Re: ARLA/CLUSTER: Portugal - Comunicações Aeronáuticas

Agostinho Fernandes agostopequeno gmail.com
Quarta-Feira, 20 de Janeiro de 2010 - 01:19:16 WET


Aí vai uma pedrada no charco:

Tanto medo dos terroristas e ainda não vi ninguém a discutir a razão pela
qual não se põe os postos fronteiriços a funcionar de novo.
Que adianta tanta tecnologia se os ditos terroristas podem dentro desta
Europa passar de país para país sem serem controlados ,e isso não seria
difícil nem era preciso grande tecnologia.
Eu no ano passado na minha viajem de férias á Republica Checa
,Austria,Hungria e Republica Eslovaca ,levei o meu IC-Q7E estive com ele
ligado a bordo durante todas as viagens.passou na radiografia e não se
passou nada.
Será que alguém ainda espera que pelo facto de escutar a GNR nas suas
comunicações os vai escutar a dizer qual o local onde estão a fazer auto
stop?
Cada um tem o medo que tem,mas acho que anda gente a ver televisão de mais.

Agostinho


2010/1/20 Luis Nuno Rodrigues <ct3fi  netmadeira.com>

>  Olá
>
> Boa noite
>
> Além do que aqui disseram, há uma outra razão que faz com que as
> comunicações de voz na Banda Aeronáutica sejam efectuadas em AM: a largura
> de banda. A banda aeronáutica de VHF é “curta” (108 a 136Mhz) sendo que
> nesta banda a parte mais baixa está reservada a Radio Ajudas (VOR, ILS
> normalmente utilizados entre 108 e 118Mhz); depois as varias “funções”
> existentes numa Torre de Controlo, têm frequências distribuídas: por
> exemplo, um aeroporto como o da Madeira, tem distribuídas pelo menos 4
> frequências de VHF para comunicação terra avião de voz, e ainda a informação
> meteorológica automática (designada como ATIS); por esta razão há alguns
> anos atrás, passou-se de equipamentos de 25Hkz de largura de canal para
> 12,5Khz, estando já em curso a mudança gradual para 8,33Khz permitindo um
> numero bem mais elevado de canais.
>
>
>
> Cumprimentos
>
> Nuno
>
>
>
>
>
>
>
> *From:* cluster-bounces  radio-amador.net [mailto:
> cluster-bounces  radio-amador.net] *On Behalf Of *Salomao Fresco
> *Sent:* terça-feira, 19 de Janeiro de 2010 23:15
> *To:* Resumo Noticioso Electrónico ARLA
> *Subject:* Re: ARLA/CLUSTER: Portugal - Comunicações Aeronáuticas
>
>
>
> Boas,
>
>
> por muito rápido que um sistema digital seja, tem que passar sempre por uma
> série de fases no processo de codificação/descodificação dos sinais, outro
> periodo de tempo para a interpretação dos mesmos.
>
> esse tempo é precioso, pois nos decimos de segundo que passam a aeronave
> avança mais mais uns metros
> a intrepretação pelo piloto, de uma comunicação por voz será sempre mais
> fiável pois em última analise será ele quem terá de tomar as decisões.
>
>
> cumprimentos
>
> Salomão
>
>
>
>
>
>
>
>  2010/1/19 Eduardo Arraia <arraia  e2mec.com>
>
> Boas,
>
>
>
> Ainda a propósito de “terrorismo” …. http://11.pt.vu/ do qual falamos e
> não sabemos se existem mesmo!
>
>
>
> 73´
>
> Eduardo
>
> CT1EEW
>
> www.navpt.com (um docinho para os terroristas)
>
>
>
>
>
> *De:* cluster-bounces  radio-amador.net [mailto:
> cluster-bounces  radio-amador.net] *Em nome de *Pedro Redondo
> *Enviada:* terça-feira, 19 de Janeiro de 2010 22:22
>
>
> *Para:* Resumo Noticioso Electrónico ARLA
> *Assunto:* Re: ARLA/CLUSTER: Portugal - Comunicações Aeronáuticas
>
>
>
> Colega Eduardo, boa noite,
>
>
>
> Todas os comentários são benvindos!!
>
>
>
> Claro que os terroristas têm muito dinheiro... mas não é isso que está em
> causa. Se se poder dificultar o "trabalho" daqueles que não têm nada haver
> com o assunto, porque é que havemos de lhes facilitar a vida !!
>
>
>
> Quando diz que, quando se faz uma transmissão aeronáutica é para que todos
> os interessados a oiçam. Não podia estar mais de acordo com isso, mas é
> mesmo por isso que acho que as comunicações deveriam ser encriptadas por
> forma a que somente os interessados tenham conhecimento delas.
>
>
>
> Caríssimos, não façamos confusão... não estou a falar de DSTAR, mas sim de
> algo bastante mais sofisticado, tal como já tive oportunidade de referir
> numa mensagem anterior. Se ainda não tiveram oportunidade de ler o white
> paper disponibilizado pelo colega pmafer numa mensagem anterior, aconselho
> vivamente a fazê-lo pois irão perceber melhor do que estou a falar.
>
>
>
> Eu acho que não preciso de referir quais são os *handicaps* das
> comunicações analógicas... mas já repararam o que aconteceria a uma aeronave
> que tentasse fazer-se à pista em Sta. Maria numa noite de tempestade em
> que alguém provocasse uma interferência fatal ? já agora aproveito para
> perguntar, será que existem sistemas de *backup* que possam ser utilizados
> em caso de falha ?
>
>
>
> Não desvalorizando o que o colega Carlos Mourato disse, eu não sei em que
> ano ou década é que o documento a que se referia foi escrito, se é actual ou
> não, o que sei é que as comunicações digitais evoluíram bastante e continuam
> a evoluir e estou em crer que já existem protocolos bastante avançados
> capazes de superar em termos de capacidade e operacionalidade o convencional
> AM.
>
>
>
> Quanto ao seu último parágrafo... pois se calhar também por aí também será
> necessário ser mais rigoroso. Ainda à umas semanas a esta parte 7 agentes da
> CIA foram assassinados porque confiaram num agente secreto que afinal era
> duplo e fez-se explodir... o terror é isso mesmo... é a cultura do não
> confiar em ninguém, agora só segue quem quer e só fica amedrontado quem
> quiser.
>
>
>
> 73's de
>
> Pedro, CT1HZU
>
>
>
>
>
>
>
> 2010/1/19 Eduardo Arraia <arraia  e2mec.com>
>
> Boa noite,
>
>
>
> Colega Pedro, apesar de fazer a observação ao colega Antonio Vilela
> gostaria de fazer algumas observações ao seu texto;
>
> Acha que os ditos “terroristas” não tem meios e €€€ e $$$ para ter
> equipamento de recepção de frequências aeronáutica por muito codificadas,
> encriptadas ou sei lá mais o que o fossem? Ou ainda mísseis guiados por
> calor ou receptores de modo-s….. É que os terroristas não são propriamente
> uns pés rapados… aquilo que vemos na televisão de eles se sentarem no chão e
> tal…. Não é porque não têm dinheiro para comprar cadeiras, eles são é mesmo
> assim!!!
>
>
>
> Quando se faz uma transmissão aeronáutica é para que todas as aeronaves no
> espaço aéreo e os demais as oiçam! Temos de saber o que os outros á nossa
> volta estão a fazer, estamos num espaço com 3 dimensões nós e mais uma série
> deles.
>
> Nas comunicações aeronáuticas continuo a não ver qualquer possibilidade de
> terrorismo mesmo que o piloto transmita a sua posição no segundo seguinte já
> andou 200mts e no segundo seguinte mais 200mts e em 5segundos já andou 1Km
> isto claro +- para um Airbus A320.
>
>
>
> Quanto ao escutar as comunicações achava que o deveriam o fazer, porque por
> exemplo em Lisbon Aproatch *119.100Mhz* o tipo de comunicação usado é tipo
> Lisboa aqui o TAP…  TAP… desça para o nível tal mantenha a velocidade mínima
> mantenha-se nesse rumo vire x graus passe á frequência tal contacte o Y ou
> então vá ate ao ponto tal… onde quem recebe a mensagem tem de a repetir…. O
> a única coisa que não se repete é a velocidade do vento! onde poderá um
> terrorista fazer aqui alguma coisa.
>
>
>
> Como o colega Mourato que teve acesso a documento onde dizia “é em AM e não
> se fala mais no assunto” o mais básico mesmo com sobremodulação ainda passa
> alguma coisa que pode fazer toda a diferença, quem fez esta afirmação sabia
> muito bem o que dizia.
>
>
>
> Nem imagina a dor de cabeça que é uma falha de comunicações! É quase a
> cegueira completa! Portanto não brinquemos com coisas digitais.
>
>
>
> Pela ordem de ideias de alguns ninguém poderia ser piloto porque cada
> candidato será um potencial terrorista…
>
>
>
> 73´
>
> Eduardo
>
> CT1EEW
>
> www.navpt.com (um doce para os terroristas…)
>
>
>
>
>
>
>
>
>
>
>
> *De:* cluster-bounces  radio-amador.net [mailto:
> cluster-bounces  radio-amador.net] *Em nome de *Pedro Redondo
> *Enviada:* terça-feira, 19 de Janeiro de 2010 19:57
>
>
> *Para:* Resumo Noticioso Electrónico ARLA
> *Assunto:* Re: ARLA/CLUSTER: Portugal - Comunicações Aeronáuticas
>
>
>
> Colega António Vilela,
>
>
>
> Gostaria de lhe agradecer o facto de ter esclarecido a questão, mas…
> permita-me discordar de alguns pontos, e o que vou dizer é somente a minha
> opinião e um contributo para o debate de ideias e não o combate de opiniões.
>
>
> As comunicações sejam elas quais forem têm sempre o seu grau de importância
> que poderá ser relativo nalgumas situações e vitais noutras. Do meu ponto de
> vista e sublinhando o que o António Matias referiu numa mensagem anterior,
> já todos percebemos a apetência que os terroristas têm pelos aviões e também
> já percebemos porquê. Tal como o colega Vilela referiu no último parágrafo
> também se pode aprender algo escutando as comunicações aeronáuticas e por
> isso, se qualquer pessoa bem intencionada pode aprender algo, uma mal
> intencionada aprenderá muito mais, e é por isso que acho que as comunicações
> “livres” no meio aeronáutico estão de facto bastantes vulneráveis.
>
> Não acho que haja um paralelismo evidente no exemplo que referiu entre a
> codificação digital de mensagens transmitidas entre aeronaves ou aeronaves e
> torres de controlo e a entrada e passagem numa região onde hajam problemas
> evidentes de terrorismo. O que eu acho é que é perfeitamente exequível a
> implementação de um sistema de comunicações fechado com capacidade de
> registar cada mensagem transmitida, a origem e o destino por exemplo e com a
> capacidade de override em caso de interferência propositada ou não no caso
> de dropouts.
>
> Ora, como referiu, existem já vários protocolos propostos para a
> implementação de comunicações digitais, portanto o que eu disse noutra
> mensagem não é assim tão descabido, e se já existem comunicações digitais,
> logo, só por si estas já se encontram codificadas por um algoritmo que
> transforma o sinal analógico em digital, por isso, se se quiser incrementar
> o nível de segurança dessas comunicações, basta colocar na sequência do
> processo, um algorítmo proprietário (independentemente dos interesses
> inerentes) capaz de assegurar uma comunicação segura e livre de
> interferências.
>
> Bem sei e, como referiu que, o espaço aéreo é público e os serviços de
> navegação aéreos também são públicos… são agora, mas será que irão
> permanecer assim para sempre (os serviços claro) e mesmo que permaneçam,
> será que isso é impeditivo de implementar um sistema “fechado” de
> comunicações ? Eu acho que não e, mais uma vez parafraseando o António
> Matias, se é para salvaguardar a integridade física, sentia-me eu mais
> seguro e também os governos dos demais países se este tipo de comunicações,
> assim como todas as restantes informações que existem disponíveis
> relativamente a voos não fossem disponibilizadas.
>
>  Mais uma vez refiro que esta é somente a minha visão da questão por mais
> descabida que possa parecer a alguns de vós.
>
> 73’s de
> Pedro, CT1HZU
>
> 2010/1/18 Radiophilo <radiophilo  gmail.com>
>
> Caros colegas,
>
> As transmissões "aeronáuticas", sejam elas de comunicação ou de
> navegação ou ainda de supervisão, são públicas por natureza e por
> vários motivos.
>
> Que mais não seja, porque o espaço aéreo é público e os serviços de
> navegação aérea são serviços públicos. Aliás, são tão públicos como a
> rede rodoviária de um país. Imaginem vocês que vão viajar de carro e
> ao entrar no País Basco vos dizem: "Podes passar, mas como temos medo
> dos terroristas não te damos mapas das estradas, nem te dizemos o
> significado dos nossos sinais de trânsito." Era a mesmíssima coisa do
> que não divulgar as frequências de ATC.  Não há como esconder, elas
> são e têm que ser públicas. Algo vai correr mal no dia em que não
> forem.
>
> Só por curiosidade, existem já vários métodos propostos e com
> tecnologia desenvolvida para cumprir com dois objectivos de evolução
> das comunicações aeronáuticas: Um é a voz digital, e o outro é a
> transmissão de mensagens relativas ao ATC via comunicação de dados em
> vez de voz. Desconheço qualquer intenção de cifrar alguma destas
> comunicações.
>
> Quanto aos receptores de radar secundário, que isso não vos tire o
> sono. A transmissão da posição GPS é efectuada de forma automática e
> não solicitada pela maioria das aeronaves de transporte. Essa
> informação é transmitida de acordo com métodos que são do conhecimento
> público, e são recebidas e descodificadas por equipamento comercial
> acessível ao público, e não estou a falar desses receptores
> domésticos, tipo SBS-1 ou similares, que têm apenas o mérito de serem
> baratos.
>
> Mas afinal têm medo do quê? Que algum terrorista compre um míssil
> guiado por GPS e utilize estas emissões para acertar num A380
> carregado de passageiros? É isso?
>
> Quanto às tardes da Júlia, penso que o tom de condescendência e desdém
> que o Matias emprega não é o mais adequado para uma audiência
> tecnicamente qualificada como esta e não lhe fica nada bem.
> Experimente dedicar-se um pouco a escutar estas comunicações. Quiçá
> aprenderia alguma coisita mais que desconhece e que lhe poderia ser
> útil numa futura discussão sobre este tema.
>
> Cumprimentos,
> António Vilela
> CT1JHQ
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