ARLA/CLUSTER: CQ0VCSC de Cascais vai entrar brevemente emfuncionamento

AV radiophilo gmail.com
Sexta-Feira, 5 de Julho de 2013 - 00:29:50 WEST


Estimado colega Afonso Marques,

Sobre o tema em causa (o repetidor de Cascais) a minha opinião é pouco
movida por sentimentos. Eu vivo longe de Cascais e este repetidor não me
afectará. Do ponto de vista estritamente técnico acho um erro, e já
expliquei porquê.
Se o colega quiser sentir-se na pele dos afectados por este repetidor,
imagine uma das seguintes situações:

1. O colega contacta com alguma regularidade um colega aqui pelo estuário
do Tejo, usando para o efeito o repetidor da Estrela que ambos conseguem
activar. Após a entrada em funcionamento do repetidor de Cascais, em
posição elevada e em linha de vista para a Costa da Caparica, os vossos
QSOs vão passar a ser interrompidos por alguns segundos a cada 2 ou 3
minutos (pela identificação automática de Cascais) ou por mais tempo,
consoante a utilização que houver no momento.

2. A Anacom autorizou um repetidor de amador em VHF, na mesma frequência da
Estrela, a 10 kms do seu QTH, e este irá entrar em operação dentro de
semanas. Pense um pouco se isso o iria afectar.

Acusa-me de criticar os técnicos da Anacom. Eu não questiono a qualidade
dos profissionais da Anacom, aliás ainda recentemente a reclamei e julgo
que é essencial partir desse princípio.
Mas acredito também noutra coisa. Que esses profissionais, ainda que
podendo ser  especialistas em radiocomunicações, não estão animados do
espírito do radioamadorismo como nós estamos, e por isso não compreendem as
nossas necessidades.

Senão repare: as comunicações profissionais, que serão o prato do dia na
Anacom, requerem o estabelecimento de comunicações seguras, de qualidade,
ininterruptas, e servindo um grupo estável de estações.

Já os amadores podem operar no limiar do ruído, não têm especial interesse
em comunicar duas vezes com a mesma estação, pelo contrário preferem
contactar muitas estações diferentes e adoram explorar caminhos de
propagação que são por vezes muito fugazes.
Isto para um profissional das radiocomunicações não tem pés nem cabeça. E
no entanto, os amadores andam há quase 100 anos a fazer isso mesmo e dessa
forma têm também contribuido para o progresso da técnica.

Julgo que seria tarefa meritória se as associações disso fossem recordando
a Autoridade.

A célebre divisão do território nacional em células não levando em conta
quaisquer que sejam os objectivos dos amadores nem a geografia do
território, poderia até ser um trabalho profissional, mas não é um trabalho
de amador e por isso, na minha opinião, serve-nos pouco.

73,
António Vilela
CT1JHQ

2013/7/4 Afonso Marques <amarques  guiatel.pt>

> Pois , parece que quem semeia ventos ... colhe tempestades .  O colega
> Pedro Dias parece que disse tudo . Isto por aqui é uma feira de vaidades
> com autoelogios  e elogios mútuos de grupos selectivos e seleccionados  ,
> não escondendo , em abono da verdade, que há algo na informação que é
> despejada , é o termo , que tem interesse técnico e orgânico  , mas pouco ,
> basta fazer a estatística qualificada dos mails que proliferam .
> Sic transit gloria mundi.
>
> 73 nesta tarde calorenta .
>
> CT1RH
>
>
> CLUSTER  radio-amador.net
> http://radio-amador.net/cgi-bin/mailman/listinfo/cluster
>
>
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