embora as comunicações sejam extremamente importantes e a sua falha
> possa tornar falÃvel o combateâ€, este responsável ressalva, porém, que, na
> sua opinião, “não se pode concluir que toda aquela calamidade se deva Ã
> falta de comunicações, até porque as forças estavam já colocadas no terreno
> e sabiam o que fazer, embora houvesse a falha de comunicação entre equipasâ€.
>
>
>
> Quanto à pergunta sobre por que é que tantas pessoas ficaram encurraladas
> pelas chamas na EN 236-1, já baptizada como “estrada da morteâ€, várias
> horas depois de o incêndio ter começado, Jaime Marta Soares diz que este é
> um dos porquês cujas causas têm de ser apuradas “até às últimas
> consequênciasâ€. A partir daquilo que foi vendo e ouvindo no terreno nos
> últimos dias, o presidente da Liga dos Bombeiros diz acreditar que quando,
> já ao final da tarde, as pessoas começaram a querer fugir ao fogo por esta
> estrada esta estaria limpa.
>
> “Para mim, quando as pessoas iniciaram a viagem, a estrada estava
> utilizável e o fogo a vários quilómetros de distância. A questão é que
> ninguém está habituado a um incêndio com esta violência e brutalidade em
> que, mais do que altas temperaturas e ausência de humidade, o inimigo foi o
> vento. Este criou lÃnguas de fogo com 40 e 50 metros de altura e permitiu
> pequenos tufões que percorriam 300, 400 e 500 metros em redemoinho e cujas
> projecções atingiam três, quatro e cinco quilómetrosâ€, descreve, para
> concluir que “bastavam minutos para que qualquer local até então muito
> longe das chamas ficasse completamente armadilhado para as pessoas que ali
> passavamâ€.
>
>
> “O fenómeno de propagação foi fora do normalâ€, concordou o comandante dos
> Bombeiros de Castanheira de Pêra, José Domingues. Colocar um carro aqui e
> outro ali na protecção de bens e das famÃlias retirou a possibilidade de
> fazer um ataque directo. Não havia a possibilidade dada a quantidade de
> fogos. O concelho foi tomado em pouco mais de 15 ou 20 minutosâ€,
> acrescentou. “A área que num fogo normal demora oito ou nove dias a ser
> consumida neste fogo demorou menos de um dia e meioâ€, observou, por seu
> turno, o presidente da Câmara de Castanheira de Pêra, Fernando Lopes,
> dizendo desconhecer se o SIRESP funcionou sempre ou não. O secretário de
> Estado da Administração Interna, Jorge Gomes, já admitiu que “houve falhas
> momentâneas de comunicação†no sábado. O SIRESP, de resto, já tinha falhado
> nos incêndios do ano passado no Sardoal, tendo decorrido 12 horas entre o
> momento em que uma das estações base deixou de funcionar e começou a ser
> usada a estação móvel.
>
> Mais contundente, o presidente da Associação Nacional de Bombeiros
> Profissionais, Fernando Curto, sustenta que foi a destruição pelo fogo das
> antenas que garantem o canal de comunicação entre os diferentes
> operacionais que “levou à desinformação de quem estava a comandar todas as
> forças no terrenoâ€. “O facto de não haver informação do posto de comando
> para todas as forças no terreno gerou lacunas que levaram a que as
> directivas operacionais fossem diferentes para uns e para outros†explica
> Fernando Curto, para admitir que “só assim se consegue perceber†que tanta
> gente tenha sido apanhada na EN 236-1. “Os bombeiros foram obrigados a usar
> o seu próprio canal de comunicações e a comunicação com a GNR e com as
> outras forças não funcionou não sabe ainda durante quanto tempoâ€, precisa
> Curto, para concluir: “Já houve situações anteriores em que o SIRESP não
> funcionou, quer em simulacros quer em situações reais, e é aà que está o
> problemaâ€.
>
>
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> Aumentar
>
> Quanto à pergunta sobre por que é que tantas pessoas ficaram encurraladas
> pelas chamas na EN 236-1, já baptizada como “estrada da morteâ€, várias
> horas depois de o incêndio ter começado, Jaime Marta Soares diz que este é
> um dos porquês cujas causas têm de ser apuradas “até às últimas
> consequênciasâ€. A partir daquilo que foi vendo e ouvindo no terreno nos
> últimos dias, o presidente da Liga dos Bombeiros diz acreditar que quando,
> já ao final da tarde, as pessoas começaram a querer fugir ao fogo por esta
> estrada esta estaria limpa.
>
> “Para mim, quando as pessoas iniciaram a viagem, a estrada estava
> utilizável e o fogo a vários quilómetros de distância. A questão é que
> ninguém está habituado a um incêndio com esta violência e brutalidade em
> que, mais do que altas temperaturas e ausência de humidade, o inimigo foi o
> vento. Este criou lÃnguas de fogo com 40 e 50 metros de altura e permitiu
> pequenos tufões que percorriam 300, 400 e 500 metros em redemoinho e cujas
> projecções atingiam três, quatro e cinco quilómetrosâ€, descreve, para
> concluir que “bastavam minutos para que qualquer local até então muito
> longe das chamas ficasse completamente armadilhado para as pessoas que ali
> passavamâ€.
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> “O fenómeno de propagação foi fora do normalâ€, concordou o comandante dos
> Bombeiros de Castanheira de Pêra, José Domingues. Colocar um carro aqui e
> outro ali na protecção de bens e das famÃlias retirou a possibilidade de
> fazer um ataque directo. Não havia a possibilidade dada a quantidade de
> fogos. O concelho foi tomado em pouco mais de 15 ou 20 minutosâ€,
> acrescentou. “A área que num fogo normal demora oito ou nove dias a ser
> consumida neste fogo demorou menos de um dia e meioâ€, observou, por seu
> turno, o presidente da Câmara de Castanheira de Pêra, Fernando Lopes,
> dizendo desconhecer se o SIRESP funcionou sempre ou não. O secretário de
> Estado da Administração Interna, Jorge Gomes, já admitiu que “houve falhas
> momentâneas de comunicação†no sábado. O SIRESP, de resto, já tinha falhado
> nos incêndios do ano passado no Sardoal, tendo decorrido 12 horas entre o
> momento em que uma das estações base deixou de funcionar e começou a ser
> usada a estação móvel.
>
> Mais contundente, o presidente da Associação Nacional de Bombeiros
> Profissionais, Fernando Curto, sustenta que foi a destruição pelo fogo das
> antenas que garantem o canal de comunicação entre os diferentes
> operacionais que “levou à desinformação de quem estava a comandar todas as
> forças no terrenoâ€. “O facto de não haver informação do posto de comando
> para todas as forças no terreno gerou lacunas que levaram a que as
> directivas operacionais fossem diferentes para uns e para outros†explica
> Fernando Curto, para admitir que “só assim se consegue perceber†que tanta
> gente tenha sido apanhada na EN 236-1. “Os bombeiros foram obrigados a usar
> o seu próprio canal de comunicações e a comunicação com a GNR e com as
> outras forças não funcionou não sabe ainda durante quanto tempoâ€, precisa
> Curto, para concluir: “Já houve situações anteriores em que o SIRESP não
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