RE: ARLA/CLUSTER: Notícias da AMRAD: Radiosport (radioamadorismo desportivo e competitivo)

João Gonçalves Costa joao.a.costa ctt.pt
Sexta-Feira, 3 de Setembro de 2010 - 10:27:45 WEST


Bom Dia, Caro Matias.

Devo ter tido algum azar ao longo dos anos que já levo no radioamadorismo.

Pois correndo o serio risco de ter tomada a parte pelo todo, de quase todos os nacionais e alguns estrangeiros, que tive o prazer de conhecer ao longo dos anos e que se dedicam ao radioamadorismo desportivo e competitivo, em especial em hg, quase todos tem as características " muito abonatórias " aqui enumeradas por ti, sendo que alguns as excedem largamente.

Não sei o que é isso do " radio-amadorismo genuíno ", pois como tu afirmas e eu corroboro inteiramente - Se isto não é radioamadorismo também, então não sei o que radioamadorismo possa ser.

João Costa, CT1FBF

PS - Vê lá se telefonas finalmente ao Luís Rabasquinho de Coimbra...hihihihi.

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De: cluster-bounces  radio-amador.net [mailto:cluster-bounces  radio-amador.net] Em nome de Antonio Matias
Enviada: quinta-feira, 2 de Setembro de 2010 22:06
Para: Resumo Noticioso Electrónico ARLA
Assunto: Re: ARLA/CLUSTER: Notícias da AMRAD: Radiosport (radioamadorismo desportivo e competitivo)


Boas. 
Permitam-me meter aqui uma opinião contraria.
Como sabem sou um defensor do radio-amadorismo genuíno, e assim o entendo conforme descrição da noticia na Amsat.
Todavia, não posso deixar passar em claro a afirmação muito generalista de que o radio sport é a "ovelha ronhosa" do radio-amadorismo.
Confesso que houve tempo em que assim o achei também, mas relacionamentos posteriores com colegas que se dedicam exclusivamente a essa vertente, obrigaram-me a reformular a minha opinião sobre essa actividade.
Claro que muitos do que se dedicam a essa coisa de DX e concursos, não são nada mais, nada  menos, que radio-amadores ermitas,   sem amigos nem colegas  e  que só no DX ( falar com desconhecidos) encontram interlocutores. Enfim pessoas com muito dinheiro, terrenos para espalhar antenas e uma vaidade desmesurada, mas não todos. 
Tive a agradável surpresa quando percebi que afinal, há muitos contesters que não são puramente exibicionistas de estações. São pessoas que estudam, aperfeiçoam e optimizam as suas estações e capacidade de operação.
Conheci vários colegas que confrontados com a razão dos seus sucessos e aparições regulares nos pódios dos principais concursos mundiais, revelaram-se  muito abonatórias.
Ora vejam:
-Eles, estudam e aprendem a prever a propagação elaborando mapas e horários de acordo com dados e programas por eles criados.
-Eles, aperfeiçoam antenas, calculam ganhos, ângulos de radiação, enfasamentos, foot-prints  etc etc.
-Eles, comparam sistemas radiantes, Rádios, amplificadores, filtros, micros etc.
-Eles, comprovam a fiabilidades dos PA's dos radios e lineares pondo-os no red-line durante 48h em contests.
-Eles, publicam pareceres de grande utilidade aos fabricantes sob os mais diversos materiais.
-Eles, têm iniciativa, esforço e dedicação, montado estações em locais inóspitos e  distantes, por vezes com grande esforço físico.
-Eles, tem uma  impressionante capacidade de "desenrrascanso", contra ventos e marés, sempre põem a estação no ar a tempo.
-Eles, têm uma invulgar e rara entre nós amadores, ligação de amizade, que os mantêm unidos em grupos/equipas por anos a fio.

Assim sendo, e perante tais características que alguns destes radio-amadores revelaram ter, não posso deixar de 
afirmar que: com radio-amadores destes, estamos nós muito bem.
Se isto não é radio-amadorismo também, então não sei o que radio-amadorismo possa ser.

É como em tudo na vida, em todas as vertentes há bons e maus personagens, e, até no famigerado radio-sport, há bons amadores.

73
Matias
CT1FFU





2010/9/2 Carlos Mourato <radiofarol  gmail.com>


	É está 100% correcto...Só discordo da seguinte afirmação: "Complementarmente, outros praticantes dedicam os seus tempos livres ao radioamadorismo de base tecnológica e científica, outra versão do Radioamadorismo"...Aqui o radioamadorismo tradicional é considerado "complementar"...Acho que complementar é o tal radio sport!!!...Não estou minimamente preocupado com quem discordar comigo...Uma coisa é mais que certa. Eu não sou atleta de rádio...Sou amador de rádio. O radio sport é uma "moda" de senhores cheios de dinheiro, que nem sabem o que é um andar final...escusam de me tentar convencer do contrário, que não conseguem...No entanto quem tiver opinião contrária à minha tem exactamente o mesmo direito do que eu, de exprimir a sua opinião. 
	O radio sport, não trouxe nada de util ao radioamadorismo. antes pelo contrario...E depois ainda dizem mal dos amadores que concordam com o apoio dos radioamadores à proteção civil!!!! 
	Esta é a minha opinião, e não vou contestar qualquer comentário.
	
	
	73 de CT4RK
	
	
	
	
	
	No dia 2 de Setembro de 2010 13:31, João Gonçalves Costa <joao.a.costa  ctt.pt> escreveu:
	

		 O termo Radiosport é moderno e de origem ocidental, recorrentemente usado para descrever as múltiplas actividades desportivas e competitivas que hoje se inserem no Radioamadorismo. Foi a abertura do comércio e indústria da electrónica que permitia a partir dos anos de 1980 o acesso rápido a novas práticas ocupacionais e desportivas ligadas com a rádio e radiocomunicações, assim como as telecomunicações celulares e a informática que se banalizaram a partir do ano 2000.
		Centenas e centenas de milhares de cidadãos em todo o mundo, tem hoje acesso a dispositivos de rádio e radiocomunicações que antes dos anos de 1980 lhes estavam vedados, em parte, pela complexidade tecnológica, depois pelos preços, e ainda, pela necessidade de possuírem competências técnicas essenciais à construção e exploração dos meios radioeléctricos.
		
		A definição e os objectivos maiores do Radioamadorismo como cultura científica e serviço público não mudaram em mais de um século, contudo, as administrações europeias das radiocomunicações facilitaram recentemente o acesso das crianças, de jovens e adultos ao que se denomina de Serviço de Amador, o serviço emissor dos postos de amador, popularmente chamados dos radioamadores.
		
		Neste contexto o radiosport ou o radioamadorismo desportivo e competitivo é cada vez mais praticado por desportistas animados pela pura competição, a maioria não se importa sequer em dominar tecnologias radioeléctricas, grande número não estuda, nem se qualifica para o conhecimento técnico e científico da Rádio, apenas querem ter acesso às radiocomunicações ionosféricas, aceder aos meios de rádio dos postos de amadores, para poderem falar com lugares indeterminados situados em todo o mundo. Querem fazer ligações, numa cadência com elevado número de comunicações bilaterais feitas através da rádio, que lhes permitem em escassos segundos apenas, fazer troca do indicativo da estação (o prefixo do país e o sufixo da estação) e ainda a troca de um número de série, o número que os colocará no topo da competição, em troca, enviam postais de QSL (confirmação), com os quais lhes é depois permitido adquirir troféus, as taças e diplomas dos concursos em que participam.
		
		
		Complementarmente, outros praticantes dedicam os seus tempos livres ao radioamadorismo de base tecnológica e científica, outra versão do Radioamadorismo onde raramente se fala, a versão histórica e original do operador amador das radiocomunicações, daqueles que há mais de um século, estudam, constroem e exploram os seus meios radioeléctricos, tentando através deles, fazer ligações, mas sem entrar em concursos nem fazer competição pelo número de QSO, mas tão somente, pelo alcance, pela qualidade dessas radiocomunicações e pelos meios técnicos e disciplinas que exploram e aprendem.
		
		Na recente legislação nacional que permite o acesso à instalação e exploração de um posto emissor do serviço de amador, Ver website do ICP-ANACOM e o Decreto-Lei n.º 53/2009 de 2 de Março onde o legislador nacional num esforço de modernização estrategicamente concertada abriu o acesso a crianças e jovens com idade superior a 12 anos. Tal como nos primórdios da Rádio, os jovens amadores manterão um período de auto-aprendizagem, findo o qual, e depois de se candidatarem a novos exames, mas técnicos, poderão ter acesso a um posto emissor de rádio.
		
		Esta situação tem sido questionada, mas é verdade que ela tenderá a consolidar o gosto e a determinação de prosseguir, apenas com todos aqueles que na verdade se interessam e investem no conhecimento das ciências radioeléctricas, filtrando de certo modo, o acesso populista de quem apenas, por dispor de recursos financeiros, tenderia a fazer da Rádio e do Serviço de Amador mais um vulgar espaço de consumo e exibição ao invés da cultura do conhecimento científico e competência tecnológica.
		
		Definição:
		
		Serviço de amador - serviço de radiocomunicações que tem por objectivo a instrução individual, a intercomunicação e os estudos técnicos efectuados por amadores;
		
		
		Fonte:AMRAD - Associação Portuguesa de Amadores de Rádio para a Investigação Educação e Desenvolvimento.
		
		
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	Best 73 from: regards from: CT4RK Carlos Mourato - Sines - Portugal
	
	 Save the Radio Spectrum! Eliminate Broadband over Power Line. Salve o espectro electromagnético!. Não use a rede electrica para transmitir dados. Os "homeplugs power line" e a tecnologia "power line" causa fortes interferencias noutro serviços sem voce se aperceber. Diga não à tecnologia power line. Proteja o ambiente
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