Re: ARLA/CLUSTER: Portugal - Comunicações Aeronáuticas

Carlos Mourato radiofarol gmail.com
Terça-Feira, 19 de Janeiro de 2010 - 13:06:19 WET


Colega Vilela
À uns tempos atrás tive acesso a um estudo internacional sobre as
comunicações aéronáuticas (este sim não era publico, mas sim um "withe
paper" publicado por um organismo internacional de aviação civil, que nem me
lembro das siglas), em que se falava na evolução das comunicações. Uma coisa
me despertou a atenção foi a recusa pura e simples de qualquer tipo de
comunicação digital, entre o piloto e a torre em altura de manobras e
aproximação. Continuaria a ser em AM e nem se pensava mais no assunto, pela
seguinte razão. Qualquer sistema digital, de voz, leva o seu tempo a
codificar e descodificar...Nem que seja um segundo!!!!...Esse segundo pode
representar a diferença entre o nada acontecer e uma catástrofe. Por outro
lado, não é de modo algum admissivel, que um piloto se confronte com um
sistema digital, que em determinados casos começa a fazer dropouts e
...acabou!!!...Se for um sistema analógico, de AM, o piloto apesar de poder
ter algumas dificuldades, ainda pode ter compreensão, e ter tempo de pedir
para mudar de canal e dizer que está a perder a comunicação. Se for um
sistema digital, o mais certo é nem se aperceber que vai perder a
comunicação, e quando der por isso "já era"!...
Alem disso identificar um problema por exemplo de interferências num sistema
analógico é muito mais simples do que o identificar nos sistemas
digitais....E não me venham dizer que o QRM não afecta modulações digitais
tipo OFDMs, ou COFDMs, ou GSMKs etc!!!...Isso é treta de quem quer vender
sistemas digitais.
Colega Vilela, como uma pessoa que penso estar ligada a este tema, gostaria
de saber a sua opinião acerca do analógico versus digital nas comunicações
Piloto/torre. A minha opinião está apresentada.

73 de CT4RK


2010/1/19 João Gonçalves Costa <joao.a.costa  ctt.pt>

> Muitos PARABÉNS colega António Vilela,CT1JHQ por este esclarecedor "post".
>
> O exemplo, do País Basco está muito bem colocado.
>
> Alias, faz-me recordar que um dos poucos sítios em Espanha onde até hoje
> tive alguns dissabores foi exactamente nessa bonita região e por um sinal de
> transito, hihihi.
>
> João Costa, CT1FBF
>
> -----Mensagem original-----
> De: cluster-bounces  radio-amador.net [mailto:
> cluster-bounces  radio-amador.net] Em nome de Radiophilo
> Enviada: segunda-feira, 18 de Janeiro de 2010 23:59
> Para: Resumo Noticioso Electrónico ARLA
> Assunto: Re: ARLA/CLUSTER: Portugal - Comunicações Aeronáuticas
>
> Caros colegas,
>
> As transmissões "aeronáuticas", sejam elas de comunicação ou de navegação
> ou ainda de supervisão, são públicas por natureza e por vários motivos.
>
> Que mais não seja, porque o espaço aéreo é público e os serviços de
> navegação aérea são serviços públicos. Aliás, são tão públicos como a rede
> rodoviária de um país. Imaginem vocês que vão viajar de carro e ao entrar no
> País Basco vos dizem: "Podes passar, mas como temos medo dos terroristas não
> te damos mapas das estradas, nem te dizemos o significado dos nossos sinais
> de trânsito." Era a mesmíssima coisa do que não divulgar as frequências de
> ATC.  Não há como esconder, elas são e têm que ser públicas. Algo vai correr
> mal no dia em que não forem.
>
> Só por curiosidade, existem já vários métodos propostos e com tecnologia
> desenvolvida para cumprir com dois objectivos de evolução das comunicações
> aeronáuticas: Um é a voz digital, e o outro é a transmissão de mensagens
> relativas ao ATC via comunicação de dados em vez de voz. Desconheço qualquer
> intenção de cifrar alguma destas comunicações.
>
> Quanto aos receptores de radar secundário, que isso não vos tire o sono. A
> transmissão da posição GPS é efectuada de forma automática e não solicitada
> pela maioria das aeronaves de transporte. Essa informação é transmitida de
> acordo com métodos que são do conhecimento público, e são recebidas e
> descodificadas por equipamento comercial acessível ao público, e não estou a
> falar desses receptores domésticos, tipo SBS-1 ou similares, que têm apenas
> o mérito de serem baratos.
>
> Mas afinal têm medo do quê? Que algum terrorista compre um míssil guiado
> por GPS e utilize estas emissões para acertar num A380 carregado de
> passageiros? É isso?
>
> Quanto às tardes da Júlia, penso que o tom de condescendência e desdém que
> o Matias emprega não é o mais adequado para uma audiência tecnicamente
> qualificada como esta e não lhe fica nada bem.
> Experimente dedicar-se um pouco a escutar estas comunicações. Quiçá
> aprenderia alguma coisita mais que desconhece e que lhe poderia ser útil
> numa futura discussão sobre este tema.
>
> Cumprimentos,
> António Vilela
> CT1JHQ
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Best 73 from: regards from: CT4RK Carlos Mourato - Sines - Portugal

Save the Radio Spectrum! Eliminate Broadband over Power Line. Salve o
espectro electromagnético!. Não use a rede electrica para transmitir dados.
Os "homeplugs power line" e a tecnologia "power line" causa fortes
interferencias noutro serviços sem voce se aperceber. Diga não à tecnologia
power line. Proteja o ambiente
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