RE: ARLA/CLUSTER: Portugal - Comunicações Aeronáuticas
João Gonçalves Costa
joao.a.costa ctt.pt
Terça-Feira, 19 de Janeiro de 2010 - 10:51:55 WET
Muitos PARABÉNS colega António Vilela,CT1JHQ por este esclarecedor "post".
O exemplo, do País Basco está muito bem colocado.
Alias, faz-me recordar que um dos poucos sítios em Espanha onde até hoje tive alguns dissabores foi exactamente nessa bonita região e por um sinal de transito, hihihi.
João Costa, CT1FBF
-----Mensagem original-----
De: cluster-bounces radio-amador.net [mailto:cluster-bounces radio-amador.net] Em nome de Radiophilo
Enviada: segunda-feira, 18 de Janeiro de 2010 23:59
Para: Resumo Noticioso Electrónico ARLA
Assunto: Re: ARLA/CLUSTER: Portugal - Comunicações Aeronáuticas
Caros colegas,
As transmissões "aeronáuticas", sejam elas de comunicação ou de navegação ou ainda de supervisão, são públicas por natureza e por vários motivos.
Que mais não seja, porque o espaço aéreo é público e os serviços de navegação aérea são serviços públicos. Aliás, são tão públicos como a rede rodoviária de um país. Imaginem vocês que vão viajar de carro e ao entrar no País Basco vos dizem: "Podes passar, mas como temos medo dos terroristas não te damos mapas das estradas, nem te dizemos o significado dos nossos sinais de trânsito." Era a mesmíssima coisa do que não divulgar as frequências de ATC. Não há como esconder, elas são e têm que ser públicas. Algo vai correr mal no dia em que não forem.
Só por curiosidade, existem já vários métodos propostos e com tecnologia desenvolvida para cumprir com dois objectivos de evolução das comunicações aeronáuticas: Um é a voz digital, e o outro é a transmissão de mensagens relativas ao ATC via comunicação de dados em vez de voz. Desconheço qualquer intenção de cifrar alguma destas comunicações.
Quanto aos receptores de radar secundário, que isso não vos tire o sono. A transmissão da posição GPS é efectuada de forma automática e não solicitada pela maioria das aeronaves de transporte. Essa informação é transmitida de acordo com métodos que são do conhecimento público, e são recebidas e descodificadas por equipamento comercial acessível ao público, e não estou a falar desses receptores domésticos, tipo SBS-1 ou similares, que têm apenas o mérito de serem baratos.
Mas afinal têm medo do quê? Que algum terrorista compre um míssil guiado por GPS e utilize estas emissões para acertar num A380 carregado de passageiros? É isso?
Quanto às tardes da Júlia, penso que o tom de condescendência e desdém que o Matias emprega não é o mais adequado para uma audiência tecnicamente qualificada como esta e não lhe fica nada bem.
Experimente dedicar-se um pouco a escutar estas comunicações. Quiçá aprenderia alguma coisita mais que desconhece e que lhe poderia ser útil numa futura discussão sobre este tema.
Cumprimentos,
António Vilela
CT1JHQ
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