ARLA/CLUSTER: TDT, um ano depois o que mudou?Na verdade muito pouco.

J Pais rttydx gmail.com
Domingo, 5 de Maio de 2013 - 19:33:18 WEST


maior burla da historia da televisao em portugal ...
No dia 5 de Mai de 2013 11:39, "João Costa &gt; CT1FBF" <ct1fbf  gmail.com>
escreveu:

> 1ª Lei de Murphy:
>
> " Se há mais de uma maneira de se executar uma tarefa ou trabalho, e se
> uma dessas maneiras resultar em catástrofe ou em consequências
> indesejáveis, certamente essa será a maneira escolhida por alguém para
> executá-la". Ela é comumente citada (ou abreviada) por "Se algo pode dar
> errado, dará" ou ainda "Se algo pode dar errado, dará errado da pior
> maneira possível, no pior momento possível".
>
>
> ********************************************************************************************************************************
> A televisão analógica deu lugar à TV digital há precisamente um ano. O
> processo envolveu queixas e lamentos. Um ano depois o que mudou?
>
> Na verdade muito pouco. As queixas de má receção do sinal, que surgiram
> desde as primeiras vagas de migração, continuam e nem um reforço da
> capacidade do sinal feita pela Portugal Telecom <http://tdt.telecom.pt/>,
> nas capitais de distrito ainda no início do ano passado resolveu o
> problema.
>
> Um ano depois a TDT não tem mais canais e, em muitos casos, também não
> oferece melhor qualidade de sinal, a avaliar pelos estudos entretanto
> divulgados e pelas mais recentes decisões do regulador. A bola volta a
> estar do lado da Anacom, que tem em mãos um conjunto de medidas que podem
> vir a remediar, pelo menos, algumas das falhas que continuam a ser
> detetadas no serviço.
>
> Durante a migração o regulador apresentou vários relatórios com indicadores
> positivos<http://tek.sapo.pt/noticias/telecomunicacoes/metade_da_populacao_do_interior_do_pais_ja_es_1217098.html>a cada fase do processo, mas recentemente reconheceu a necessidade de
> reforçar a capacidade para monitorizar a qualidade do sinal TDT e também
> propôs alterações à rede.
>
> Numa audição parlamentar pedida pelo CDS e pelo PSD depois de conhecidos
> resultados de um estudo da DECO sobre o tema, a presidente do regulador das
> comunicações eletrónicas confirmou que até final do ano serão investidos
> cerca de meio milhão de euros na aquisição e instalação de 400 sondas para
> monitorizar a qualidade do serviço.
>
> Esta verificação tem sido feita desde o início do processo de migração,
> mas a ideia é reforçar a capacidade para apurar dados e apoiar melhor o
> trabalho das equipas no terreno.
>
> [image: Nome da imagem]
>
> A mesma entidade lançou uma consulta pública - entretanto terminada - para
> um projeto de decisão <http://www.anacom.pt/render.jsp?contentId=1155169>que prevê alterações
> à configuração da rede<http://tek.sapo.pt/noticias/telecomunicacoes/anacom_quer_mudancas_na_configuracao_da_rede_1304988.html>.
> Defende a Anacom, que a infraestrutura deve ser baseada numa rede de
> multifrequência (MFN) - constituída por pequenas redes de frequência única
> (MFN de SFN).
>
> Na nota da consulta pública a Anacom reconhecia que os dados apurados
> junto da população têm "revelado que determinadas situações têm tido
> impacto no nível de qualidade de receção do sinal de TDT, não permitindo em
> particular a sua estabilidade".
>
> Recuando a fevereiro os números apurados num estudo da DECO<http://tek.sapo.pt/noticias/telecomunicacoes/62_dos_utilizadores_da_tdt_queixam_se_da_qual_1298092.html>indicavam que 62% dos portugueses, o equivalente a cerca de um milhão de
> lares, estavam insatisfeitos com a qualidade do sinal de Televisão Digital
> Terrestre.
>
> Treze por cento dos inquiridos garantiram mesmo à associação de defesa do
> consumidor que não conseguiam seguir o curso normal das emissões
> televisivas, devido a falhas na receção do sinal. Os números fazem da
> qualidade do sinal a questão mais geradora de insatisfação para os
> consumidores. Os custos da migração foram o segundo fator negativo apontado
> ao processo.
>
> Recorde-se que para diminuir os custos de migração para a TDT foi criado
> um mecanismo de subsidiação que se mantém disponível até hoje<http://tek.sapo.pt/noticias/telecomunicacoes/pedidos_de_apoio_na_transicao_para_a_tdt_acab_1311249.html>.
> Uma semana antes do fim do prazo, estes apoios tinham sido requeridos
> quatro mil vezes.
>
> Os apoios estão disponíveis para reformados e pensionistas com renda
> inferior a 500 euros, beneficiários do rendimento social de inserção e
> portadores de deficiência igual ou superior a 60%.
>
> O apoio prevê uma ajuda máxima de 22 euros na aquisição de caixas
> descodificadoras, a que podem ser acrescidos até 61 euros adicionais, nos
> casos em que é necessária instalação técnica. Há ainda uma majoração de
> valores para reformados em situação de isolamento social, que pode ser
> solicitada até ao passado dia 23 de abril.
>
> A má informação aos consumidores sobre a transição foi outro tópico
> apontado na pesquisa da DECO, com 45% dos inquiridos a considerarem que a
> informação prestada foi má ou muito má. Face aos dados, a associação
> voltava a considerar que a informação deficitária acabou por empurrar
> muitos consumidores para serviços de televisão paga.
>
> [image: TDT]
>
> Isto embora um "contra-estudo"<http://tek.sapo.pt/noticias/telecomunicacoes/estudo_contraria_dados_da_deco_sobre_queixas_1298129.html>divulgado no mesmo dia, apresentasse outros números e garantisse que a
> maioria dos portugueses, numa escala de 0-10, tinha um nível de satisfação
> com a TDT superior a 7. A pesquisa era da Nielsen.
>
> Um outro estudo, conhecido mais recentemente mostra que Portugal está na
> cauda da Europa relativamente à tecnologia. A pesquisa, conduzida pelo
> Observatório Europeu do Audiovisual, centrou-se na oferta de canais
> associada ao serviço.
>
> Contra os cinco canais existentes em Portugal (quatro + o canal Parlamento
> que chegou à TDT em janeiro<http://tek.sapo.pt/noticias/telecomunicacoes/canal_parlamento_estreia_hoje_em_sinal_aberto_1291399.html>)
> o estudo aponta os 118 de Itália, o país europeu onde a TDT assegura uma
> maior diversidade de oferta.
>
> [image: Nome da imagem]
>
> Ainda o processo de migração para a TDT não estava concluído e já se sabia
> que o novo canal de conteúdos previsto para a plataforma não chegaria a ver
> a luz do dia. O concurso que atribuía uma quinta licença de televisão
> recebeu apenas uma proposta, que não foi considerada viável e os atuais
> operadores de TV nunca se entenderam para alimentarem eles um novo canal
> com conteúdos em HD partilhados, o que deitava por terra as esperanças de a
> TDT se assumir como uma via para enriquecer a oferta de conteúdos veiculada
> em sinal aberto.
>
> Fátima Barros, presidente da Anacom, garantiu no entanto na mesma audição
> parlamentar na semana passada onde reagiu aos números apurados no estudo da
> DECO, que a possibilidade de existirem novos canais mantém-se em aberto.
> Assim haja vontade dos operadores, o que não tem acontecido. Outro
> responsável da Anacom também já tinha dito que tecnologicamente podem
> existir até mais três canais com qualidade standard ou mais um canal em
> alta definição.
>
> Será que a possibilidade alguma vez se confirmará? Para tal é necessário
> que o negócio tenha viabilidade económica, uma condição que não será fácil
> hoje e que se tornará cada vez mais difícil com os serviços pagos de
> televisão a continuarem a crescer, como tem acontecido de trimestre para a
> trimestre.
>
> Deixe-nos também a sua opinião sobre a forma como vê este processo de
> migração para a TDT e os desenvolvimentos que ainda espera à volta de um
> tema que, um ano depois do final da migração, continua a gerar debate.
>
> *Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico*
>
> Fonte: Cristina A. Ferreira <cristinaf  tek.sapo.pt> em Montra TeK
>
> _______________________________________________
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> http://radio-amador.net/cgi-bin/mailman/listinfo/cluster
>
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