ARLA/CLUSTER: Pela minha longa experiencia de antenas junto ao mar, já aprendi muito, principalmente devido às asneiras cometidas.

CS7ACN - M.Luis Nogueira arla link2box.net
Segunda-Feira, 26 de Agosto de 2013 - 11:09:22 WEST


Bom dia a todos os colegas
Se bem que estou a cento e tal quilómetros do mar e a influencia de 
maresia aqui não se faz sentir, apesar de grandes e densos nevoeiros, 
que nos últimos anos se fazem deslizar neste planalto devido à grande 
massa de água do Alqueva.

No que toca a protecção das nossas antenas, que é o melhor que nós 
temos, é bom saber as experiências que outros colegas tenham tido.
Ultimamente ando a registar determinados temas para uma memória futura.

Ao ler os vossos testemunhos fiquei perplexo, e desculpem o adjectivo, 
mas posso usar sinónimos, fico sem reacção; indeciso; boquiaberto.
A experiência de uns é oposta à de outros!,

Será que o efeito maléfico do mar, não se fará sentir da mesma forma em 
que num determinado sitio se deva ter determinados cuidados e logo a 
seguir a uns escassos quilómetros na mesma costa, devemos adoptar outros 
cuidados?

Fico grato pelas vossas experiências, Mas é matéria que irá certamente 
necessitar de algumas horas de meditação, com um bom chouriço da região, 
acompanhado com um bom pão caseiro e outros afins.

73
M.Luis
cs7acn





Em 25-08-2013 18:53, pedro_transistor  sapo.pt escreveu:
> Boas,
>  eu tenho andado a limpar e tratar das minhas antenas que estão
> desmontadas para as montar no novo QTH que é mesmo por cima do mar e
> numa zona onde todas as noites e quase todas as manhãs há uma
> neblina muito densa vinda do mar.
>  Quando vim para aqui morar, só a título de experiência deixei uma
> ponta de 30cm de tubo de alumínio novo espetada na relva. Agora ao
> fim de 3 semanas o alumínio está todo picado e corroído!
> 
>  O que estou a fazer é limpar todas as peças e tubos das antenas,
> envernizando tudo com verniz em spray! Aqui á uns anos fiz isso numa
> antena que ainda hoje tenho montada também em frente ao mar, no QTH
> de férias no litoral alentejano, até perto do colega Mourato. Ainda
> hoje está lá montada e impecável, nem uma pinta de corrosão tem!
> 
>  O que faço é lixar bem os tubos do uma lixa muito fininha, julgo
> que tou a usar lixa P920. Outras peças que não dão jeito de lixar
> uso uma "Dremel" que é um género de berbequim minúsculo onde ponho
> uma contrabucha de arame de aço para limpar e fica tudo impecável!
> Nos pontos onde há uniões mecânicas e/ou eléctricas isolo-os com
> fita isoladora para quando dou o verniz em spray não estar a
> envernizar os pontos de contacto.
> 
>  Uma direccional e uma vertical já estão prontas, falta o resto...
> 
>  Cumprimentos 73
>  Pedro Madeira CT7AHV
> 
> 
> 
> Quoting pedro almeida
> 
>> Um dos erros groseiros que muita gente faz é durante as
>> manutençoes esfregar o aluminio com esfregoes de aço. Uma vez
>> riscado o aluminio podem começar a juntar ?? para comprar uma nova.
> 
> 
> >

_______________________________________________
Colega Sérgio Lopes e demais colegas.

Pela minha longa experiencia de antenas junto ao mar, já aprendi
muito, principalmente devido às asneiras cometidas. Depois de muitas
antenas destruidas, e de muito aluminio transformado em farinha,
cheguei a conclusões interessantes. Vejamos:
O aluminio aguenta dezenas de anos junto ao mar, se for do tipo
duraluminio como o é na maioria das antenas de marca conceituada.
Todavia varias coisas contaminam  o aluminio em pouco tempo, e são
essas coisas que devemos evitar.

1 -  Primeira e talvez a mais importante é utilizar EXCLUSIVAMENTE
parafusos, porcas  anilhas  e demais ferragens tipo U de fixação,
moldes de fixação etc em aço inox. Tudo o resto é potencial
contaminante. Mesmo que de origem venha material que não seja inox em
alguma peça, deve-se substituir por inox.

2 - Não gastar dinheiro em produtos para proteger o aluminio do ar do
mar. O aluminio ao ar dura muitissimos mais anos do que "pseudo"
protegido por produtos milagrosos que a unica coisa que fazem é reter
humidade e sal  e ajudar a destruir o aluminio. O principal problema é
que os produtos que resistem de algum modo ao ar maritimo são
fortemente atacados pelos UV do Sol e criam fissuras que proporcionam,
a infiltração da humidade e do sal por baixo da capa protectora, e
enfarinhando logo o aluminio. Nas antenas do  meu ex-batente, estavam
peças de aluminio crú ao ar e a 800m do mar, há 40 anos e estavam em
boas condições. Daí que pensei que talvez andar a perder tempo e
dinheiro com "invenções" de proteger aluminio fosse uma infeliz ideia.
Assim, faz 5 anos montei a antena de 4 elementos para os 6m sem
qualquer proteção. Com o hardware todo em inox  deixei-a ficar tal e
qual saiu da caixa. Desmontei-a agora para renovação da torre. Apesar
de não levar rigorosamente nada em cima do aluminio, está
surpreendentemente em optimo estado. Apenas umas manchas no aluminio,
o que é prefeitamente natural, e nada que não se resolva com uma
pequena esfregadela com esfregão verde. Como tal, nunca mais "protejo"
antenas com qualquer que seja o produto. O aluminio precisa de
respirar e de ser lavado com agua da chuva.

3 -  Usar em alternativa, uma das melhores massas lubrificantes, que
conheço quando exposta às intempéries, em tudo o que é parafuso (aqui
apenas para não gripar, pois deverão ser em inox). Essa massa é a
MOLYKOTE 111. A minha R7 que partiu em 3 com o vento, quando a fui
desmontar, os tubos sairam como se tivessem sido montados ontem. Nunca
utilizar massa de cobre, pois ajuda a corroer o aluminio na presença
de correntes electricas. Evitar sempre o contacto de fios de cobre com
o aluminio  ( sempre colocar anilhas de inox entre os dois metais ).

Se assim for feito, as antenas aguentam muitos anos, e não se perde
tempo nem dinheiro a tentar protege-las, o que resulta em acelerar a
sua destruição.

73 CT4RK



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