RE: ARLA/CLUSTER: Governo admite “descoordenação” em Pedrógão e abre guerra ao SIRESP

Joo Costa > CT1FBF ct1fbf gmail.com
Quinta-Feira, 10 de Agosto de 2017 - 23:35:51 WEST


Assim é Pedro, o "b" ficou no teclado. Obrigado.

João Costa (CT1FBF)

Em 10/08/2017 19:15, "Pedro-papfc1" <papfc1  gmail.com> escreveu:

> Bem...900.000 Liras ainda dá uns 450 Euros!
>
> Presumo que estavas a falar de 900 000 Libras (GBP)!
>
> 73
>
>
> -----Original Message-----
> From: cluster-bounces  radio-amador.net [mailto:cluster-bounces  radio-
> amador.net] On Behalf Of João Costa > CT1FBF
> Sent: Thursday, August 10, 2017 6:10 PM
> To: Resumo Noticioso ARLA/CLUSTER <cluster  radio-amador.net>
> Subject: Re: ARLA/CLUSTER: Governo admite “descoordenação” em Pedrógão e
> abre guerra ao SIRESP
>
> Vamos ver o que tudo isto dá em Portugal, no Reino Unido, um caso
> semelhante mas com falhas na rede telefónica fixa resultou numa multa de
> 900.000 Liras ao operador.
>
> http://www.southgatearc.org/news/2017/august/kcom-fined-
> 900000-for-emergency-call-failure.htm
>
> João Costa (CT1FBF)
>
> No dia 10 de agosto de 2017 às 18:01, João Costa > CT1FBF <
> ct1fbf  gmail.com> escreveu:
> >  Constança Urbano de Sousa chamou, ontem quarta-feira, os jornalistas
> > ao Ministério da Administração Interna para fazer um ponto de situação
> > sobre os nove inquéritos, estudos, relatórios e pareceres pedidos pelo
> > Governo depois do incêndio em Pedrógão Grande, no qual morreram 64
> > pessoas.
> >
> > A ministra concluiu que se verificou uma “descoordenação no posto de
> > comando da ANPC” do teatro de operações, “em especial com os outros
> > agentes de Proteção Civil”. Também as falhas de comunicações do
> > Sistema Integrado das Redes de Emergência e Segurança de Portugal
> > (SIRESP) “dificultaram as operações de controlo e comando”.
> >
> > Segundo a governante, houve também uma “falta de articulação entre a
> > Secretaria-Geral da Administração Interna, PSP, ANPC e GNR no que diz
> > respeito à deteção dos problemas nas comunicações e no acionamento e
> > mobilização da Estação Móvel, que se refletiu numa excessiva
> > morosidade da sua disponibilização”.
> >
> > Estes constrangimentos “foram potenciados pela escolha do local para a
> > instalação do posto de comando e controlo da ANPC em Pedrógão Grande”,
> > considerou a ministra num despacho hoje emitido.
> >
> > Os relatórios e inquéritos agora divulgados permitiram ainda concluir
> > que o “SIRESP revelou-se pouco resiliente em virtude de a interligação
> > das estações base e a restante rede SIRESP ser feita com cabos de
> > fibra ótica, maioritariamente suportados por postes”, vulneráveis em
> > caso de incêndio.
> >
> > Por isso, Constança Urbano de Sousa anunciou ter determinado à
> > Secretaria-Geral da Administração Interna, entidade gestora do SIRESP,
> > que inicie os procedimentos para a aplicação de penalidades ao
> > consórcio e anunciou um novo inquérito, agora para apurar
> > responsabilidades disciplinares na Secretaria-geral do Ministério da
> > Administração Interna (SGMAI).
> >
> > Faltas graves no SIRESP
> >
> > O MAI pediu ao Instituto de Telecomunicações (que junta nove
> > instituições com experiência em investigação e desenvolvimento no
> > domínio das telecomunicações) um estudo sobre o funcionamento do
> > SIRESP em situações de acidente grave ou catástrofe.
> >
> > No relatório, afirma-se que existiram faltas graves na rede, com
> > cortes prolongados no funcionamento normal do sistema nas áreas
> > cobertas pelas estações base de Pedrógão Grande (39 horas de corte),
> > Figueiró dos Vinhos (41 horas), Serra da Lousã (67 horas), Malhadas
> > (66 horas) e Pampilhosa da Serra (70 horas).
> >
> > “Durante estes períodos estas estações base funcionaram em modo local,
> > o que restringiu as comunicações a terminais da mesma estação base, ou
> > a comunicações diretas (de curto alcance) entre terminais”, sendo que
> > as falhas se deveram à destruição, pelo incêndio, das ligações por
> > cabo de fibra ótica das estações base referidas ao comutador de
> > Coimbra.
> >
> > O Instituto nota que a solução cabo de fibra ótica “não cumpre as
> > exigências do Caderno de Encargos nem se configura como uma solução
> > técnica adequada para usar numa floresta numa rede de segurança e
> > emergência”.
> >
> > Depois, mesmo após as ligações terem sido restabelecidas, houve
> > situações em que não foi possível dar vazão às chamadas em espera,
> > superior ao estabelecido em contrato, nota também o Instituto, que
> > também chama a atenção para que nem todos os utilizadores do SIRESP
> > têm conhecimento e prática suficiente da mesma.
> >
> > No documento recomenda-se formação para esses utilizadores e a
> > implementação “o mais rapidamente possível” de uma solução de
> > redundância para as ligações entre as estações base e o comutador.
> >
> > “Deve ser também analisada a possibilidade de aumentar o número de
> > estações base móveis, para reforçar pontualmente tanto a cobertura
> > como a capacidade de tráfego, em situações graves”, que devem ser
> > colocadas no país de acordo com o risco de incêndio.
> >
> > Ainda assim o Instituto salienta que não existem razões técnicas para
> > abandonar a rede SIRESP, existindo antes “recomendações que devem ser
> > seguidas urgentemente para que esta rede cumpra os objetivos para que
> > foi concebida”.
> >
> > O Instituto diz no relatório que “a análise foi condicionada pela
> > dificuldade em obter das entidades externas relacionadas com o SIRESP
> > toda a informação necessária para emitir conclusões fundamentadas
> > dentro do prazo”.
> >
> > GNR não encaminhou automobilistas para EN 236-1
> >
> > Na resposta a várias perguntas enviadas pela ministra, enviadas a 8 de
> > agosto, a GNR refere que o processo de inquérito elaborado por esta
> > força militar “centrou-se no apuramento das circunstâncias em que se
> > desenvolveu a ação das suas forças no dia 17 de junho de 2017, no
> > cenário trágico das mortes ocorridos na EN 236-1 e em itinerários
> > confinantes e localidades próximas”.
> >
> > Ou seja, prossegue a GNR, “procurou-se elencar todas as ações de
> > controlo do tráfego rodoviário e do movimento de pessoas, tendo-se
> > particularmente em conta a afirmação de uma sobrevivente que passou na
> > EN 236-1 no sentido Figueiró dos Vinhos – Castanheira de Pera, que
> > afirmou ter sido encaminhada por militares da Guarda para essa
> > estrada”.
> >
> > Este é um “facto que acabou por não ser confirmado”, salienta a GNR.
> >
> > “Em suma, o inquérito da GNR foi orientado para factos ocorridos do
> > dia 17 de junho e, essencialmente, relacionados com a situação que
> > originou as mortes – em especial entre as 20h00 e as 22h00 desse dia –
> > e não para a discriminação sistemática de todas as ações desenvolvidas
> > pelas forças da Guarda no teatro de operações em causa”.
> >
> > Segundo o relatório do inquérito interno da GNR, “as primeiras
> > instruções de coordenação recebidas pela Guarda” do Posto de Comando
> > da Autoridade Nacional de Proteção Civil “para a regularização e corte
> > de trânsito no teatro de operações, designadamente na EN 236-1, foram
> > emitidas pelas 22h00“.
> >
> > Fonte: ZAP // Lusa
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