<div class="post-meta clearfix"><p class="meta_categories">por <span class="fn nickname"><a class="url" href="http://astropt.org/blog/author/carlosoliveira/">Carlos Oliveira</a></span></p></div><div class="entry-content clearfix">
<p><a href="http://astropt.org/blog/wp-content/uploads/2011/12/607968main_geomagnetic-field.jpg"><img class="aligncenter size-full wp-image-68500" title="607968main_geomagnetic-field" alt="" src="http://astropt.org/blog/wp-content/uploads/2011/12/607968main_geomagnetic-field.jpg" width="640" height="485"></a></p>
<p>Se pesquisarem no Google, vêem cerca de 3 milhões de websites a “profetizar” o fim do mundo para 2012 devido à inversão do <a href="http://astropt.org/blog/2012/11/26/campo-magnetico-da-terra/">campo magnético da Terra</a>.</p>
<p>Se não entrarmos por fantasias, próprias de quem quer fomentar o medo, de modo a manipular a população… o que resta é a verdade. E qual é essa verdade?</p><p>O pólo magnético está <a href="http://www.nasa.gov/vision/earth/lookingatearth/29dec_magneticfield.html">em constante mudança</a>, e não é por isso que morremos todos os dias.</p>
<p>A Terra tem 4,6 mil milhões de anos. Tem tido muitos ciclos com períodos temporais diferentes de reversão de pólo magnético.<br> Há aproximadamente 20 milhões de anos, manteve-se num padrão de a cada cerca de 250.000 anos haver uma inversão dos pólos.</p>
<p>No entanto, a última mudança de Pólo Norte para Pólo Sul <a href="http://www.dailycommonsense.com/what-is-that-polar-shift-thing/">aconteceu há 780.000 anos</a>. Esta reversão é chamada de Brunhes-Matuyama.<br> Nessa altura, há 780.000 anos, a vida não acabou. Nem sequer houve “inundações globais” e demais parvoíces. Simplesmente há 800.000 anos a vossa bússola apontava para Sul e agora aponta para Norte.</p>
<p>Quando se diz que é uma mudança “abrupta”, o significado temporal geologicamente não é igual ao que utilizamos popularmente. Os vigaristas aproveitam-se destas diferenças de significado para mentirem à população. A verdade é que “abrupto” nas escalas temporais que estamos a falar são cerca de 5000 anos. Ou seja, as reversões de pólos são processos graduais que <a href="http://www.dailycommonsense.com/what-is-that-polar-shift-thing/">demoram cerca de 5.000 anos</a>.</p>
<p>Mesmo durante a mudança, ao contrário do que dizem os vigaristas, o <a href="http://www.nasa.gov/vision/earth/lookingatearth/29dec_magneticfield.html">campo magnético continua a existir e a proteger-nos</a> das tempestades solares e radiação espacial.<br>
Nessas alturas de mudança, a grande diferença (além da bússola) é o facto de existirem belíssimas auroras mais frequentes e a latitudes mais baixas.</p><p><a href="http://astropt.org/blog/wp-content/uploads/2011/12/comparison-magnetic-fields.gif"><img class="aligncenter size-full wp-image-68501" title="comparison magnetic fields" alt="" src="http://astropt.org/blog/wp-content/uploads/2011/12/comparison-magnetic-fields.gif" width="448" height="245"></a></p>
<p><strong>Conclusão</strong>: não existe qualquer razão para ter medo da reversão dos pólos. Pelo contrário: venha lá essa reversão! Já devia ter chegado há bastante tempo! Se vier agora, é fantástico! Isso quereria dizer que nos próximos 5000 anos, iríamos poder ver belíssimas auroras nos céus de Portugal, do Texas, e do Brasil.</p>
<p>Leiam <a href="http://astrobio.net/pressrelease/4375/earth-flips-magnetic-poles-all-the-time">aqui</a>, <a href="http://www.nasa.gov/topics/earth/features/2012-poleReversal.html">aqui</a>, <a href="http://www.universetoday.com/91561/earths-magnetic-pole-reversal-dont-flip-out/">aqui</a>, e <a href="http://science.nasa.gov/science-news/science-at-nasa/2003/29dec_magneticfield/">aqui</a>.</p>
<p>Fonte: ASTROPT</p></div>