ARLA/CLUSTER: transmissões digitais cada vez mais sostificadas podem aproximar-se do analógico.

José Miguel Fonte etjfonte ua.pt
Sexta-Feira, 8 de Janeiro de 2010 - 01:02:42 WET


Viva colega Mourato,

Ando com pouco tempo livre por isso vou apenas comentar sem fundamentar 
muito.
O que o colega descreve, conforme o colega Matias referiu, poderá ser, 
provavelmente, um conversor Delta Sigma para o qual existem várias 
abordagens (Modulação Delta, Conversor AD/DA de 1 bit com 
'oversampling'. Este sistema já antigo muito utilizado nas linhas 
telefónicas, Leitores de CD's, etc.

Quanto às ondas quadradas perfeitas, estas não existem nem nunca 
existiram. Para existirem teriam de ter harmónicos até ao infinito e 
mesmo assim :)...
O que se tem conseguido são transições 0->1 e 1->0 cada vez mais rápidas 
e de alguma forma isso implica mais largura de banda e ao mesmo tempo 
sinais mais próximos dos pretendidos.

Quanto a amplitude de sinais digitais isso é o que se faz na amostragem 
(vulgar conversão analógica-digital e vice-versa). Acho muito pouco 
provável amostragem remota a distâncias consideráveis no entanto com as 
novas formas de transmissão algo do género fosse, eventualmente, 
possível, seria certamente uma abordagem arriscada. No entanto na 
transmissão de sinais em série já se utilizaram (e ainda utilizam) 
técnicas de códigos de linha, tipo NRZI, NRZ, etc.

Quanto a atribuir um número infinito de patamares ao sinal a amostrar 
será certamente muito difícil. A quantidade de bits necessária seria 
impossível de comportar. Isso já temos no mundo analógico, o submundo 
digital não precisa nem serve para tal.

O processamento é importante e isso pode reflectir-se na frequência de 
amostragem, já o nível de "patamares" precisa de um tamanho absurdo de 
bits (podemos chamar-lhe palavra (word)). O tamanho da palavra teria de 
ser da mesma forma, como referiu, infinito. Convém lembrar que os 
processadores hoje em dia trabalham com 32, 64 e 128 bits... Mais só em 
laboratórios ou para investigação e mesmo assim, sem ser um número 
elevado e longe de se vulgarizarem.

"Será o formato analógico um formato digital tremendamente desenvolvido????"

Não. :) Mas refazendo a frase:

O "formato" digital, tremendamente desenvolvido é, apenas, um caso 
particular do formato analógico.

Tudo depende das necessidades do mundo real. Se os nossos olhos não 
conseguem ver mais de 25-30 imagens por segundo para quê transmitir 
mais? Se os nosso ouvidos ouvirem no máximo até os 20 kHz e um OM provou 
que amostrando ao dobro conseguimos isso, para quê mais? (Isto em termos 
grosseiros como é óbvio. :))

A questão principal será, porquê e para quê.

73 de ct1enq

Carlos Mourato escreveu:
> caros colegas
> Não se assustem porque não vêm por aí nada que vocês não conheçam. 
> este é apenas um título para despertar a vossa curiosidade.
> estava eu a ver umas formas de onda, usadas nas mais diversas formas 
> de modulação digital, e deparei-me com a "antiga" onda quadrada a ter 
> vários niveis digitais. Antigamente os sistemas digitais eram 
> basicamente compostos por informação de tudo ou nada, sob a forma de 
> uma onda quadrada, e o que basicamente mudava era a duração. Um pouco 
> como CW a altissima velocidade. Agora, com as necessidades de 
> transmitir cada vez mais informaçãop em bandas cada vez mais estreita, 
> começaram a fazer "umas escadinhas" nas ondas quadradas e com isso 
> obter cada vez  vezes mais dados de um simples simbolo. ocupando a 
> mesma largura de banda  com muito mais informação. Até aqui nada de 
> especial, mas o que me chamou à atenção, foi a forma como se 
> transformam os sinais digitais, que antes eram apenas ondas quadradas. 
> Hoje em dia, com as modernas técnicas de processamento e 
> descodificação, essas ondas quadradas são transformadas em diversos 
> patamares, cada um correspondendo a um valor digital. Por enquanto os 
> valores ainda só variam entre 0,77V e 5V, pelo que não se optam por 
> grandezas negativas. todavia, acredito que em breve a codificação 
> dogital possa vir a usar valores simétricos  entre  -5V e +5V. A 
> acontecer tal. e se a cada onda quadrada atribuir-mos um numero 
> infinito de patamares, teremos nada mais nada menos que uma sinosoide 
> analógica, com uma capacidade de transmissão de dados quase 
> infinita!!!!...Acho que o que é preciso apenas são processadores 
> ultarápidos, operando na gama das dezenas de GHz, capazes de processar 
> dezenas de biliões de "estados" por segundo. Nada que não seja 
> possivel com processadores ópticos, já em estudo, e que usam  nanoleds 
> de laser em vez de fios, para interligar as células do microprocessador.
> Isto pode ser apenas ficção cientifica gerada na minha mente, mas é 
> curioso como o desenvolvimento da tecnologia se aproxima dos formatos 
> analógicos. Será o formato analógico um formato digital tremendamente 
> desenvolvido????...Acontece que uma sinosoide é apenas um conjunto 
> infinito de pontos de amplitude, num angulo de 360 graus...E se a cada 
> ponto desses atribuir-mos um valor digital????...Apenas precisaremos 
> de  descodificar, para saber o que vai dar!
>
> 73 de CT4RK
>
>
>
> -- 
> Best 73 from: regards from: CT4RK Carlos Mourato - Sines - Portugal
>
> Save the Radio Spectrum! Eliminate Broadband over Power Line. Salve o 
> espectro electromagnético!. Não use a rede electrica para transmitir 
> dados. Os "homeplugs power line" e a tecnologia "power line" causa 
> fortes interferencias noutro serviços sem voce se aperceber. Diga não 
> à tecnologia power line. Proteja o ambiente
> -----------------------------------------------------------
>
>
> ------------------------------------------------------------------------
>
> _______________________________________________
> CLUSTER mailing list
> CLUSTER  radio-amador.net
> http://radio-amador.net/cgi-bin/mailman/listinfo/cluster
>   





Mais informações acerca da lista CLUSTER