Estimado colega Afonso Marques,<br><br>Sobre o tema em causa (o repetidor de Cascais) a minha opinião é pouco 
movida por sentimentos. Eu vivo longe de Cascais e este repetidor não me
 afectará. Do ponto de vista estritamente técnico acho um erro, e já 
expliquei porquê.<br>

Se o colega quiser sentir-se na pele dos afectados por este repetidor, imagine uma das seguintes situações:<br><br>1.
 O colega contacta com alguma regularidade um colega aqui pelo estuário do Tejo, usando para o efeito o repetidor da Estrela que ambos 
conseguem activar. Após a entrada em funcionamento do repetidor de 
Cascais, em posição elevada e em linha de vista para a Costa da 
Caparica, os vossos QSOs vão passar a ser interrompidos por alguns 
segundos a cada 2 ou 3 minutos (pela identificação automática de Cascais) ou 
por mais tempo, consoante a utilização que houver no momento.<br>

<br>2. A Anacom autorizou um repetidor de amador em VHF, na mesma 
frequência da Estrela, a 10 kms do seu QTH, e este irá entrar em 
operação dentro de semanas. Pense um pouco se isso o iria afectar.<br><br>Acusa-me de criticar os técnicos da Anacom. Eu não questiono a qualidade dos 
profissionais da Anacom, aliás ainda recentemente a reclamei e julgo que
 é essencial partir desse princípio.<br>
Mas acredito também noutra coisa. Que esses profissionais, ainda que podendo ser  especialistas em radiocomunicações, não estão animados do espírito
 do radioamadorismo como nós estamos, e por isso
  não compreendem as nossas necessidades.<br><br>
Senão repare: as comunicações profissionais, que serão o prato do dia na
 Anacom, requerem o estabelecimento de comunicações seguras, de 
qualidade, ininterruptas, e servindo um grupo estável de estações.<br><br>

Já os amadores podem operar no limiar do ruído, não têm especial 
interesse em comunicar duas vezes com a mesma estação, pelo contrário 
preferem contactar muitas estações diferentes e adoram explorar caminhos
 de propagação que são por vezes muito fugazes.<br>Isto para um 
profissional das radiocomunicações não tem pés nem cabeça. E no entanto,
 os amadores andam há quase 100 anos a fazer isso mesmo e dessa forma 
têm também contribuido para o progresso da técnica.<br><br>Julgo que seria tarefa meritória se as associações disso fossem recordando a Autoridade.<br><br>A
 célebre divisão do território nacional em células não levando em conta 
quaisquer que sejam os objectivos dos amadores nem a geografia do 
território, poderia até ser um trabalho profissional, mas não é um 
trabalho de amador e por isso, na minha opinião, serve-nos pouco.<br><br>73,<br>António Vilela<br>CT1JHQ<br><br><div class="gmail_quote">2013/7/4 Afonso Marques <span dir="ltr">&lt;<a href="mailto:amarques@guiatel.pt" target="_blank">amarques@guiatel.pt</a>&gt;</span><br>


<blockquote class="gmail_quote" style="margin:0 0 0 .8ex;border-left:1px #ccc solid;padding-left:1ex">Pois , parece que quem semeia ventos ... colhe tempestades .  O colega Pedro Dias parece que disse tudo . Isto por aqui é uma feira de vaidades com autoelogios  e elogios mútuos de grupos selectivos e seleccionados  , não escondendo , em abono da verdade, que há algo na informação que é despejada , é o termo , que tem interesse técnico e orgânico  , mas pouco , basta fazer a estatística qualificada dos mails que proliferam .<br>



Sic transit gloria mundi.<br>
<br>
73 nesta tarde calorenta .<br>
<br>
CT1RH<br>
<br>
<br>
<a href="mailto:CLUSTER@radio-amador.net" target="_blank">CLUSTER@radio-amador.net</a><br>
<a href="http://radio-amador.net/cgi-bin/mailman/listinfo/cluster" target="_blank">http://radio-amador.net/cgi-bin/mailman/listinfo/cluster</a><br>
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