Re: ARLA/CLUSTER: Pela minha longa experiencia de antenas junto ao mar, já aprendi muito, principalmente devido às asneiras cometidas.

Pedro pedro_transistor sapo.pt
Segunda-Feira, 26 de Agosto de 2013 - 15:20:36 WEST


Colega Luís,
Quando quiser ajuda no raciocínio, com essa ideia para menu estarei disponível eheheheh

Enviado do meu iPhone

No dia 26/08/2013, às 11:09, "CS7ACN - M.Luis Nogueira" <arla  link2box.net> escreveu:

> Bom dia a todos os colegas
> Se bem que estou a cento e tal quilómetros do mar e a influencia de maresia aqui não se faz sentir, apesar de grandes e densos nevoeiros, que nos últimos anos se fazem deslizar neste planalto devido à grande massa de água do Alqueva.
> 
> No que toca a protecção das nossas antenas, que é o melhor que nós temos, é bom saber as experiências que outros colegas tenham tido.
> Ultimamente ando a registar determinados temas para uma memória futura.
> 
> Ao ler os vossos testemunhos fiquei perplexo, e desculpem o adjectivo, mas posso usar sinónimos, fico sem reacção; indeciso; boquiaberto.
> A experiência de uns é oposta à de outros!,
> 
> Será que o efeito maléfico do mar, não se fará sentir da mesma forma em que num determinado sitio se deva ter determinados cuidados e logo a seguir a uns escassos quilómetros na mesma costa, devemos adoptar outros cuidados?
> 
> Fico grato pelas vossas experiências, Mas é matéria que irá certamente necessitar de algumas horas de meditação, com um bom chouriço da região, acompanhado com um bom pão caseiro e outros afins.
> 
> 73
> M.Luis
> cs7acn
> 
> 
> 
> 
> 
> Em 25-08-2013 18:53, pedro_transistor  sapo.pt escreveu:
>> Boas,
>> eu tenho andado a limpar e tratar das minhas antenas que estão
>> desmontadas para as montar no novo QTH que é mesmo por cima do mar e
>> numa zona onde todas as noites e quase todas as manhãs há uma
>> neblina muito densa vinda do mar.
>> Quando vim para aqui morar, só a título de experiência deixei uma
>> ponta de 30cm de tubo de alumínio novo espetada na relva. Agora ao
>> fim de 3 semanas o alumínio está todo picado e corroído!
>> O que estou a fazer é limpar todas as peças e tubos das antenas,
>> envernizando tudo com verniz em spray! Aqui á uns anos fiz isso numa
>> antena que ainda hoje tenho montada também em frente ao mar, no QTH
>> de férias no litoral alentejano, até perto do colega Mourato. Ainda
>> hoje está lá montada e impecável, nem uma pinta de corrosão tem!
>> O que faço é lixar bem os tubos do uma lixa muito fininha, julgo
>> que tou a usar lixa P920. Outras peças que não dão jeito de lixar
>> uso uma "Dremel" que é um género de berbequim minúsculo onde ponho
>> uma contrabucha de arame de aço para limpar e fica tudo impecável!
>> Nos pontos onde há uniões mecânicas e/ou eléctricas isolo-os com
>> fita isoladora para quando dou o verniz em spray não estar a
>> envernizar os pontos de contacto.
>> Uma direccional e uma vertical já estão prontas, falta o resto...
>> Cumprimentos 73
>> Pedro Madeira CT7AHV
>> Quoting pedro almeida
>>> Um dos erros groseiros que muita gente faz é durante as
>>> manutençoes esfregar o aluminio com esfregoes de aço. Uma vez
>>> riscado o aluminio podem começar a juntar ?? para comprar uma nova.
>> >
> 
> _______________________________________________
> Colega Sérgio Lopes e demais colegas.
> 
> Pela minha longa experiencia de antenas junto ao mar, já aprendi
> muito, principalmente devido às asneiras cometidas. Depois de muitas
> antenas destruidas, e de muito aluminio transformado em farinha,
> cheguei a conclusões interessantes. Vejamos:
> O aluminio aguenta dezenas de anos junto ao mar, se for do tipo
> duraluminio como o é na maioria das antenas de marca conceituada.
> Todavia varias coisas contaminam  o aluminio em pouco tempo, e são
> essas coisas que devemos evitar.
> 
> 1 -  Primeira e talvez a mais importante é utilizar EXCLUSIVAMENTE
> parafusos, porcas  anilhas  e demais ferragens tipo U de fixação,
> moldes de fixação etc em aço inox. Tudo o resto é potencial
> contaminante. Mesmo que de origem venha material que não seja inox em
> alguma peça, deve-se substituir por inox.
> 
> 2 - Não gastar dinheiro em produtos para proteger o aluminio do ar do
> mar. O aluminio ao ar dura muitissimos mais anos do que "pseudo"
> protegido por produtos milagrosos que a unica coisa que fazem é reter
> humidade e sal  e ajudar a destruir o aluminio. O principal problema é
> que os produtos que resistem de algum modo ao ar maritimo são
> fortemente atacados pelos UV do Sol e criam fissuras que proporcionam,
> a infiltração da humidade e do sal por baixo da capa protectora, e
> enfarinhando logo o aluminio. Nas antenas do  meu ex-batente, estavam
> peças de aluminio crú ao ar e a 800m do mar, há 40 anos e estavam em
> boas condições. Daí que pensei que talvez andar a perder tempo e
> dinheiro com "invenções" de proteger aluminio fosse uma infeliz ideia.
> Assim, faz 5 anos montei a antena de 4 elementos para os 6m sem
> qualquer proteção. Com o hardware todo em inox  deixei-a ficar tal e
> qual saiu da caixa. Desmontei-a agora para renovação da torre. Apesar
> de não levar rigorosamente nada em cima do aluminio, está
> surpreendentemente em optimo estado. Apenas umas manchas no aluminio,
> o que é prefeitamente natural, e nada que não se resolva com uma
> pequena esfregadela com esfregão verde. Como tal, nunca mais "protejo"
> antenas com qualquer que seja o produto. O aluminio precisa de
> respirar e de ser lavado com agua da chuva.
> 
> 3 -  Usar em alternativa, uma das melhores massas lubrificantes, que
> conheço quando exposta às intempéries, em tudo o que é parafuso (aqui
> apenas para não gripar, pois deverão ser em inox). Essa massa é a
> MOLYKOTE 111. A minha R7 que partiu em 3 com o vento, quando a fui
> desmontar, os tubos sairam como se tivessem sido montados ontem. Nunca
> utilizar massa de cobre, pois ajuda a corroer o aluminio na presença
> de correntes electricas. Evitar sempre o contacto de fios de cobre com
> o aluminio  ( sempre colocar anilhas de inox entre os dois metais ).
> 
> Se assim for feito, as antenas aguentam muitos anos, e não se perde
> tempo nem dinheiro a tentar protege-las, o que resulta em acelerar a
> sua destruição.
> 
> 73 CT4RK
> 
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