ARLA/CLUSTER: Fwd: Interferências na faixa VHF atribuída ao serviço de amador
Pedro Ribeiro (CR7ABP)
pribeiro-ham net.ipl.pt
Terça-Feira, 27 de Julho de 2010 - 15:55:09 WEST
Sabendo que muitos colegas têm problema idêntico, de interferências
significativas na faixa de VHF devido a fugas de RF nas cablagens de
distribuição e acesso dos operadores de TV por cabo, junto a reclamação
que realizei há algumas semanas ao regulador (ICP-ANACOM) e sobre a qual
já me telefonaram após terem ido ao local e confirmado a situação.
Aguardo agora que o problema fique resolvido.
Acho que baseando-se nesta minha mensagem, alterando os dados pessoais e
ajustando a situação à vossa realidade concreta, poderão rápidamente
fazer reclamações similares e contribuir para que para além de
obrigações, tenhamos também direitos efectivos.
Coloquei alguns comentários em maiúsculas entre blocos [[[ ]]]
Nota:
As minhas reclamações seguintes serão provavelmente sobre a faixa UHF
433.075~434.775 MHz conhecida como LPD/SRD e que é altamente abusada por
colunas e auscultadores sem fios, pelos alarmes da "Securitas Direct", etc.
Ver: http://en.wikipedia.org/wiki/Low-power_communication_device
73!
-------- Original Message --------
Subject: Interferências na faixa VHF atribuída ao serviço de amador
Date: Tue, 06 Jul 2010 18:57:31 +0100
From: Pedro Ribeiro (CR7ABP) <pribeiro-ham net.ipl.pt>
To: monitor.sul anacom.pt
Ao abrigo do ponto 2 da secção X dos "PROCEDIMENTOS PREVISTOS NO
DECRETO-LEI N.º 53/2009, DE 2 DE MARÇO QUE DEFINE AS REGRAS APLICÁVEIS
AO SERVIÇO DE AMADOR E AMADOR POR SATÉLITE" venho por esta forma
apresentar queixa em relação a interferências observadas continuamente
na banda de VHF atribuída de acordo com o QNAF com estatuto primário ao
serviço de amador.
> 2. No caso de interferências provocadas por fonte externa aos serviços de
> amador e de amador por satélite ou nos casos referidos em 1, em que as
> situações não tenham podido ser resolvidas, deve o titular da estação
> interferida reclamar da situação para o ICP-ANACOM fornecendo os seguintes
> dados:
> a) Identificação do amador responsável pela reclamação: nome, morada e
> número de contacto;
Nome: [[[COLOCAR NOME COMPLETO]]]
Morada: [[[COLOCAR MORADA COMPLETA]]]
Número de contacto: [[[COLOCAR TELEFONE DE CONTACTO]]]
> b) Indicativo da estação objecto da interferência, com indicação sumária da
> estrutura de estação: equipamento emissor/receptor, linha de transmissão
> à antena e características de radiação;
[[[ SUBSTITUIR O TEXTO SEGUINTE PELOS VOSSOS DADOS ]]]
Indicativo de estação: CR7ABP
Estrutura da estação: A minha estação localiza-se no 2º piso da minha
habitação, o transceptor que normalmente uso é um portátil Kenwood
TH-F7E alimentado a bateria própria ou ao carregador.
Tenho uma antena exterior omni-direccional Diamond X300N com cerca de 15
metros cabo RG213 e fichas N nos extremos, para melhor recepção.
O mastro é comum ao das antenas exterior de rádio/TV que se encontram
desactivadas e desligadas do circuito de TV da habitação.
O mastro encontra-se devidamente ligado à terra com fio de cobre de
secção elevada.
Para ligação ao portátil TH-F7E tenho um adaptador N/SMA
Tenho algumas antenas Yagi de construção caseira mas estão fora de uso
por ainda não estarem sintonizadas.
Para recepção HF tenho uns metros de fio eléctrico ao longo do telhado.
Neste momento tenho no local também um transceptor Kenwood TS-2000E
pertencente a uma estação de uso comum de que sou colaborador e que lá
está em testes à algumas semanas, após o ter reparado de uma avaria nos
circuitos de alimentação.
> c) Caracterização da situação através de:
> * Indicação da frequência ou faixa de frequências interferida,
145,750MHz
> * Classificação da interferência de acordo com o Regulamento das
> Radiocomunicações (prejudicial ou não prejudicial),
[[[ SE ALGUÉM ME SOUBER ARRANJAR ESTA DEFINIÇÃO AGRADECIA]]]
Prejudicial
Nota: Não consegui o detalhe da classificação. O documento que me parece
conter a informação está em formato PDF, não pesquisável, parcialmente
em Francês e tem 1631 páginas.
> * Localização da interferência (caso se trate de móvel ou portátil),
[[[ ADAPTAR ]]]
Em grande parte da habitação e algumas ruas em volta da urbanização,
mesmo usando a antena de origem do transceptor portátil.
> * Data de início da situação,
[[[ ADAPTAR ]]]
Desde que adquiri o equipamento de recepção no início do ano.
> * Caracterização da interferência (se possível em termos espectrais),
[[[ AJUSTAR O TEXTO SEGUINTE AO VOSSO CASO, NO CASO DA "ZON", NA ZONA DE
LISBOA, A INTERFERÊNCIA NESTA FREQUÊNCIA SERÁ PROVAVELMENTE DA "TVI24",
PARA OUTRAS ZONAS, PROCURAR O CANAL TV COM PORTADORA VÍDEO NOS 140,25
(S-6) NAS TABELAS:
ZON (Ex. TV CABO): http://www.zon.pt/Televisao/PlanoFrequencias.aspx
CABOVISAO: http://tinyurl.com/37tzhx8 (METER CÓDIGO POSTAL)
]]]
Sinal FM de banda larga, parcialmente perceptível, correspondente à
portadora áudio do canal de TV "Odisseia" distribuído pela Cabovisão na
frequência base 140,25MHz (portadora de áudio 5,5MHz acima,
correspondentes aos 145,75MHz)
Apesar de não tão notório, existem interferências ao longo da restante
faixa, correspondente ao final da "cauda" do sinal VSB da TV analógica.
Confirmada a recepção da interferência em diversos equipamentos de
diferentes modelos/marcas.
> * Periodicidade,
Contínua, 24 horas por dia.
> * Descrição das actividades desenvolvidas no âmbito da investigação da
> situação de interferência;
[[[ FAZER TESTES PARA EVITAR FICAREM MAL VISTOS SE O PROBLEMA ESTIVER DO
VOSSO LADO, SE CONSEGUIREM IDENTIFICAR A PROVÁVEL ORIGEM DA FUGA, MELHOR ]]]
Como também sou cliente do serviço da Cabovisão, imaginei inicialmente
que a radiação interferente seria originada por fugas na cablagem da
minha habitação.
Para teste desliguei o cabo de entrada da Cabovisão na habitação e
coloquei-lhe uma carga de 75ohm.
O problema manteve-se, provando que a radiação tem origem externa.
Realizei "passeios" pelas redondezas da urbanização e em diversos locais
o sinal interferente atinge o fim de escala do receptor portátil, mesmo
com a antena de origem.
Não consegui identificar o local origem do problema.
> d) Identificação de possíveis fontes de interferência, se necessário com
> caracterização do ambiente electromagnético: indicação de instalações de
> radiocomunicações que possam radiar campos electromagnéticos na
> proximidade da estação em causa.
[[[ APÓS TER ENVIADO A RECLAMAÇÃO DETECTEI UMA ZONA, UMAS RUAS ACIMA
ONDE A CABLAGEM DELES (CABOVISÃO) ESTÁ TODA MAL TRATADA COM CABOS
CAÍDOS, NÃO LIGADOS E ONDE O PORTÁTIL TEM SEMPRE INTERFERÊNCIA MÁXIMA
MESMO COM O ATENUADOR ACTIVO. O PESSOAL DA MONITORIZAÇÃO DA ANACOM
QUANDO ME LIGARAM JÁ TAMBÉM TINHAM DADO COM O LOCAL, LOGO SE CONSEGUIR
MANDO FOTOS ]]]
Deduzo que terá origem em fugas RF do sistema de amplificação e
distribuição da Cabovisão na zona.
==============
[[[ UM POUCO DE CONTEXTUALIZAÇÃO EXTRA, AFINAL SÓ ME DEIXAM ESCUTAR E
NEM ISSO CONSIGO FAZER??? ]]]
Notas finais:
Como amador de classe 3 e apesar da minha formação especializada na área
(curso de Licenciatura em Sistemas e Comunicações pelo ISEL),
encontro-me basicamente limitado à radio-escuta, só transmito
esporadicamente quanto tenho disponibilidade para ir participar em
actividades em conjunto com colegas de categoria superior.
Por casa costumo ter o portatil em "SCAN" pelas frequencias dos
repetidores de amador e em "beacons" de CW e ir registando o sinal com
que me chegam ao longo dos dias em função das condições de propagação.
Já cheguei a ouvir os repetidores de Faro e Viana do Castelo e os
"beacons" da Madeira e Canárias.
A interferência impede o "scan" pois faz o receptor parar sempre nos
145,750MHz, gerando agressivo som distorcido resultante da modulação de
FM Wide recebida pelo equipamento não preparado para tão grandes desvios.
Coincidente-mente, a frequência corresponde à de saída dos repetidores
RV60 (Montejunto/Celorico da Beira/Serpa), impossibilitando-me de os
escutar.
Realizei uma queixa à Cabovisão mas nunca obtive resposta.
ver: http://www.vozdocliente.cabovisao.pt/ideias/detalhe/44
Cumprimentos.
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