Re: ARLA/CLUSTER: Frequências QRP e contacto falhado com CR6LH

Sergio Matias srg814 gmail.com
Sábado, 27 de Agosto de 2016 - 21:55:01 WEST


Miguel,
e para reflectir ainda mais..

QRP? 5 Watt? SSB?

Dedica-te ao CW e aí verás o que consegues fazer com os 5 Watt!

73,
-- Sérgio, ct1hmn

2016-08-27 12:49 GMT-05:00 Miguel Andrade (CT1ETL) <ct1etl  gmail.com>:

> Muito obrigado João!
> Aqui vai, a propósito, uma história para reflexão:
>
>
> No passado fim-de-semana a minha actividade em emissão resumiu-se a
> calibrar, definitivamente, a antena que aprendemos a executar e montámos
> durante a mais recente formação sobre antenas da ARLA.
> Nesta bem-sucedida tarefa (de apenas 20 minutos), tive uma vivência
> interessante.
> Ao experimentar a antena em emissão, (sem ajuda do sintonizador) na faixa
> dos 40 metros, escutei as primeiras chamadas da estação CR6LH situada no
> Cabo Espichel.
> A minha estação estava, por sua vez, situada no Estoril e mesmo em QRP
> resolvi tentar, pois a antena tem mais de 20 metros de comprimento e estava
> inclinada para o azimute certo, tendo ido suportada a 10 metros de altura
> sobre o terreno no ponto mais elevado.
> Separavam-nos quase 36 quilómetros de distância, praticamente tudo sobre o
> oceano, pelo que calculei que fosse um "bom tiro", mesmo em telefonia com
> apenas os 5 watts do famoso FT-817.
> A estação CR6LH chegava-me com um sinal de 5/9 (na leitura do equipamento
> estava sinal máximo, pelo que vou escrever 5/9+60)... mas não fui escutado.
> A estação CR6LH queixou-se realmente, a certa altura, de QRM e também de
> ausência de estações nacionais (num QSO com a estação CR5LSV, se não estou
> equivocado, pois não apontei).
> A ausência de contracto foi pena para ambos, pois teria sido um objectivo
> interessante para mim.
> Durante uns quantos QSO's com estrangeiros é óbvio que fui "abafado" nas
> minhas chamadas, mas já agora, caso o colega que estava do outro lado
> esteja
> a ler estas palavras... fica a saber que havia uma estação portuguesa em
> frequência a chamar CR6LH.
> Dei conta de eventuais menos boas condições de recepção da CR6LH, pela
> forma
> como por vezes recebia no farol estações que do meu lado chegavam claras e
> algumas também "a fundo da escala".
> Se não fosse um contacto com sucesso para Itália (pois está claro), minutos
> depois da pausa da estação CR6LH... ficava a duvidar de eficiência dos
> "picos" de 5 watts e da antena de transportar no bolso (literalmente).
> Moral da história: esta noção de QRP tem duas grandes batalhas a serem
> vencidas; a saber, a debilidade de um sinal com pouca potência e as
> condições de recepção do outro lado, pois não tem comparação possível
> aquilo
> que o meu ruidoso FT-897 recebe no QTH  em Lisboa, com a sua "performance"
> e
> eficiência demonstrada na recepção longe da civilização, como aconteceu
> este
> ano outra vez.
> Em resumo: se estas frequências não forem respeitadas as estações mais
> potentes irão dificultar (ainda mais) a capacidade de comunicação das
> estações de baixa potência, sobretudo em telefonia.
>
> Já agora - alguém poderia explicar aos senhores que sugerem estas
> frequências que em Portugal há colegas que, pelas limitações da respectiva
> licença, não podem operar nos 7.090 kHz?
> Ou esses ou os responsáveis pelo Serviço de Amador na Anacom...
>
> P.s. Se for necessária a minha resposta a algum comentário a este tópico,
> por favor tenham em consideração que posso levar uns 10 dias a ler as
> vossas
> mensagens.
>
> Um abraço e...
>
> 73 de Miguel Andrade ( CT1ETL )
> IM58js - 38º44'57" N/009º11'26" W
> CQ Zone 14 ********* ITU Zone 37
> endereço em/adress in www.qrz.com/db/CT1ETL
>
>
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