<p>maior burla da historia da televisao em portugal ... </p>
<div class="gmail_quote">No dia 5 de Mai de 2013 11:39, &quot;João Costa &amp;gt; CT1FBF&quot; &lt;<a href="mailto:ct1fbf@gmail.com">ct1fbf@gmail.com</a>&gt; escreveu:<br type="attribution"><blockquote class="gmail_quote" style="margin:0 0 0 .8ex;border-left:1px #ccc solid;padding-left:1ex">
<div>1ª Lei de Murphy:<p>&quot; Se há mais de uma maneira de se executar uma tarefa ou trabalho, e se uma dessas 
maneiras resultar em catástrofe ou em consequências indesejáveis, certamente 
essa será a maneira escolhida por alguém para executá-la&quot;. Ela é comumente 
citada (ou abreviada) por &quot;Se algo pode dar errado, dará&quot; ou ainda &quot;Se algo pode 
dar errado, dará errado da pior maneira possível, no pior momento possível&quot;.</p><p>******************************************************************************************************************************** </p>

<h3>A televisão analógica deu lugar à TV digital há precisamente um ano. O processo envolveu queixas e lamentos. Um ano depois o que mudou?</h3><div><p>Na verdade muito pouco. As queixas de má receção do sinal, que surgiram desde as primeiras vagas de migração, continuam e nem um reforço da capacidade do sinal feita pela <a href="http://tdt.telecom.pt/" target="_blank">Portugal Telecom</a>, nas capitais de distrito ainda no início do ano passado resolveu o problema. <br>

<br>Um ano depois a TDT não tem mais canais e, em muitos casos, também não oferece melhor qualidade de sinal, a avaliar pelos estudos entretanto divulgados e pelas mais recentes decisões do regulador. A bola volta a estar do lado da Anacom, que tem em mãos um conjunto de medidas que podem vir a remediar, pelo menos, algumas das falhas que continuam a ser detetadas no serviço.  <br>

<br>Durante a migração o regulador apresentou vários relatórios com <a href="http://tek.sapo.pt/noticias/telecomunicacoes/metade_da_populacao_do_interior_do_pais_ja_es_1217098.html" target="_blank">indicadores positivos</a> a cada fase do processo, mas recentemente reconheceu a necessidade de reforçar a capacidade para monitorizar a qualidade do sinal TDT e também propôs alterações à rede.<br>

<br>Numa audição parlamentar pedida pelo CDS e pelo PSD depois de conhecidos resultados de um estudo da DECO sobre o tema, a presidente do regulador das comunicações eletrónicas confirmou que até final do ano serão investidos cerca de meio milhão de euros na aquisição e instalação de 400 sondas para monitorizar a qualidade do serviço. <br>

<br>Esta verificação tem sido feita desde o início do processo de migração, mas a ideia é reforçar a capacidade para apurar dados e apoiar melhor o trabalho das equipas no terreno. <br><br><img alt="Nome da imagem" align="left" src="http://imgs.sapo.pt/gfx/564356.gif"> <br>

<br> A mesma entidade lançou uma consulta pública - entretanto terminada - para um <a href="http://www.anacom.pt/render.jsp?contentId=1155169" target="_blank">projeto de decisão</a> que prevê <a href="http://tek.sapo.pt/noticias/telecomunicacoes/anacom_quer_mudancas_na_configuracao_da_rede_1304988.html" target="_blank">alterações à configuração da rede</a>. Defende a Anacom, que a infraestrutura deve ser baseada numa rede de multifrequência (MFN) - constituída por pequenas redes de frequência única (MFN de SFN).<br>

<br>Na nota da consulta pública a Anacom reconhecia que os dados apurados junto da população têm &quot;revelado que determinadas situações têm tido impacto no nível de qualidade de receção do sinal de TDT, não permitindo em particular a sua estabilidade&quot;.<br>

<br>Recuando a fevereiro os números apurados num <a href="http://tek.sapo.pt/noticias/telecomunicacoes/62_dos_utilizadores_da_tdt_queixam_se_da_qual_1298092.html" target="_blank">estudo da DECO</a> indicavam que 62% dos portugueses, o equivalente a cerca de um milhão de lares, estavam insatisfeitos com a qualidade do sinal de Televisão Digital Terrestre. <br>

<br>Treze por cento dos inquiridos garantiram mesmo à associação de defesa do consumidor que não conseguiam seguir o curso normal das emissões televisivas, devido a falhas na receção do sinal. Os números fazem da qualidade do sinal a questão mais geradora de insatisfação para os consumidores. Os custos da migração foram o segundo fator negativo apontado ao processo.  <br>

<br>Recorde-se que para diminuir os custos de migração para a TDT foi criado um mecanismo de subsidiação que se <a href="http://tek.sapo.pt/noticias/telecomunicacoes/pedidos_de_apoio_na_transicao_para_a_tdt_acab_1311249.html" target="_blank">mantém disponível até hoje</a>. Uma semana antes do fim do prazo, estes apoios tinham sido requeridos quatro mil vezes. <br>

<br>Os apoios estão disponíveis para reformados e pensionistas com renda inferior a 500 euros, beneficiários do rendimento social de inserção e portadores de deficiência igual ou superior a 60%.  <br><br>O apoio prevê uma ajuda máxima de 22 euros na aquisição de caixas descodificadoras, a que podem ser acrescidos até 61 euros adicionais, nos casos em que é necessária instalação técnica. Há ainda uma majoração de valores para reformados em situação de isolamento social, que pode ser solicitada até ao passado dia 23 de abril. <br>

<br>A má informação aos consumidores sobre a transição foi outro tópico apontado na pesquisa da DECO, com 45% dos inquiridos a considerarem que a informação prestada foi má ou muito má. Face aos dados, a associação voltava a considerar que a informação deficitária acabou por empurrar muitos consumidores para serviços de televisão paga. <br>

<br><img alt="TDT" align="middle" src="http://imgs.sapo.pt/gfx/564354.gif"> <br><br><a href="http://tek.sapo.pt/noticias/telecomunicacoes/estudo_contraria_dados_da_deco_sobre_queixas_1298129.html" target="_blank">Isto embora um &quot;contra-estudo&quot;</a> divulgado no mesmo dia, apresentasse outros números e garantisse que a maioria dos portugueses, numa escala de 0-10, tinha um nível de satisfação com a TDT superior a 7. A pesquisa era da Nielsen.     <br>

<br>Um outro estudo, conhecido mais recentemente mostra que Portugal está na cauda da Europa relativamente à tecnologia. A pesquisa, conduzida pelo Observatório Europeu do Audiovisual, centrou-se na oferta de canais associada ao serviço.  <br>

<br>Contra os cinco canais existentes em Portugal (quatro + o canal Parlamento que <a href="http://tek.sapo.pt/noticias/telecomunicacoes/canal_parlamento_estreia_hoje_em_sinal_aberto_1291399.html" target="_blank">chegou à TDT em janeiro</a>) o estudo aponta os 118 de Itália, o país europeu onde a TDT assegura uma maior diversidade de oferta. <br>

<br><img alt="Nome da imagem" align="middle" src="http://imgs.sapo.pt/gfx/564355.gif"> <br><br>Ainda o processo de migração para a TDT não estava concluído e já se sabia que o novo canal de conteúdos previsto para a plataforma não chegaria a ver a luz do dia. O concurso que atribuía uma quinta licença de televisão recebeu apenas uma proposta, que não foi considerada viável e os atuais operadores de TV nunca se entenderam para alimentarem eles um novo canal com conteúdos em HD partilhados, o que deitava por terra as esperanças de a TDT se assumir como uma via para enriquecer a oferta de conteúdos veiculada em sinal aberto. <br>

<br>Fátima Barros, presidente da Anacom, garantiu no entanto na mesma audição parlamentar na semana passada onde reagiu aos números apurados no estudo da DECO, que a possibilidade de existirem novos canais mantém-se em aberto. Assim haja vontade dos operadores, o que não tem acontecido. Outro responsável da Anacom também já tinha dito que tecnologicamente podem existir até mais três canais com qualidade standard ou mais um canal em alta definição. <br>

<br>Será que a possibilidade alguma vez se confirmará? Para tal é necessário que o negócio tenha viabilidade económica, uma condição que não será fácil hoje e que se tornará cada vez mais difícil com os serviços pagos de televisão a continuarem a crescer, como tem acontecido de trimestre para a trimestre.  <br>

<br>Deixe-nos também a sua opinião sobre a forma como vê este processo de migração para a TDT e os desenvolvimentos que ainda espera à volta de um tema que, um ano depois do final da migração, continua a gerar debate.<br>

<br><font size="3"><small><i>Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico</i></small><br><br></font>Fonte: <a href="mailto:cristinaf@tek.sapo.pt" target="_blank">Cristina A. Ferreira</a> em Montra TeK<br></p></div></div>

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