ARLA/CLUSTER: Re: A minha analise ao entendimento da ANACOM na
Adenda 2013 ao QNAF
Paulo Faria
pauloafaria sapo.pt
Domingo, 8 de Setembro de 2013 - 18:57:45 WEST
Meu caro Luís Filipe.
Só existe uma maneira de usar a língua portuguesa; a correcta.
Os dialectos próprios de cada região, são uma espécie de personalização,
mas nunca uma forma de expressão da língua portuguesa. (Mas há
excepções: O Mirandês)
Que se chamem nomes diferentes à mesma coisa, a depender da zona do
país, até aí tudo bem. Agora há o dever de se adaptar ao meio.
Repare.
Faria algum sentido eu falar consigo usando uma língua que não
dominasse? Não, porque nessa altura estaríamos a produzir ruído e nunca
a comunicarmos.
O radio-amador têm por obrigação adaptar-se e evoluir a todos os níveis.
Ainda relativamente aos dialectos ou "pronúncias" de cada lugar, dou-lhe
um exemplo pessoal:
Não sendo eu originário dos Açores, e estando a viver cá há décadas,
entendo todos os habitantes de todas as ilhas, cada uma com o seu
vocabulário personalizado e uma fonética muito própria, no entanto,
embora saiba e possa falar como cada um deles, nunca o iria fazer
consigo, porque sei de ante-mão, que o Luís teria alguma dificuldade em
entender, o que tornaria a nossa comunicação muito pouco eficiente. O
mesmo se aplica a outras línguas estrangeiras. O Francês varia tanto
como o Português ao longo do território, assim como todas as outras línguas.
Em relação ao povo português, há coisas que o distinguem de forma negativa.
O Tuga mediano, só vê a ponta do seu nariz, e é uma pessoa de (maus)
hábitos, é invejoso, só está contente com a desgraça alheia, embora
publicamente, mostre exactamente o contrário, etc etc...
Por isso é difícil, como dizia outro colega: "O que podem as associações
fazer, se os seus sócios não se entendem?"
Nada, porque são "TUGAS"!
Ter o direito a não evoluir;
Há pelo menos que tentar, pedir ajuda (que é coisa difícil para o
"TUGA") porque têm a mania que sabe tudo.
Muito antes de eu próprio decidir entrar para a lide, já dava formação
para colegas candidatos a radio-amadores, ou seja pessoas que não tinham
ainda contacto com a actividade, mas que tinham vontade e curiosidade, e
outros, que já o eram da categoria C.
Resultado: Todos os do primeiro caso obtiveram aprovação e são hoje já
amadores de classe 2 e 1, tendo passando pelo purgatório durante 2 anos,
os do segundo caso nenhum deles teve a coragem de progredir e
submeter-se a exame de classe 2, continuando a fazer perguntas de
difícil interpretação nesta e noutras listas.
Repare que usei duas vezes uma expressão incorrecta para dizer
Português, mas não acredito que haja uma só pessoa que não conheça o
significado. Mais um exemplo de adaptação.
Agora não podemos transformar excepções em regras, se não, estamos a
comprometer o passado e o futuro.
Grande parte das pessoas, quando resolveu tornar-se radio-amador, não
fazia a menor ideia do que era esta actividade. A grande maioria entrou
para isto com o intuito de falar com outras pessoas a longa distância,
de usar um telefone com chamadas gratuitas para todo o mundo, não entrou
por querer aprender ou desenvolver técnicas ou equipamentos de comunicação.
Repare que a abolição da obrigatoriedade de manter um livro de registo
de contactos e fazer prova disso à ANACOM, foi um sonho para este tipo
de pessoas que referi no parágrafo anterior.
Passou a ser tudo à balda.
O radio-amadorismo é um Hobby, mas de grande responsabilidade, e não se
pode praticar, por exemplo como a colecção de caricas ou de isqueiros.
*"Quanto ao não deixarem entrar nos qsos através da oportunidade, não
faz mal, procura outros QSO, e entra nele. Faz tu um, e também não os
deixes entrar hehehe.*"
Luís, eu faço questão de dizer, que nem sequer escuto este tipo de
frequências, quanto mais entrar numa conversa de surdos e sem objectivo.
Fi-lo até me aperceber quem eram os cromos de Portugal, e elaborar uma
lista de (pessoas a evitar). Quando dei o exemplo, fi-lo por ter
escutado algumas vezes casos em que acontecia o que descrevi.
As minhas comunicações, têm sempre um objectivo bem definido:
Ou estou a participar num concurso de gabarito mundial, ou estou a
discutir aspectos técnicos às vezes durante horas, ou então a partilhar
informação cultural com povos interessados em conhecer o nosso meio
local, e isto é, em todos os casos bidireccional.
Além disso tenho a felicidade de falar fluentemente várias línguas, o
que me permite alargar os meus horizontes além da fronteira de Espanha.
Não existe equivalência entre as classes A,B,C e as 1,2,3; isso está bem
definido. A Classe (A) embora tenha os mesmos privilégios da classe (1)
, não é equivalente. Procurem que vão encontrar.
Há que olhar para isto como: (O tempo das vacas gordas, e o das vacas
magras).
Até a actual situação sócio-económica se pode comparar ao radio
amadorismo. As regras mudaram, há que as aceitar, até porque a qualquer
momento e a meio do jogo, a ANACOM pode acabar com isto tudo, tal como
aconteceu durante a guerra.
Mas deixo uma ressalva: Quando elaboraram a lei actual, deveriam ter
redefinido todos; os já existentes na actividade e os que haviam de vir;
de forma a não separarem os Portugueses em dois grupos: os das vacas
gordas e os das vacas magras; porque, /o presente é comum a todos./
/_(Este texto configura uma análise pessoal e não visa ofender ou
desvirtualizar ninguém._//_)_/
Paulo Faria CS8ABA
Em 08-09-2013 08:46, Luís Garcia Filipe escreveu:
> Boas Paulo.
>
> Concordo com muito do que tens dito, mas neste ponto, não concordo.
>
> As pessoas não querem evoluir, o problema é delas.
>
> Não querem construir, o problema é delas. *É um direito de cada um.*
>
> Quanto ao Português usado não ser o mais adequado, tenho escutado
> algumas coisas, mas vamos ser honestos, o Português nunca fala bem; os
> da Madeira falam mal porque não percebo nada do que dizem, os dos
> Açores também nada percebo, os alentejanos inventam palavras do lête e
> do caféii, os Minrandeses valha-me Deus, os alfacinhas não conhecem a
> palavra inventada pelos beirões de "aventar", os Nortenhos dizem
> "carago", etc etc etc.
>
> Agora também já escutei muitas carvalhadas, mas isso, enfim, não é
> recomendável na ética de um radio-amador, mas que todos os males
> fossem esses.
>
> Quanto ao não deixarem entrar nos qsos através da oportunidade, não
> faz mal, procura outros QSO, e entra nele. Faz tu um, e também não os
> deixes entrar hehehe.
>
> Ou melhor, faz como eu, falas com os yankis ou os espanhois, que eles
> não têm tantas manias e são bem mais abertos do que a nossa cultura.
> Alem do mais participam muito mais na protecção dos civis do que nós,
> também porque têm muitos mais catástrofes naturais e não só.
>
> Agora, não concordo que se extinga classes e mais isto e aquilo,
> porque as coisas foram feitas no seu tempo assim dessa forma, e por
> Lei as pessoas têm o direito de ser tão rádio-amadores como tu e eu.
> Foi assim e devemos respeitar as coisas.
>
> Nem todos podem ser barras, e nem entendidos, porque senão o País era
> constituído por doutores e engenheiros e ninguém queria ocupar os
> cargos intermédios ou baixos e nem receber ordens.
>
> O que realmente está muito mal é a tentativa de alguns de tentar
> transformar um hobbie internacional e mais antigo do que eles mesmo
> num brinquedo só para eles, os "bons".
>
> HOBBIE. Aconselho que procurem saber e leiam o que é um HOBBIE.
>
> Quanto aos 2 anos de escuta e não se poder emitir, uma lei dessas só
> em Portugal.
>
> Mas isso é fruto da nossa democracia andar doente de á 4 anos para cá,
> e só defende coisas assim bem como outras que tem problemas de
> identidade e que não consegue viver com os outros num mundo livre.
>
> Vamos ver como responde a assembleia ao Filipe sobre o documento
> elaborado ( e muito bem).
>
> Ainda tenho esperanças que alguém com tino ainda todo consiga
> perceber que a nova lei é dotada de uns tiques muito, mas mesmo muito
> estranhos.
>
> Vá lá colegas, façam lá as vossas queixas á moderação quem nem meninos
> mimados para que se active outra vez a moderação de emergência.
>
> Bom domingo!
>
> 73,
>
> CS7AEL
>
>
>
>
>
>
> No dia 8 de Setembro de 2013 às 04:45, Paulo Faria
> <pauloafaria sapo.pt <mailto:pauloafaria sapo.pt>> escreveu:
>
> Com todo o respeito que merece, no ponto 2, 2.parágrafo, retire a
> categoria C das classes intermédias, pois a classe C é a classe de
> entrada na anterior legislação, tal como é a classe 3 na actualidade.
> Há muitos anos a classe C foi de facto uma classe intermédia,
> quando abaixo dessa havia ainda a D, e E.
>
> O objetivo desta legislação, era incentivar a evolução dos radio
> amadores, especialmente os da classe C.
> Mas, além de não resolver esse, ainda criaram outros, neste caso o
> absurdo que é a classe 3.
>
> Penso que vai concordar comigo, que de facto, a classe C não é
> intermédia, porque a ser assim, a colega, parecia estar a alinhar
> as classes pela seguinte ordem: 3; C; 2; B; 1 e A.
> Neste caso, é fácil. Números para um lado, letras para o outro.
>
> A antiguidade não é um posto. Já aprendi muito com miúdos de 20 anos.
>
> Bom domingo
>
> Paulo Faria Cs8aba
>
>
> Sent with AquaMail for Android
> http://www.aqua-mail.com
>
>
> On 8 de Setembro de 2013 01:23:46 Monica Marques wrote:
>
>> Boa noite a todos.
>>
>> Em primeiro Lugar obrigada colega Luís, de facto os nossos
>> pontos de vistas são diferentes, mas também estamos em
>> categorias/classes diferentes e isso leva a que cada um puxe a
>> brasa à sua sardinha e tenha opiniões diferentes.
>>
>> Tenho acompanhado toda a discussão sobre a alteração ao QNAF e as
>> diferentes opiniões sobre as diferentes categorias e muitas vezes
>> apetece-me "entrar na conversa" mas achei por bem estar calada,
>> até agora.
>>
>> Após ler e reler o Decreto-Lei n.53/2009 de 2 de Março, ler as
>> opiniões à consulta dos poucos radioamadores; também fiquei
>> bastante decepcionada com a parca participação associativa (por
>> isso é que criaram esta Lei tão...nem há palavras) e dos próprios
>> radioamadores (somos 6351,onde eles andam?), ler os diversos
>> emails, após várias conversas com colegas radioamadores tenho os
>> seguintes comentários
>>
>> *1-A categoria C, e já agora da B e da A e/ são categorias em
>> extinção*
>>
>> Mas onde é que os estimados colegas leram isso no decreto-lei em
>> vigor:
>>
>> Ora vejamos:
>>
>> CAPÍTULO I , Artigo 5 do Decreto-Lei n.53/2009 de 2 de Março :
>>
>> *Categorias de Amador*
>>
>> 1-Existem seis categorias de amador: 1,2,3,A,B,E,C correspondendo
>> as três primeiras-1,2,e3 -- à classificação dos amadores apos
>> exame de aptidão realizado ao abrigo do presente decreto-lei e
>> dos procedimentos nele previsto e as outras três-A,B E C- às
>> categorias já existentes que se mantêm.
>>
>> Aqui o artigo é claro *"Existem seis categorias de amadores (...)
>> *e as outras três-A,B E C- *às categorias já existentes que se
>> mantêm*. "
>>
>> Eu não encontrei em lado nenhum do decreto-Lei e seus anexos
>> (QNAF, Procedimento para o serviço de amador, etc) que as
>> categorias já existentes que se mantêm iriam ser extintas, se
>> souberem onde estas por favor elucidam-me.
>>
>> *2-"Dar um prazo de permanência na categoria C de 5 anos após os
>> quais não efectuassem exame para a categoria 2 seria caducado o
>> CAN como acontece com a Categoria 3."*
>>
>> Ora bem, sobre este ponto vai haver divergências de opiniões mas
>> aqui vai...Primeiro a ser assim teria de ser para TODAS as
>> categorias intermédias, leia-se 2,B e C, se é para evoluir era
>> obrigar TODOS a evoluir para a categoria Máxima (Cat.1).
>>
>> Segundo, as categorias já existentes que se mantêm (A,B e C)
>> quando efetuaram exame regiam-se pelo Decreto -Lei n.º 5/95, de
>> 17 de Janeiro (perdoem-se se não for este o decreto-Lei), onde as
>> regras eram umas, e as "novas categorias"( 1,2,e3) regem-se pelo
>> actual Decreto-Lei (do Decreto-Lei n.53/2009 de 2 de Março).
>>
>> Em certas questões, salvo melhor opinião, não podem "mudar
>> determinadas condições a meio do jogo" , por exemplo, não podem
>> vir dizer a um encartado da categoria B que agora tem de evoluir
>> senão ficam com a carta apreendida. Os que efetuam exame para a
>> categoria B (ligeiros) tem determinado regras que eu não tive e
>> não os vejo a embirrar com os já encartados.
>>
>> Terceiro, não concordo com a escuta de 2 anos dos da categoria 3(
>> eu diria 3 a 6 meses e já era muito) mas também não concordo com
>> os tais 5 anos de obrigação para subir , querem evoluir? Optimo
>> estudem para isso, não querem? Deixa-los estar... (já irei
>> alargar-me mais para a frente)
>>
>> *3-Inactividade da Categoria C*
>>
>> Ora bem, a tal inactividade existe em todas as categorias, com
>> excepção da categoria 3 porque assim é obrigada (leia-se estudar
>> para o exame).
>>
>> Como muito bemdiz o CAPÍTULO I,aliena a) do artigo 2: «Serviço de
>> amador», serviço de radiocomunicações que tem por objectivo a
>> instrução individual, a intercomunicação e os estudos técnicos
>> efetuados por amadores;»
>>
>> A "instrução individual " e "estudos técnicos" só se mede com
>> exames e subida de categoria? Pelo que dizem chega-se à categoria
>> Master(A e 1) e ficamos estagnados/inactivos porque não há mais
>> evolução logo não há mais exames logo passamos a ser inactivos.certo?
>>
>> E quem disse aos estimados colegas, que ainda estão a ler estas
>> palavras que muitos dos radioamadores da Cat. C ; não posso falar
>> pelos 842 activos , não fazem esses estudos, não comunicam com
>> outros radioamadores?? Que não participam em eventos, que não
>> fazem Atenas, dipolos, etc... Mas por diversos motivos não evoluíram.
>>
>> Parem um pouco para pensar: E eu???? Cumpro o que esta estipulado
>> no CAPÍTULO I,aliena a) do artigo 2: «Serviço de amador»?
>> «serviço de radiocomunicações que tem por objetivo a instrução
>> individual, a intercomunicação e os estudos técnicos efetuados
>> por amadores;»
>>
>> Se calhar não.
>>
>> Se querem tanto que os de categoria C sejam ativos, façam uma
>> consulta pública aos da categoria C para saber os motivos da sua
>> inoperacionalidade. Eu tenho os meus motivos..
>>
>> 4 (e ultimo por agora, que isto já vai longo): Deixe-mos de
>> guerras, somos todos radioamadores com diferentes categorias sim,
>> mas só vejo andarem ao Estalo verbalmente.
>>
>> Que o Decreto-Lei é injusto para os da categoria 3?sim é, mas
>> deveríamos estar todos a remar para o mesmo lado e só vejo
>> guerrinhas conta contra os da categoria C, com os que pagam à
>> ANACOM todos os anos e estão "calados", com os que passaram
>> administrativamente. Sinceramente? Com estas guerrinhas, e falo
>> por mim, não dá vontade nenhuma de "lutar" a favor de Ninguém. A
>> Serio, o que os a categoria C vos fizeram? Não os vejo a virem
>> criticar os "mais antigos" que eles, alias até são a favor da
>> abolição dos 2 anos, mas assim....
>>
>> Em vez que usarem o ataque a categorias que já cá estão há alguns
>> anos , unisse-mos esforços para a evolução do nosso hobby que
>> cada vez mais parece de ricos e de técnicos de
>> electrónica/informática fazíamos todos bem.
>>
>> Não quero com as minhas palavras atacar ninguém, é a minha mera
>> opinião, que vale o que vale.
>>
>> CT5JLD, Categoria C mas não inactiva.
>>
>>
>>
>> /Melhores 73s
>> Mónica Marques/
>> ct5jld gmail.com <mailto:ct5jld gmail.com>
>>
>>
>> Em 7 de setembro de 2013 00:38, CS7ACN - M.Luis Nogueira
>> <arla link2box.net <mailto:arla link2box.net>> escreveu:
>>
>> Confesso que fiquei decepcionado pela participação
>> associativa nesta consulta pública, somente duas associações
>> fizeram chegar atempadamente as suas opiniões.
>>
>> Registo, e de muito bom agrado a participação da colega
>> Mónica Marques, que apesar dos seus pontos de vista serem
>> totalmente opostos aos meus, expor as suas opiniões, com
>> tanto vigor e convicção.
>>
>> Gostaria mesmo que muitos do que aqui gastam kilometros em
>> texto neste Cluster ou noutros fóruns tomassem a colega como
>> exemplo de participação activa, e não uma posição de apatia,
>> tivessem tido a coragem de se fazerem sentir junto de quem
>> tutela o radioamadorismo em Portugal, com as suas opniões
>> sobre a alteração do QNAF.
>>
>> Mesmo sabendo que se tratava de uma batalha semi-vencida, é
>> com muito bom agrado que vejo a Anacom a registar como anexo
>> 2 um conjunto de questões relacionadas com os SAAS, apesar de
>> sairem do ambito desta consulta.
>>
>> Certamente num futuro próximo em vez de ficarem sem ideias
>> poderão aproveita-lo, porque está rico em boas sujestões.
>>
>> --
>> Cs7acn
>> m.Luis
>>
>>
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> Cumprimentos;
>
> Luís Filipe Garcia S.
>
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