ARLA/CLUSTER: Os motivos que levam a imagem da TDT a falharemPortugal CT2GMH

Pedro Ribeiro ct7abp gmail.com
Quarta-Feira, 13 de Junho de 2012 - 21:12:40 WEST


Certamente,

O artigo que referiu e que julgava já ter eu próprio mencionado há dias 
(se calhar esqueci-me!!!) tem uma abordagem muito equilibrada na 
explicação dos funcionamento e problemas técnicos associados ao DVB-T, 
julgo ter toda a pertinência no nosso contexto.

Hoje que a propagação está fora do comum, com Es nos 6m e 2m (fiz dois 
contactos G4 com a vertical X300), depois o resultado viu-se no jogo de 
Portugal que aqui estava com vários congelamentos de imagem e alguns 
blocos de imagem aberrantes.

73!

On 13-06-2012 21:03, joaoescarigo  gmail.com wrote:
> Bom só queria acrescentar que embora o TDT não tenha nada 
> relacionado com o nosso hobbie achei interessante mostrar os 
> "estragos" que a propagação pode causar directa ou indirectamente eu  
> acho que muitos outros colegas gostarão de ler artigos sobre 
> telecomunicações.
>
> De todas as formas tentei deixar a informação como não foi aceite 
> agradeço que apaguem o email, obrigado.
> No dia 13 de Junho de 2012 18:55, Eduardo A. <ct1eew  gmail.com 
> <mailto:ct1eew  gmail.com>> escreveu:
>
>     Caro Afonso Marques,
>
>     Eu faço minhas a suas palavras "S( Peço desculpa de estar a fazer
>     comentário pois este assunto nada diz respeito ao hobbyS("
>
>     Mas eles insistem!!!
>
>     73
>     Eduardo A.
>     CT1EEW-CT01110
>
>
>
>
>
>
>     On 13/06/12 18:42, "Afonso Marques" <amarques  guiatel.pt
>     <mailto:amarques  guiatel.pt>> wrote:
>
>     >Além de que toda a gente deixou mesmo para o fim a sua instalação
>     , os
>     >seus testes , de modo que na data do desligar revelaram-se todos os
>     >problemas, em todo o país . Eu peço desculpa de estar a fazer
>     comentário
>     >pois este assunto nada diz respeito ao hobby que aqui é suposto ser
>     >tratado .
>     >
>     >CT1RH
>     >
>     >________________________________
>     >
>     >De: cluster-bounces  radio-amador.net
>     <mailto:cluster-bounces  radio-amador.net> em nome de Eduardo A.
>     >Enviada: qua 13-06-2012 18:22
>     >Para: Resumo Noticioso ARLA/CLUSTER
>     >Assunto: Re: ARLA/CLUSTER: Os motivos que levam a imagem da TDT a
>     >falharemPortugal CT2GMH
>     >
>     >
>     >
>     >E não só dos radioamadores, do Passos Coelho, Miguel Macedo,
>     Alvaro Santos
>     >Pereira, Socrates e de + não sei quantos, até do vizinho que é
>     macanudo e
>     >por aí foraS é só treinadores de bancada!!!
>     >
>     >Toda a gente quer as coisas de um dia para o outro!!
>     >
>     >Hoje tudo tem de ser um dado adquirido!!
>     >
>     >Uma rede de TV que demorou dezena de anos a ser construída e
>     muitas delas
>     >na base da tentativa e erro e nunca ninguém abriu o bico...
>     >
>     >Hoje nãoS. Tem de ser tudo logo a 100%
>     >
>     >Enfim outras realidades outras gentes!!!
>     >
>     >
>     >
>     >
>     >
>     >
>     >
>     >On 13/06/12 15:26, "Afonso Marques" <amarques  guiatel.pt
>     <mailto:amarques  guiatel.pt>> wrote:
>     >
>     >>Tem toda a razão ! E a culpa é inteirinha  dos radioamadores e
>     das suas
>     >>associações ...
>     >>
>     >>CT1RH
>     >>
>     >>________________________________
>     >>
>     >>De: cluster-bounces  radio-amador.net
>     <mailto:cluster-bounces  radio-amador.net> em nome de
>     joaoescarigo  gmail.com <mailto:joaoescarigo  gmail.com>
>     >>Enviada: qua 13-06-2012 14:41
>     >>Para: Resumo Noticioso Electrónico ARLA
>     >>Assunto: ARLA/CLUSTER: Os motivos que levam a imagem da TDT a falhar
>     >>emPortugal CT2GMH
>     >>
>     >>
>     >>
>     >>Aqui fica toda a vergonha sobre a rede TDT em Portugal.
>     >>
>     >>
>     >>
>     >>
>     >>
>     >>
>     >>
>     >>
>     >>Os motivos que levam a imagem da TDT a falhar em Portugal
>     >><http://tvdigital.wordpress.com/2012/05/22/os-motivos-que-levam-a-imagem-
>     >>d
>     >>a-tdt-a-falhar-em-portugal/>
>     >>
>     >>
>     >>
>     >>
>     >>
>     >>Nas últimas semanas, sobretudo desde o apagão analógico, têm-se
>     >>verificado muitas falhas de recepção na rede TDT, originando
>     milhares e
>     >>milhares de queixas. Estas falhas acontecem sobretudo à noite e
>     são mais
>     >>frequentes nos dias quentes.
>     >>
>     >>Na verdade, esta situação não é recente e tem-se constatado
>     >>sistematicamente este tipo de falhas desde o início da rede, em
>     Abril de
>     >>2009. Apenas o número de pessoas que a verifica é agora muito
>     maior, em
>     >>virtude da tardia adesão à TDT, fruto de Portugal ter, senão a
>     mais pobre
>     >>plataforma TDT do Mundo, claramente a TDT mais fraca da Europa.
>     >>
>     >>Como se não bastassem todos os aspectos negativos que rodearam a
>     >>implantação, a saber:
>     >>
>     >>§  O MUX A devia ter 6 serviços e tem apenas 4 (falta o 5º canal:
>     >>Concorreram ZON e Telecinco, processo está em tribunal; falta o
>     canal HD
>     >>- como se tolera que os detentores da licença continuem impunes
>     ao não
>     >>emitir conteúdos neste canal?)
>     >>
>     >>§  Os 5 MUXs B a F nunca foram para o ar. Houve 2 candidatos,
>     mas o que
>     >>ganhou (Portugal Telecom) desistiu. Por que razão não se abre novo
>     >>concurso internacional?
>     >>
>     >>§  A cobertura terrestre do único MUX existente é francamente má,
>     >>inferior ao nível mínimo de praticamente todos os países em que se
>     >>aproxima da barreira dos 98 a 99% e é inclusivamente inferior à
>     cobertura
>     >>anterior da rede analógica (95%).
>     >>
>     >>§  Equipamento caro, em virtude de se ter escolhido um codec mais
>     >>eficiente que permite maior número de canais a ser emitidos, mas
>     que não
>     >>está a ser rentabilizado.
>     >>
>     >>Temos agora mais um factor negativo para quem não deseja subscrever
>     >>qualquer pacote pago para ver a televisão que sempre viu até
>     aqui: falhas
>     >>constantes na recepção do sinal.
>     >>
>     >>A que se devem então estas falhas? Ao contrário do que por vezes
>     se lê,
>     >>não se devem a acções deliberadas por parte do detentor do
>     direito de
>     >>utilização de frequência (PT) para "cortar" o sinal nem muito
>     menos a
>     >>intervenções na rede de emissores para melhorias. A verdade é
>     muito mais
>     >>simples: estas falhas devem-se a um fenómeno natural muito conhecido
>     >>(formação de ductos) na Troposfera e ao facto da rede portuguesa
>     >>trabalhar em frequência única em todo o território continental
>     (SFN).
>     >>
>     >>Os parâmetros actuais da rede TDT em frequência única são estes:
>     >>
>     >>http://tvdigital.files.wordpress.com/2012/05/tabela.jpg?w=500
>     >><http://tvdigital.files.wordpress.com/2012/05/tabela.jpg>
>     >>
>     >>Para uma rede trabalhar correctamente em frequência única, é muito
>     >>importante dimensionar adequadamente a localização dos emissores,
>     >>potência de emissão, diagrama de radiação das antenas, etc. O
>     parâmetro
>     >>de projecto mais importante é o chamado "intervalo de guarda" que
>     >>corresponde em Portugal a 1Z4 da duração de um "símbolo" e que é
>     >>equivalente 224us (Um símbolo é obtido através da modulação de um
>     >>conjunto de bits).
>     >>
>     >>Para que serve o intervalo de guarda? O intervalo de guarda
>     funciona da
>     >>seguinte maneira:
>     >>
>     >>§  Todos os emissores TDT estão sincronizados entre si, logo
>     todos emitem
>     >>o mesmo símbolo ao mesmo tempo
>     >>
>     >>§  Um receptor situado na área abrangida por mais do que um
>     emissor TDT
>     >>que se situem a distâncias diferentes vai receber 2 símbolos em
>     momentos
>     >>diferentes, já que como os emissores estão a distâncias
>     diferentes, o
>     >>sinal do emissor mais distante vai sofrer mais atraso do que o
>     sinal do
>     >>emissor mais próximo
>     >>
>     >>§  O receptor vai escolher um dos sinais para referência, vai
>     adquiri-lo
>     >>e a seguir vai ficar "à espera" de mais réplicas até ao final do
>     >>Intervalo de guarda. Qualquer réplica recebida dentro desse
>     intervalo vai
>     >>ser interpretada como o mesmo símbolo e portanto reforça o sinal.
>     >>
>     >>§  Quando o intervalo de guarda (os 224 us) se esgotam, o
>     receptor entra
>     >>no período de recepção do símbolo seguinte e vai considerar que
>     qualquer
>     >>sinal recebido nesse intervalo corresponde ao símbolo seguinte.
>     >>
>     >>É importante referir qual a distância que um sinal viaja, à
>     velocidade da
>     >>luz, neste "intervalo de guarda":
>     >>
>     >>Da física temos: d (distância) = v (velocidade).t (tempo)
>     >>
>     >>Resulta então que d= 3e8 x 224e-6, ou seja a distância
>     percorrida por um
>     >>sinal em 224 microssegundos é de 67.2 km.
>     >>
>     >>O que acontece então se um receptor receber sinal dum emissor
>     próximo e
>     >>simultaneamente receber sinal de um emissor TDT mais longínquo?
>     >>Lembremo-nos que toda a rede TDT portuguesa trabalha na mesma
>     frequência,
>     >>pelo que esta situação pode resultar em reforço de sinal ou
>     destruição de
>     >>sinal consoante esta condição:
>     >>
>     >>§  a) O 2º emissor está dentro da área de intervalo de guarda,
>     isto é,
>     >>mais próximo que 67.2 km ? o sinal é reforçado, interferência
>     construtiva
>     >>
>     >>§  b) O 2º emissor está fora da área de intervalo de guarda,
>     isto é, mais
>     >>distante que 67.2 km ? o sinal sobre uma interferência destrutiva,
>     >>podendo mesmo aniquilar a recepção.
>     >>
>     >>Isto é uma abordagem algo simplista porque teremos também que
>     contar com
>     >>as reflexões do próprio emissor, isto é, não é sequer necessário
>     >>existirem vários emissores para que uma rede SFN funcione mal,
>     ou pelo
>     >>menos cause problemas em determinados locais. Na prática, a
>     distância
>     >>segura de 67.2 km vai ser muito menor.
>     >>
>     >>Vemos portanto que cabe à entidade detentora da rede TDT
>     assegurar que
>     >>nenhum emissor TDT é captado a mais do que 67 km de distância.
>     Isto não é
>     >>uma tarefa fácil. Normalmente o que se faz é uma escolha
>     criteriosa dos
>     >>locais de emissão, sistema radiante e potência emitida. Mas
>     existe mais
>     >>um factor que parece que tanto Anacom como PT esqueceram neste
>     processo:
>     >>a variabilidade intrínseca da atmosfera que provoca alterações
>     brutais do
>     >>alcance dos sinais rádio.
>     >>
>     >>É isto que está a afectar a rede Portuguesa: o facto de se ter
>     escolhido
>     >>uma única frequência de operação em todo o continente e a
>     variabilidade
>     >>do alcance do sinal devido a mudanças na atmosfera. Na verdade,
>     um sinal
>     >>rádio tanto pode viajar apenas 30km como no dia seguinte poder
>     alcançar
>     >>mais de 300 km. Estas variações podem mesmo ser previstas
>     consoante a
>     >>pressão atmosférica, temperatura, humidade, etc. Sob determinadas
>     >>condições, os sinais das faixas VHF e UHF podem facilmente
>     ultrapassar a
>     >>linha de vista e percorrer centenas ou até milhares de
>     kilómetros, muito
>     >>para além do previsto em situação normal.
>     >>
>     >>William R. Hepburn é um meteorologista e entusiasta de rádio
>     famoso por
>     >>ter desenvolvido um algoritmo de previsão deste fenómeno de
>     propagação
>     >>para além de linha de vista. Podemos ver na sua página em
>     >>http://www.dxinfocentre.com/tropo_eur.html a previsão de
>     propagação para
>     >>praticamente todo o mundo. Vejamos um exemplo da previsão para
>     5a Feira
>     >>da semana passada, uma semana muito afectada por falhas na rede TDT:
>     >>
>     >>http://tvdigital.files.wordpress.com/2012/05/mapa.png?w=500&h=366 <http://tvdigital.files.wordpress.com/2012/05/mapa.png?w=500&h=366>
>     >><http://tvdigital.files.wordpress.com/2012/05/mapa.png>
>     >>
>     >>Podemos constatar como Portugal, sobretudo a costa litoral, é muito
>     >>afectada por propagação melhorada. Isto provocou falhas
>     generalizadas de
>     >>recepção TDT, pois a distância de segurança de 67.2 km foi
>     largamente
>     >>ultrapassada pelos emissores TDT nacionais.
>     >>
>     >>Como evitar o problema? Como a Anacom ainda não consegue alterar as
>     >>condições de propagação só existe uma coisa a fazer: acabar com
>     a rede
>     >>SFN e passar a rede TDT para MFN, ou seja, sistema em
>     multifrequência:
>     >>cada região com a sua frequência de modo a que quando este
>     problema de
>     >>propagação surja não haja interferência entre regiões e se consiga
>     >>receber TDT correctamente. Foi o que Espanha fez, nomeadamente
>     na Galiza.
>     >>Muitos Multiplexers de Santiago de Compostela que estão (ainda)
>     em SFN (e
>     >>podem alcançar centenas de km) foram desconectados em Vigo da
>     rede SFN e
>     >>emitem a partir deste emissor em frequências (canais UHF) alterados.
>     >>
>     >>O mesmo se devia fazer em Portugal. Adoptar um esquema MFN, que
>     podia
>     >>inclusivamente re-utilizar a antiga rede analógica, já que
>     deixaria de
>     >>haver problema de interferência destrutiva. Por exemplo, o Norte
>     podia
>     >>ser servido numa frequência a partir do Monte da Virgem e o Centro
>     >>servido por outra frequência a partir da Lousã. Os antigos
>     >>retransmissores analógicos poderiam também ser reactivados em
>     pequenos
>     >>grupos SFN do emissor principal MFN.
>     >>
>     >>A rede SFN tal como está, manifestamente não serve os interesses da
>     >>população. Uma nota da EBU
>     >>(http://www.analysysmason.com/PageFiles/11730/EBU%20on%20SFN.pdf)
>     >>aconselha a que as redes SFN tenham uma diâmetro máximo de 150 a
>     250km,
>     >>muito diferente do que existe actualmente. Essa dimensão, pode
>     no entanto
>     >>corresponder facilmente às zonas de influência dos antigos emissores
>     >>analógicos.
>     >>
>     >>É interessante verificar como Portugal dispõe de direitos já
>     negociados
>     >>para ter em operação 3 redes nacionais em MFN, com frequências
>     distintas
>     >>por região. O mapa seguinte é um planeamento efectuado pela própria
>     >>Anacom, no qual se verificam os canais UHF de 3 Multiplexers,
>     região por
>     >>região:
>     >>
>     >>http://tvdigital.files.wordpress.com/2012/05/mapa-2.png?w=500&h=753
>     <http://tvdigital.files.wordpress.com/2012/05/mapa-2.png?w=500&h=753>
>     >><http://tvdigital.files.wordpress.com/2012/05/mapa-2.png>
>     >>
>     >>Este planeamento foi feito para colocar em prática depois do apagão
>     >>analógico, em que já se teria todo o espectro UHF e VHF
>     disponível, mas
>     >>não tem ainda em conta a desafectação dos canais 61 a 69 para
>     emissões
>     >>televisivas. Estes 9 canais passaram a ser utilizados pela 4a
>     geração
>     >>móvel.
>     >>
>     >>No entanto, é sabido que em posterior reunião com autoridades
>     espanholas,
>     >>Portugal mantém intactos os direitos a 3 redes Nacionais em MFN,
>     pelo que
>     >>será fácil substituir os 2 casos de frequências acima do canal 60.
>     >>
>     >>Em conclusão: se bem que o MFN, em pequenas redes SFN, pode
>     ainda não
>     >>resolver todos os casos de recepção deficiente (os ecos do próprio
>     >>emissor continuam a ser um problema) pode no entanto ser a
>     solução para
>     >>as graves deficiências notadas nos últimos tempos devidos às
>     variações de
>     >>condições de propagação e que originaram milhares e milhares de
>     queixas.
>     >>Estas variações serão uma constante todos os anos, principalmente no
>     >>Verão. Portugal dispõe não de um, mas sim de 3 direitos
>     negociados com
>     >>Espanha para ter no ar 3 Multiplexes diferentes e em MFN. O apagão
>     >>analógico já se deu, o espectro está aí. A população gastou com
>     esforço
>     >>muito dinheiro para se adaptar. Merece agora um serviço condigno.
>     >>
>     >>
>     >>
>     >>
>     >>
>     >>
>     >>
>     >>
>     >>
>     >>
>     >>
>     >>
>     >>
>     >>
>     >>
>     >>
>     >>
>     >>________________________________
>     >>
>     >>
>     >>
>     >>
>     >>_______________________________________________
>     >>CLUSTER mailing list
>     >>CLUSTER  radio-amador.net <mailto:CLUSTER  radio-amador.net>
>     >>http://radio-amador.net/cgi-bin/mailman/listinfo/cluster
>     >
>     >
>     >
>     >_______________________________________________
>     >CLUSTER mailing list
>     >CLUSTER  radio-amador.net <mailto:CLUSTER  radio-amador.net>
>     >http://radio-amador.net/cgi-bin/mailman/listinfo/cluster
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