ARLA/CLUSTER: Campo Magnético da Terra – reversão dos pólos

João Costa > CT1FBF ct1fbf gmail.com
Segunda-Feira, 5 de Agosto de 2013 - 11:19:48 WEST


por Carlos Oliveira <http://astropt.org/blog/author/carlosoliveira/>

<http://astropt.org/blog/wp-content/uploads/2011/12/607968main_geomagnetic-field.jpg>

Se pesquisarem no Google, vêem cerca de 3 milhões de websites a
“profetizar†o fim do mundo para 2012 devido à inversão do campo magnético
da Terra <http://astropt.org/blog/2012/11/26/campo-magnetico-da-terra/>.

Se não entrarmos por fantasias, próprias de quem quer fomentar o medo, de
modo a manipular a população… o que resta é a verdade. E qual é essa
verdade?

O pólo magnético está em constante
mudança<http://www.nasa.gov/vision/earth/lookingatearth/29dec_magneticfield.html>,
e não é por isso que morremos todos os dias.

A Terra tem 4,6 mil milhões de anos. Tem tido muitos ciclos com períodos
temporais diferentes de reversão de pólo magnético.
Há aproximadamente 20 milhões de anos, manteve-se num padrão de a cada
cerca de 250.000 anos haver uma inversão dos pólos.

No entanto, a última mudança de Pólo Norte para Pólo Sul aconteceu há
780.000 anos<http://www.dailycommonsense.com/what-is-that-polar-shift-thing/>.
Esta reversão é chamada de Brunhes-Matuyama.
Nessa altura, há 780.000 anos, a vida não acabou. Nem sequer houve
“inundações globais†e demais parvoíces. Simplesmente há 800.000 anos a
vossa bússola apontava para Sul e agora aponta para Norte.

Quando se diz que é uma mudança “abruptaâ€, o significado temporal
geologicamente não é igual ao que utilizamos popularmente. Os vigaristas
aproveitam-se destas diferenças de significado para mentirem à população. A
verdade é que “abrupto†nas escalas temporais que estamos a falar são cerca
de 5000 anos. Ou seja, as reversões de pólos são processos graduais que demoram
cerca de 5.000 anos<http://www.dailycommonsense.com/what-is-that-polar-shift-thing/>
.

Mesmo durante a mudança, ao contrário do que dizem os vigaristas, o campo
magnético continua a existir e a
proteger-nos<http://www.nasa.gov/vision/earth/lookingatearth/29dec_magneticfield.html>das
tempestades solares e radiação espacial.
Nessas alturas de mudança, a grande diferença (além da bússola) é o facto
de existirem belíssimas auroras mais frequentes e a latitudes mais baixas.

<http://astropt.org/blog/wp-content/uploads/2011/12/comparison-magnetic-fields.gif>

*Conclusão*: não existe qualquer razão para ter medo da reversão dos pólos.
Pelo contrário: venha lá essa reversão! Já devia ter chegado há bastante
tempo! Se vier agora, é fantástico! Isso quereria dizer que nos próximos
5000 anos, iríamos poder ver belíssimas auroras nos céus de Portugal, do
Texas, e do Brasil.

Leiam aqui<http://astrobio.net/pressrelease/4375/earth-flips-magnetic-poles-all-the-time>,
aqui <http://www.nasa.gov/topics/earth/features/2012-poleReversal.html>,
aqui<http://www.universetoday.com/91561/earths-magnetic-pole-reversal-dont-flip-out/>,
e aqui<http://science.nasa.gov/science-news/science-at-nasa/2003/29dec_magneticfield/>
.

Fonte: ASTROPT
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