ARLA/CLUSTER: DSTAR, queixinhas e outras choraminguices

José Miguel Fonte etjfonte ua.pt
Sábado, 10 de Julho de 2010 - 01:48:15 WEST


  Viva colega Vilela,

Em 09-07-2010 19:26, Radiophilo escreveu:
>
> Este avançado modo de comunicação é alvo de fortes críticas,...
>

Avançado?


> 3. A ARCEP reclama ainda que "O DSTAR utiliza um codec de voz 
> patenteado e proprietário. Desta forma, os amadores não têm acesso à 
> especificação detalhada deste codec sob a forma de circuito integrado, 
> nem o direito de o utilizar sem adquirir um produto sob licença." 
> Segundo a ARCEP, isto está em contradição com o artigo 1.56 do RR da 
> UIT que diz que o serviço de amador é "um serviço de radiocomunicação 
> tendo por objectivo a instrução individual, a intercomunicação e os 
> estudos técnicos, efectuado por amadores, isto é pessoas devidamente 
> autorizadas, interessadas na técnica da radioelectricidade a título 
> unicamente pessoal e sem interesse pecuniário".
> Esta ligação também me parece inteiramente descabida. Por um lado o 
> interesse pecuniário está do lado das empresas construtoras e não dos 
> radioamadores. Por outro lado, o DSTAR pode ser justamente o meio 
> adequado para o desenvolvimento de técnicas de voz digital realizado 
> por amadores, como alternativa ao tal Codec. Finalmente, também não é 
> frequente os amadores fabricarem os seus próprios componentes 
> electrónicos.
>

Acho que o colega não percebe bem o que está a dizer mas, saltando a 
parte do hardware (recorrente), peço-lhe que leia o seguinte, retirado 
da legislação nacional (D.L. 53/2009), Artigo 12, alínea e):

"/e)/ Não utilizar, salvo nos casos autorizados pelo ICP-ANACOM, 
códigos, abreviaturas ou mensagens codificadas, com o intuito de 
obscurecer o significado ou tornar a comunicação pouco clara ou 
imperceptível, nem emitir falsos indicativos de chamada e falsos sinais 
de identificação ou de alarme;"

E depois peça ao colega Horácio que lhe explique conceito de rede 
privativa. Questão levantada por ele, bem pertinente.

> Esta última questão, do Codec, tem sido o cavalo de batalha de muitas 
> vozes que se levantam contra o DSTAR, amplamente divulgadas por 
> variadíssimos foruns de amadores por esse mundo fora e também aqui 
> neste Cluster reproduzidas já várias vezes em 3ª ou 4ª mão.
>
> O argumento típico é de que o AMBE é patenteado e custa dinheiro e é 
> produzido por uma empresa que está a enriquecer à custa dos 
> radioamadores, não lhes facultando o respectivo código. Além disso, 
> segundo eles, este estado de coisas é contra o "espírito" do 
> radioamadorismo.
>
     Diga claramente, não precisa de dois parágrafos para me incluir na 
lista. Não fico chateado.

> Pois bem, façamos contas. De um lado temos a JARL, a ICOM e a DVSI em 
> conluio contra os radioamadores, para lhes vender equipamentos que:
>
> 1. Lhes têm permitido experimentar amplamente no estabelecimento e 
> administração de redes de comunicação globais com alguma complexidade. 
> Embora isto não seja exactamente novidade, creio bem que nunca tanto 
> como hoje isto tem sido verdade. Temos inclusivé entre nós alguns 
> especialistas nesta área.
>

Sim,... Pois... ok,...

> 2. Possibilitam a experimentação a uma escala bem alargada do 
> potencial e da utilização das técnicas de voz digital, por comparação 
> com a voz analógica. Também aqui no Cluster já todos lemos informações 
> úteis e interessantes obtidas por via desta experimentação.
>

Pois, sim... peço-lhe que me refira um documento de estudo, devidamente 
fundamentado, com as conclusões da utilização de voz Digital no serviço 
de amador e amador por satélite.

Já para não falar que a nível nacional foram emitidas algumas licenças a 
título experimental e resultados dessas "experiências" são uma miragem.  
Note que falo de documentos e não de memórias descritivas.

> Além disto, o DSTAR possibilita aos radioamadores que queiram 
> materializar o tão advogado "espírito" do radioamadorismo:
>

O quê ?

> 3. Desenvolver e construir equipamentos sofisticados que são operáveis 
> nas actuais redes DSTAR, recorrendo para isso ao chip AMBE-2020. É 
> barato e está disponível. Custa menos que um transistor de 60W para 
> VHF. Não há desculpas.
>

Pois, é só maravilhas... vá lá... 18 a dividir por quanto?

Ah e o AMBE-2020 não é um chip...


> 4. Desenvolver e construir equipamentos sofisticados que poderão ser 
> operáveis nas actuais redes de DSTAR, embora não compatíveis com 
> outros terminais que utilizem o AMBE. Quem quiser, é livre de 
> desenvolver um codec de voz ou adaptar outro já existente para 
> utilização nas redes DSTAR.

Está a ser feito...

>
> Do outro lado temos os "velhos do Restelo" que dizem que o DSTAR não 
> presta, mas que em nada contribuiram, nem deles nada de jeito se 
> espera, para o progresso das comunicações de voz digital entre os 
> amadores.
>

Pois, estamos na *moda* do digital...

> Se há algum balanço que se possa fazer em termos de progresso real e 
> do seu impacto no "espírito" do raidoamadorismo, então eu parece-me 
> que o DSTAR leva larga vantagem sobre os seus oponentes.
>

Sim, pois,... pode quantificar?

> Finalmente deixo o desafio: se os oponentes do DSTAR quiserem 
> realmente viver o "espírito" do radioamadorismo, então deixem de falar 
> e FAÇAM alguma coisa, como os outros fizeram. Talvez aí deixem de ser 
> considerados diletantes e alguém lhes dê atenção.
>

Já se questionou sobre o facto de que muitos desses colegas que refere, 
nos quais me inclui-o por razões óbvias, não terem nada a provar aos 
outros. No meu caso particular, se tenho de provar alguma coisa é a mim 
mesmo.


Para finalizar peço-lhe que me perdoe a eventual dureza de algumas 
frases por razões que não vale a pena referir.

> Cumprimentos,
>

Cumprimentos

73 de ct1enq
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