ARLA/CLUSTER: Ainda as ondas quadradas
José Miguel Fonte
etjfonte ua.pt
Domingo, 10 de Janeiro de 2010 - 20:06:00 WET
Viva colega Mourato,
Sei que se trata de um exercício mental mas permita-me umas achegas.
Quando começa por dizer "..."rise time" e "fall time" iguais a zero,
isso de certa forma é impossível pois assim aconteceria que para o mesmo
instante (t) teríamos dois valores, o deveria ser é que esse tempo será
infinitamente pequeno (infinitésimo).
"Uma onda quadrada perfeita, e como tal imaginária, seria aquela em que
não existia tempo de rise time nem de fall time. A existir um sinal
assim, o numero de harmónicas seria infinito, assim como a largura de
banda ocupada por esse sinal.."
O melhor será dizer que esses tempo são infinitamente pequenos e mesmo
assim, por consequência, o número de harmónicos, infinito, etc.
A partir daqui entramos no campo da filosofia :) (Bem, já lá estamos mas
a outro nível...) Alguns chamam-lhe metafísica mas ainda não estamos lá :)
"Todavia e curiosamente nós demos um nome a esse momento zero. Chama-se
simplesmente momento *presente*. aqui começa o paradoxo propriamente
dito, pois sendo zero a negação da existencia de algo, define-se essa
negação como sendo uma parte da existencia do intervalo entre o futuro e
o passado."
Ora, o nosso presente não é a ausência de tempo, este é contínuo. A
nossa percepção permite-nos amostrar porções desse tempo que está em
constante evolução mas ele existe e o presente representa esse instante.
"Se formos levados a pensar, que o momento zero é igual ao presente, e
que todavia o presente não tem tempo difinido, sendo portanto igual a
zero, e porque todos nós vivemos no presente, logo no momento zero
universal, ( no tal fall time da onda quadrada do tempo) e sendo zero a
negação da existência, logo não existimos!!!!...Ehehehehe!..."
Eu penso, logo existo... ;) Como disse o presente está definido, embora
na linguagem e cultura possam haver outras "convenções" do presente. O
presente representa apenas um instante de tempo, a tal fronteira.
Quanto aos devaneios das "infinidades", é mesmo assim :)
Em relação à viagem de aceleração infinitamente fraccionada, tem toda a
lógica, e sem nunca parar de viajar nunca se chegará a B.
O Infinito é impossível de quantificar.
"Parece que bati com a cabeça numa pedra e fiquei apanhado eu sei!!!!...
Já estou a ver colegas a aconselhar-me um psiquiatra...deixem lá que
ninguem vos obriga a ler este "queima neurónios"..Mas garanto que isto é
um optimo exercicio mental. "
Não, não bateu e não precisa de psiquiatra... e já agora isto não queima
neurónios. Na melhor das hipóteses estimula-os. Pena é que grande das
pessoas não tenha se quer a mínima ideia do que estamos a falar.
73 de ct1enq
Carlos Mourato escreveu:
> Caros OMs
>
> Como prometi, vou dar mais uma "achega" à confusão lançada acerca
> deste tema das ondas quadradas perfeitas, com o seu "rise time" e o
> "fall time" iguais a zero.
> É lógico e como já afirmei, que tudo isto não passa de um exercico
> mental, com vista a espevitar os neurónios de quem tiver paciencia
> para ler estas "divagações".
>
> Uma onda quadrada perfeita, e como tal imaginária, seria aquela em que
> não existia tempo de rise time nem de fall time. A existir um sinal
> assim, o numero de harmónicas seria infinito, assim como a largura de
> banda ocupada por esse sinal.. Todavia o conceito de Zero T (time), é
> uma grandeza irreal, capaz de produzir paradoxos matemáticos, como nos
> exemplos seguintes.:
> Já disse anteriormente, que a grandeza tempo, é a sucessão de eventos
> que ocorrem a todo o momento e que está ligado ao começar e acabar
> destes, que acontecem em série. até aqui tudo normal. O tempo "corre"
> vindo do futuro e desaparecendo no passado. A isso chama-se o correr
> do tempo, e em que o ser humano inventou espaços bem definidos, para
> contar o mesmo. Todavia, para que existam 2 épocas, neste caso o
> *futuro* que flui constantemente ao nosso encontro, e *passado* que
> se afasta cada vez mais, tem que haver uma fronteira entre eles, e que
> chamamos o tempo presente. Este tempo presente é um paradoxo, pois o
> futuro precipita-se directamente no passado sem que isso demore uma
> infinitésima de tempo. ou seja: A transição entre o futuro e o passado
> é uma perfeita onda quadrada em que o fall time temporal é igual ao
> zero absoluto. Todavia e curiosamente nós demos um nome a esse momento
> zero. Chama-se simplesmente momento *presente*. aqui começa o
> paradoxo propriamente dito, pois sendo zero a negação da existencia de
> algo, define-se essa negação como sendo uma parte da existencia do
> intervalo entre o futuro e o passado. Para ser mais explicito, e para
> dar um exemplo simples, basta pensar, quanto tempo demora o dia a
> passar das 24:00 para as 00:00, ou quanto tempo demora a deixar de ser
> futuro para ser passado.
> Se formos levados a pensar, que o momento zero é igual ao presente, e
> que todavia o presente não tem tempo difinido, sendo portanto igual a
> zero, e porque todos nós vivemos no presente, logo no momento zero
> universal, ( no tal fall time da onda quadrada do tempo) e sendo zero
> a negação da existência, logo não existimos!!!!...Ehehehehe!...A
> grandeza do universo é infinita, porque talvez a dimensão seja uma
> coisa humana e não faz parte da lei do universo, e como tal por
> paradoxal que pareça, nós existimos no momento zero. Como disse, uma
> onda quadrada perfeita terá uma largura de banda infinita, e um numero
> infinito de harmónicas... O mesmo se aplica ao tempo, ... sendo o fall
> time igual a zero então a existencia de harmónicas (neste caso
> eventos) é tambem infinito.
> Tudo porque a quebra da regra do grande e do pequeno no universo é
> notória. O universo pode ser tão infinitamente grande e infinitamente
> pequeno ao mesmo tempo. Tão pequeno que cabe entre duas unidades de
> qualquer coisa. Se por exemlo começar-mos a contar de 1 para zero,
> nunca chegaremos a zero, pois haverá sempre a possibilidade de dividir
> uma fracção por dois, e assim tornar-mos a contagem numa grandeza
> infinita. será uma contagem que dará um universo de infinitésimas e
> que nunca terminará. aqui temos o exemplo de um universo infinitamente
> pequeno.que apesar de ter um numero infinitamente grande de
> subunidades, cabe entre o 1 e o zero. Se tivermos em consideração que
> podemos ter um numero infinito de unidades, a partir do zero e até +
> infinito, então temos 1+1N elevado a infinito, (em que N= infinito)
> em que entre cada uma dessas unidades teremos um universo de
> infinitésimas multiplicado por infinito, o que dá um universo
> infinitamente grande= universo infinitivamente pequeno.
> Parece que bati com a cabeça numa pedra e fiquei apanhado eu
> sei!!!!... Já estou a ver colegas a aconselhar-me um
> psiquiatra...deixem lá que ninguem vos obriga a ler este "queima
> neurónios"..Mas garanto que isto é um optimo exercicio mental.
> Continuando este raciocinio, chega-se à conclusão de que não existe
> grandezas lineares, mas apenas uma aproximação. Vejamos o exemplo dum
> movimento uniformente desacelerado... Para começar, qualquer movimento
> tem que ser relatado em relação a algo, digamos que vamos deslocar um
> corpo entre dois pontos. parte de A e deve terminar o percurso em B.
> No entanto em cada unidade de tempo a velocidade passa para metade. Se
> dividir-mos por 2 a velocidade, e quando estiver proximo do ponto B, o
> corpo móvel estará a deslocar-se cada vez mais lentamente, mas sem
> nunca parar. Quando faltar um infinitésima para atingir o ponto B, a
> velocidade será dividida por 2 e assim sucessivamente e
> infinitivamente, fazendo com que o corpo móvel nunca atinja o ponto B
> e nunca pare em relação a B. se alguma vez o corpo móvel na sua
> desaceleração linear atingisse o ponto B, dáva-se uma quebra de regras
> e haveria uma transição brusca no espaço e no tempo, permitindo que a
> ausencia instantanea de movimento viesse a acontecer no momento em que
> o espaço desaparecia entre o corpo móvel e o ponto B, o que é
> impossivel na prática. Logo e perante tal exemplo, somos levados a
> acreditar, que todos os eventos, que acontecem em qualquer ponto
> temporal, são regidos pela "onda quadrada" perfeita, assim como a
> transição entre o futuro e o passado, em que o rise time e o fall time
> são realmente iguais a zero, e em que esse zero é o presente, sendo
> este espaço bidimensional definito por presente, o espaço temporal que
> nos alberga. Ou seja: Vivemos algures, entre o Futuro e o passado, no
> tempo zero, nessa zona de rise time ou fall time igual a zero, como se
> da terra de ninguem se tratasse.
> Se conseguiram ler tudo isto até aqui estão de parabens, pois já
> derreteram uns bons milhares de neurónios. Se entenderam alguma coisa
> do que eu escrevi, pois os meus parabens porque têm mesmo poder de
> raciocinio, Se não entenderam patavina, pois não se preocupem, pois
> isto é apenas uma forma de pensar alto.
>
> 73 de CT4RK
>
>
> --
> Best 73 from: regards from: CT4RK Carlos Mourato - Sines - Portugal
>
> Save the Radio Spectrum! Eliminate Broadband over Power Line. Salve o
> espectro electromagnético!. Não use a rede electrica para transmitir
> dados. Os "homeplugs power line" e a tecnologia "power line" causa
> fortes interferencias noutro serviços sem voce se aperceber. Diga não
> à tecnologia power line. Proteja o ambiente
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