Re: ARLA/CLUSTER: FW: Polarização Vertical, Polarização Horizontal, Polarização Circular por Paulo Pinto, CT1ETE

João Costa > CT1FBF ct1fbf gmail.com
Terça-Feira, 9 de Julho de 2013 - 16:17:56 WEST


Caro Renato,

Penso que o autor, o nosso colega Paulo Pinto (CT1ETE), respondeu a reparos
muito proximos formulado pelo Carlos Mourato (CT4RK) na altura .

Podes verificar as suas respostas em:
http://radio-amador.net/pipermail/cluster/2009-July/013795.html

João Costa (CT1FBF)

Em 9 de julho de 2013 15:44, Renato Encarnação <ct7abr  gmail.com> escreveu:

> Boa Tarde.
>
> Não querendo fazer figura de sabichão, apenas quero fazer alguns reparos à
> parte introdutória do texto sobre polarizações.
>
> 1. A polarização não define a direcção de vibração da onda
> electromagnética, mas sim a direcção de vibração da componente eléctrica da
> onda. Não esquecer que são dois campos, eléctrico e magnético, que vibram
> perpendiculares entre sí, que constituem a onda.
>
> 2. As perdas resultantes da relação pol. circular -> pol. línear são de
> -3dB, mas as perdas devido à diferença de polarizações (vertical para
> horizontal, ou vice-versa) não são só 20dB. Teóricamente, não existe
> transferência de potência entre antenas com polarizações dispostas
> perpendicularmente. Isto leva a que o ganho de conjunto seja 0, ou, por
> outras palavras, leve a perdas de "menos infinito" dB. Na prática, existe
> sempre alguma transferência de potência por diversos factores, alguns dos
> quais são as antenas não estarem perfeitamente perpendiculares entre sí, ou
> haver rotações de polarização no caminho da onda.
>
> 73,
> -- Renato
>
>
> No dia 9 de Julho de 2013 às 14:33, João Gonçalves Costa <
> joao.a.costa  ctt.pt> escreveu:
>
>>  ** **
>>
>> ** **
>>
>> *De:* João Gonçalves Costa
>> *Enviada:* terça-feira, 28 de Julho de 2009 14:13
>> *Para:* 'Resumo Noticioso Electrónico ARLA'
>> *Assunto:* Polarização Vertical, Polarização Horizontal, Polarização
>> Circular por Paulo Pinto, CT1ETE****
>>
>> ** **
>>
>> ****
>>
>> *Polarização Vertical <http://www.qsl.net/cs1arm/vertical.gif>** (esq.) Polarização
>> Horizontal <http://www.qsl.net/cs1arm/horizontal.gif>** (centro) Polarização
>> Circular <http://www.qsl.net/cs1arm/circular.gif>** Direita(dir.)*****
>>
>>  ****
>>
>> A polarização é a "direcção da vibração" da onda de rádio. Melhor
>> dizendo, é a direcção do campo electromagnético gerado pela antena. Quando
>> os elementos de uma YAGI estão na vertical, a polarização gerada será
>> vertical. O mesmo serve para horizontal. Uma antena do tipo helicoidal
>> produz um campo de polarização circular (direita ou esquerda). A diferença
>> entre direita ou esquerda tem a ver com o sentido da rotação da onda. A
>> direita roda no sentido dos ponteiros do relógio e a esquerda ao contrário.
>> A polarização circular é uma boa escolha quando se trata de receber sinais
>> gerados em polarização vertical e/ou horizontal. Ou seja, é preferível
>> perder sempre 3dB de sinal (a diferença de ganho entre Circular e
>> Vertical/Horizontal) do que perder grande parte do sinal numa relação
>> Vertical --> Horizontal. Vejamos o seguinte quadro de análise de sinal. É
>> claro que em situações limite 3dB poderá ser muito importante, mas teremos
>> que optar.****
>>
>> Emissão do UO-14****
>>
>> Antena Receptora****
>>
>> Perda****
>>
>> Vertical****
>>
>> Vertical****
>>
>> 0 dB****
>>
>> Horizontal****
>>
>> 20 dB****
>>
>> Horizontal****
>>
>> Vertical****
>>
>> 20 dB****
>>
>> Horizontal****
>>
>> 0 dB****
>>
>> Vertical****
>>
>> Circular****
>>
>> 3 dB****
>>
>> Horizontal****
>>
>> Circular****
>>
>> 3 dB****
>>
>> *NOTA*: Se as antenas lineares não tiverem a mesma atitude (se não
>> estiverem perfeitamente horizontais ou verticais) , a perda não será de 0dB.
>> ****
>>
>> Uma outra hipótese pode ser a comutação manual entre uma antena de
>> polarização vertical e outra de polarização horizontal. Durante a passagem
>> decidiremos qual das polarizações usar. Também é possível produzir uma
>> polarização circular através de duas antenas de polarização vertical e
>> horizontal. Para tal, é necessário que alimentemos as duas polarizações em
>> simultâneo, embora uma das polarizações tenha que ser alimentada 90 graus
>> fora de fase com a outra. O que é isto ? Tomemos como exemplo duas antenas
>> enfasadas, em que se usa o mesmo comprimento de coaxial desde o T até aos
>> conectores, para que elas estejam alimentadas em fase. No caso da
>> polarização circular, um dos tramos terá que ser maior do que o outro, para
>> que haja um atraso de tempo e assim uma das polarizações receba a energia
>> do sinal primeiro. Usaremos medidas precisas de coaxiais de 50 e 75 Ohms.
>> Para obtermos a diferença de fase de 90 graus, temos que fazer com que um
>> dos tramos de alimentação seja 1/4 de onda maior do que o outro. ****
>>
>> ****
>>
>> O facto de alimentarmos primeiro a polarização vertical, atrasando a
>> horizontal, estamos a provocar uma polarização circular direita. É
>> importante referir que se estivermos a usar polarização circular direita e
>> o satélite usar polarização circular esquerda, obteremos a mesma perda do
>> que entre polarização linear vertical e horizontal, ou seja 20 dB. Nesse
>> caso seria preferível usar uma polarização linear na recepção (apenas 3dB).
>> O coaxial de 75 Ohms é utilizado para fazer o ajuste de impedância que se
>> altera com a junção das duas antenas (mais baixo no conector "T"). Um dos
>> efeitos colaterais desta solução é o maior ruído no receptor. Outro, é o
>> facto do sinal na transmissão sofrer uma perda de 3dB em relação a antenas
>> lineares. Isto deve-se ao facto da potência ser dividida pelo conector "T"
>> pelas duas antenas. Por exemplo, se usarmos 4 watts, 2 watts vão para uma
>> polarização e os restantes 2 para a outra. Assim, podemos dizer que se
>> duplicarmos a nossa potência vamos obter um ganho de 3dB. Se reduzirmos
>> para metade obteremos uma redução de -3dB. *ATENÇÃO*: A perda de 3dB só
>> se fará sentir se a antena receptora for de polarização linear (vertical ou
>> horizontal). Se a antena receptora for também circular, ela vai receber
>> toda a nossa energia emitida. Uma vantagem de usar polarização circular,
>> mesmo se o satélite emitir linearmente, é o facto de reduzirmos o efeito de
>> QSB provocado pela rotação do satélite, o que poderá compensar a perda de
>> 3dB.****
>>
>> *Confusos ?*****
>>
>> Resumamos:****
>>
>> 1) Entre diferentes polarizações lineares (vertical e horizontal), a
>> perda é de cerca de 20 dB.****
>>
>> 2) Entre diferenets polarizações circulares (direita e esquerda), a perda
>> é de cerca de 20 dB.****
>>
>> 3) Entre polarizações lineares e circulares, a perda é de 3dB.****
>>
>> A situação ideal era termos a polarização correcta e também a atitude.
>> Como acima já dissemos, o satélite nem sempre tem a mesma posição em
>> relação à Terra. Ele vai rodando aos poucos. Assim, se formos rodando
>> manualmente a antena e mantivermos a polarização correcta, obteremos sempre
>> o máximo de sinal do satélite. Dizem vocês que isso se torna difícil. E com
>> razão. Mas muitos operadores fazem-no com as antenas na mão, acompanhando o
>> movimentos do satélite. Mas não confundam a rotação manual da antena com
>> polarização circular. Se rodarmos uma antena vertical ela não deixa de ser
>> vertical na sua polarização. Essa é a situação ideal para o UO-14, pois as
>> suas antenas são lineares. As antenas mais conhecidas e que se usam na mão
>> são as ARROW. Estas possuem um cabo próprio que isola a mão do operador da
>> antena. Com estas antenas não podem ser usadas potência elevadas.
>> Normalmente são usadas em operações portáteis e possuem um excelente
>> rendimento. ****
>>
>> ****
>>
>> http://www.arrowantennas.com****
>>
>>  ****
>>
>> O meu primeiro QSO no UO-14 foi apenas com 5 watts (TH-D7) e uma antena
>> de móvel de 1/4 de onda. Aqui está a confirmação:****
>>
>> ****
>>
>> *Efeito Doppler*****
>>
>> Como o satélite UO-14 retransmite em UHF, a correcção do efeito doppler é
>> importante. Para tal, pode ser utilizada a correcção automática (através de
>> software) ou a manual. Uma forma simplificada de fazer essa correcção
>> manualmente é:****
>>
>> Programar 5 memórias em UHF (*1* *-* 435.080 FM, *2* *-* 435.075 FM, *3*
>> *-* 435.070 FM, *4* *-* 435.065 FM, *5* *-* 435.060 FM)****
>>
>> 1) Usar a memória *1* no primeiro quinto da passagem.****
>>
>> 2) Usar a memória *2* no segundo quinto da passagem.****
>>
>> 3) Usar a memória *3* no terceiro quinto da passagem.****
>>
>> 4) Usar a memória *4* no quarto quinto da passagem.****
>>
>> 5) Usar a memória *5* no último quinto da passagem.****
>>
>> Pode tentar simplificar este método, usando apenas 3 memórias,
>> desprezando a 1 e a 5. Assim, dividirá a passagem em terços.****
>>
>> A emissão poderá ser feita sempre em 145.975 FM, dado que o efeito
>> doppler é quase desprezível em VHF.****
>>
>> Se pretender descarregar um programa de previsão de passagens dos
>> satélites, vá à nossa secção de software<http://www.qsl.net/cs1arm/software.htm>
>> .****
>>
>>  ****
>>
>> *UO14.net*****
>>
>> Existe uma página Web em inglês dedicada ao UO-14. Lá poderá encontrar
>> mais informações sobre o satélite e sobre equipamento ideal para poder
>> operar. O site encontra-se no endereço http://www.uo14.net.****
>>
>> Eis uma foto de W4NML e o seu setup para o UO-14:****
>>
>> ****
>>
>> Agora só falta experimentar. Boa Sorte.****
>>
>>  ****
>>
>> CT1ETE, Paulo Pinto****
>>
>> Fonte: *UO-14, Amado ou odiado. (http://www.qsl.net/cs1arm/uo14.htm)*****
>>
>> _______________________________________________
>> CLUSTER mailing list
>> CLUSTER  radio-amador.net
>> http://radio-amador.net/cgi-bin/mailman/listinfo/cluster
>>
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