ARLA/CLUSTER: Ainda as ondas quadradas

Carlos Mourato radiofarol gmail.com
Segunda-Feira, 11 de Janeiro de 2010 - 02:32:53 WET


Colega Fonte e demais
Muito obrigado pela sua participação. Ora assim sendo, vamos la "defender a
minha tese". Eheheheh!!

2010/1/10 José Miguel Fonte <etjfonte  ua.pt>

> Viva colega Mourato,
>
> Sei que se trata de um exercício mental mas permita-me umas achegas.
>
> Quando começa por dizer "..."rise time" e "fall time" iguais a zero, isso
> de certa forma é impossível



>  Claro que é impossivel, por isso eu citei que era imaginária. "uma onda
> quadrada perfeita, e *como tal imaginária*, seria aquela em que não
> existia tempo de rise time nem de fall time."



> pois assim aconteceria que para o mesmo instante (t) teríamos dois valores,
> o deveria ser é que esse tempo será infinitamente pequeno (infinitésimo).

Aqui se analizar-mos bem, o tempo tem mesmo que ser igual a zero, pois não
existe qualquer intervalo entre o futuro e o passado...O  final do futuro
atinge o ponto T=0, exactamente no mesmo ponto em que este é tocado pelo
começo do passado. sem qualquer espaço temporal. Não é possivel existir um
espaço temporal indefinido entre o futuro e o passado, em qualquer ponto do
fluido temporal


>
> "Uma onda quadrada perfeita, e como tal imaginária, seria aquela em que não
> existia tempo de rise time nem de fall time. A existir um sinal assim,  o
> numero de harmónicas seria infinito, assim como a largura de banda ocupada
> por esse sinal.."
>
> O melhor será dizer que esses tempo são infinitamente pequenos e mesmo
> assim, por consequência, o número de harmónicos, infinito, etc.
>
Não pode, porque por muito pequenos que sejam esses tempos, são sempre
tempo, e desta forma, a onda não seria quadrada, pois teria um rise time e
um fall time diferente de zero, pois como se verifica, uma contagem
decrescente,  representada por N-N/2, nunca chega a zero, desde que N seja
diferente de zero. Assim, se tomar-mos o rise time e o fall time = N-N/2,
este nunca chegará a zero, e será sempre um espaço de tempo, por muito
infimo que seja. tal qual o movimento do corpo que se desloca entre A e B,
em movimento uniformemente desacelerado, e que vai sempre diminuindo a
velocidade,, mas nunca para, nem nunca atinge o  ponto B.

>
> A partir daqui entramos no campo da filosofia :) (Bem, já lá estamos mas a
> outro nível...) Alguns chamam-lhe metafísica mas ainda não estamos lá :)

Já estou a ver outros a chamarem "baboseiras" ehehehehe!... No entanto e
apesar deste assunto ser um pouco fora de contexto, acho uma maneira
interessante de colocar alguns leitores deste cluster, saudavelmente a
exercitar o raciocinio, aliás como se vê pelas respostas obtidas.
Sinceramente nunca pensei que me respondessem com opiniões tão válidas e
interessantes.

>
>
> "Todavia e curiosamente nós demos um nome a esse momento zero. Chama-se
> simplesmente momento  *presente*. aqui começa o paradoxo propriamente dito,
> pois sendo zero a negação da existencia de algo, define-se essa negação como
> sendo uma parte da existencia do intervalo entre o futuro e o passado."
>
> Ora, o nosso presente não é a ausência de tempo, este é contínuo. A nossa
> percepção permite-nos amostrar porções desse tempo que está em constante
> evolução mas ele existe e o presente representa esse instante.

Ora nem mais, mas o presente é apenas uma percepção humana. É um conceito
terreno. Náo tem dimensão, e termina exactamente no momento do começo.
representa a fronteira entre o futuro e o passado. Digamos que o presente
têm apenas duas dimensões.é como uma "sombra"...Não tem expessura. O futuro
ao fluir através do presente, transforma-se em passado...Quanto tempo isso
demora?...ZeroT.

>
>
> "Se formos levados a pensar, que o momento zero é igual ao presente, e que
> todavia o presente não tem tempo difinido, sendo portanto igual a zero, e
> porque todos nós vivemos no presente, logo no momento zero universal, ( no
> tal fall time da onda quadrada do tempo) e sendo zero a negação da
> existência, logo não existimos!!!!...Ehehehehe!..."
>
> Eu penso, logo existo... ;) Como disse o presente está definido, embora na
> linguagem e cultura possam haver outras "convenções" do presente. O presente
> representa apenas um instante de tempo, a tal fronteira.
> Aqui apenas trocava as seguintes frases:  "o presente representa um
> instante de tempo", por: "o presente é representado por um instante de tempo
> nulo". de resto estou inteiramente de acordo.
> Quanto aos devaneios das "infinidades", é mesmo assim :)
>
> Em relação à viagem de aceleração infinitamente fraccionada, tem toda a
> lógica, e sem nunca parar de viajar nunca se chegará a B.
>
Colega Fonte...Por acaso já alguma vez se debruçou sobre alguma teoria que
aborde velocidade negativa? (nada tem a ver com aceleração negativa, que
essa sim existe e chama-se desaceleração)...É outro tema paradoxal!
ehehehe!

>
> O Infinito é impossível de quantificar.

Com toda a certeza ! ...Até por que entre duas infinitésimas contiguas, cabe
um numero infinito, de infinitésimas.
Por pensar nisso veio-me à ideia um modelo fisico que sendo impossivel de
realizar, é pelo menos interessante de se imaginar.
Imagine uma esfera perfeita, e cujo interior é um espelho tambem ele
perfeito. Exactamente no centro dessa "perfeição" imaginária, que seria o
ponto focal de qualquer porção da calote esférica interior da mesma,
existiria um observador infinitamente pequeno, que olhava para o interior
espelhado da esfera. O que seria que ele via????...certamente uma grandeza
infinita. no entanto um observador exterior via uma pequena esfera.

>
>
> "Parece que bati com a cabeça numa pedra e fiquei apanhado eu sei!!!!... Já
> estou a ver colegas a aconselhar-me um psiquiatra...deixem lá que ninguem
> vos obriga a ler este "queima neurónios"..Mas garanto que isto é um optimo
> exercicio mental. "
>
> Não, não bateu e não precisa de psiquiatra... e já agora isto não queima
> neurónios. Na melhor das hipóteses estimula-os. Pena é que grande das
> pessoas não tenha se quer a mínima ideia do que estamos a falar.
>
Já fico satisfeito só de ter tido a vossa atenção. E agora vou dormir,
porque saí do batente à meia noite e já são 2:10, e isso não é um paradoxo,
mas é a realidade que o meu relógio indica.

>
> 73 de ct1enq
>
73 de CT4RK

>
>
>
> Carlos Mourato escreveu:
>
>> Caros OMs
>>
>> Como prometi, vou dar mais uma "achega" à confusão lançada acerca deste
>> tema das ondas quadradas perfeitas, com o seu "rise time" e o "fall time"
>> iguais a zero.
>> É lógico e como já afirmei, que tudo isto não passa de um exercico mental,
>> com vista a espevitar os neurónios de quem tiver paciencia para ler estas
>> "divagações".
>>
>> Uma onda quadrada perfeita, e como tal imaginária, seria aquela em que não
>> existia tempo de rise time nem de fall time. A existir um sinal assim,  o
>> numero de harmónicas seria infinito, assim como a largura de banda ocupada
>> por esse sinal.. Todavia o conceito de Zero T (time),  é uma grandeza
>> irreal, capaz de produzir paradoxos matemáticos, como nos  exemplos
>> seguintes.:
>> Já disse anteriormente, que a grandeza tempo, é a sucessão de eventos que
>> ocorrem a todo o momento e que está ligado ao começar e acabar destes, que
>> acontecem em série. até aqui tudo normal. O tempo "corre" vindo do futuro e
>> desaparecendo no passado. A isso chama-se o correr do tempo, e em que o ser
>> humano inventou espaços bem definidos, para contar o mesmo. Todavia, para
>> que existam 2 épocas, neste caso o  *futuro* que flui constantemente ao
>> nosso encontro, e *passado* que se afasta cada vez mais, tem que haver uma
>> fronteira entre eles, e que chamamos o tempo presente. Este tempo presente é
>> um paradoxo, pois o futuro precipita-se directamente no passado sem que isso
>> demore uma infinitésima de tempo. ou seja: A transição entre o futuro e o
>> passado é uma perfeita onda quadrada em que o fall time temporal é igual ao
>> zero absoluto. Todavia e curiosamente nós demos um nome a esse momento zero.
>> Chama-se simplesmente momento  *presente*. aqui começa o paradoxo
>> propriamente dito, pois sendo zero a negação da existencia de algo,
>> define-se essa negação como sendo uma parte da existencia do intervalo entre
>> o futuro e o passado.  Para ser mais explicito, e para dar um exemplo
>> simples, basta pensar, quanto tempo demora o dia a passar das 24:00 para as
>> 00:00, ou quanto tempo demora a deixar de ser futuro para ser passado.
>> Se formos levados a pensar, que o momento zero é igual ao presente, e que
>> todavia o presente não tem tempo difinido, sendo portanto igual a zero, e
>> porque todos nós vivemos no presente, logo no momento zero universal, ( no
>> tal fall time da onda quadrada do tempo) e sendo zero a negação da
>> existência, logo não existimos!!!!...Ehehehehe!...A grandeza do universo é
>> infinita, porque talvez a dimensão seja uma coisa humana e não faz parte da
>> lei do universo, e como tal por paradoxal que pareça, nós existimos no
>> momento zero. Como disse, uma onda quadrada perfeita terá uma largura de
>> banda infinita, e um numero infinito de harmónicas... O mesmo se aplica ao
>> tempo, ... sendo o fall time igual a zero então a existencia de harmónicas
>> (neste caso eventos) é tambem infinito.
>> Tudo porque a quebra da regra do grande e do pequeno no universo é
>> notória. O universo pode ser tão infinitamente grande e infinitamente
>> pequeno ao mesmo tempo. Tão pequeno que cabe entre duas unidades de qualquer
>> coisa. Se por exemlo começar-mos a contar de 1 para zero, nunca chegaremos a
>> zero, pois haverá sempre a possibilidade de dividir uma fracção por dois, e
>> assim tornar-mos a contagem numa grandeza infinita. será uma contagem que
>> dará um universo de infinitésimas e que nunca terminará. aqui temos o
>> exemplo de um universo infinitamente pequeno.que apesar de ter um numero
>> infinitamente grande de subunidades, cabe entre o 1 e o zero. Se tivermos em
>> consideração que podemos ter um numero infinito de unidades, a partir do
>> zero e até + infinito,  então temos 1+1N elevado a infinito, (em que N=
>> infinito)  em que entre cada uma dessas unidades teremos um universo de
>> infinitésimas multiplicado por infinito, o que dá um universo infinitamente
>> grande= universo infinitivamente pequeno.  Parece que bati com a cabeça numa
>> pedra e fiquei apanhado eu sei!!!!... Já estou a ver colegas a aconselhar-me
>> um psiquiatra...deixem lá que ninguem vos obriga a ler este "queima
>> neurónios"..Mas garanto que isto é um optimo exercicio mental. Continuando
>> este raciocinio, chega-se à conclusão de que não existe grandezas lineares,
>> mas apenas uma aproximação. Vejamos o exemplo dum movimento uniformente
>> desacelerado... Para começar, qualquer movimento tem que ser relatado em
>> relação a algo,  digamos que vamos deslocar um corpo entre dois pontos.
>> parte de A e deve terminar o percurso em B. No entanto em cada unidade de
>> tempo a velocidade passa para metade. Se dividir-mos por 2 a velocidade, e
>> quando estiver proximo do ponto B, o corpo móvel estará a deslocar-se cada
>> vez mais lentamente, mas sem nunca parar. Quando faltar um infinitésima para
>> atingir o ponto B, a velocidade será dividida por 2 e assim sucessivamente e
>> infinitivamente, fazendo com que o corpo móvel nunca atinja o ponto B e
>> nunca pare em relação a B. se alguma vez o corpo móvel na sua desaceleração
>> linear atingisse o ponto B, dáva-se uma quebra de regras e haveria uma
>> transição brusca no espaço e no tempo, permitindo que a ausencia instantanea
>> de movimento viesse a acontecer no momento em que o espaço desaparecia entre
>> o corpo móvel e o ponto B, o que é impossivel na prática. Logo e perante tal
>> exemplo, somos levados a acreditar, que todos os eventos, que acontecem em
>> qualquer ponto temporal, são regidos pela "onda quadrada" perfeita, assim
>> como a transição entre o futuro e o passado, em que o rise time e o fall
>> time são realmente iguais a zero, e em que esse zero é o presente, sendo
>> este espaço bidimensional definito por presente, o espaço temporal que nos
>> alberga. Ou seja: Vivemos algures, entre o Futuro e o passado, no tempo
>> zero, nessa zona de rise time ou fall time igual a zero, como se da terra de
>> ninguem se tratasse. Se conseguiram ler tudo isto até aqui estão de
>> parabens, pois já derreteram uns bons milhares de neurónios. Se entenderam
>> alguma coisa do que eu escrevi, pois os meus parabens porque têm mesmo poder
>> de raciocinio, Se não entenderam patavina, pois não se preocupem, pois isto
>> é apenas uma forma de pensar alto.
>>
>> 73 de CT4RK
>>
>>
>> --
>> Best 73 from: regards from: CT4RK Carlos Mourato - Sines - Portugal
>>
>> Save the Radio Spectrum! Eliminate Broadband over Power Line. Salve o
>> espectro electromagnético!. Não use a rede electrica para transmitir dados.
>> Os "homeplugs power line" e a tecnologia "power line" causa fortes
>> interferencias noutro serviços sem voce se aperceber. Diga não à tecnologia
>> power line. Proteja o ambiente
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Best 73 from: regards from: CT4RK Carlos Mourato - Sines - Portugal

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