Re: ARLA/CLUSTER: FW: Noticia no DN de Hoje sobre as interferências provocadas por um radioamador...
Antonio Matias
ct1ffu gmail.com
Quinta-Feira, 26 de Agosto de 2010 - 13:53:28 WEST
Colega Araujo
Muito Obrigado pelos comentários.
Não há que pedir desculpa de nada.
Vamos lá ver por partes.
Meu caro Matias,
>
>
>
> tenho tido em muito boa conta a maioria dos ensinamentos técnicos que por
> esta via tem partilhado, no entanto estou totalmente em desacordo com a sua
> técnica educatica aqui apresentada.
>
>
>
Obrigado, mais uma vez.
> Ensinar que aquilo que se vê mal feito não deve ser comunicado à autoridade
> competente é remeter a resolução dos problemas apenas para os próprios
> intervenientes.
>
Em primeiro lugar, numa sala de aulas há um professor que deve ver e saber
tudo o que se passa à sua volta, é a autoridade.
Quando por exemplo um aluno denuncia que o colega do lado está com
a língua de fora, isto só por si é passar um atestado de incompetência ao
professor, que aos olhos do aluno acusador está desatento.
Assim sendo, o aluno acusador também será castigado.
Além do mais, um aluno não deve falar sem se por em sentido e pedir
permissão para falar, coisa que agrava o castigo e normalmente
toda a turma é castigada perante este delito.
Muito eficaz esta opção, quando uma turma inteira tem de pagar pelo erro de
um aluno.
Isto são coisitas leves, sem grande importância, e que só acontecem quando
são muito novinhos e inexperientes e os castigos não passam de umas flexões
ou abdominais que até fazem com muito gosto.
A ideia é que eles percebam que se devem preocupar exclusivamente com eles
próprios e não com os colegas do lado.
A aprendizagem é por tentativa-erro e assim se aprende com castigos e
louvores, pois fica muito mais bem vincado na educação das crianças.
É bem notória a evolução do carácter nos miúdos e mais tarde é bem
reconhecida pelos pais, que se enchem de orgulho ao ver os seus filhos, por
exemplo, tratar sempre um adulto por senhor em vez de tu.
São pequenas coisas, mas que fazem grande diferenças.
É o mesmo que ensinar uma criança a dar um murro na cara do colega que lhe
> deu um pontapé.
>
Jamais, nas escolas de artes-marciais reina o respeito e harmonia, nunca em
caso algum um colega agride alguém, nem mesmo na rua, escola ou família.
Como lhe disse, o que os outros fazem ou dizem, mesmo que relativos à nossa
pessoa deve ser ignorado, a menos claro está, em ultimo caso de defesa da
integridade física.
> Na minha opinião, a atitude correcta é comunicar a agressão ao professor e
> esperar que este tome as medidas punitivas adequadas e faça uma clara
> definição das regras de conduta no seio do grupo. Infelizmente, o que se
> assiste é ao total desinteresse/desautorização de quem deve impor as regras…
> a consequência é a anarquia reinante em muitos espaços (i.e. escolas, etc).
>
Aqui falamos de escolas publicas de ensino, e estamos de acordo.
As vezes aparecem-me alunos com 11 anos, que nem os sapatos sabem atar, não
gostam de exercício, levam uma vida sedentária obesa, e os pais são
literalmente seus servos.
Os pais e professores acham que fazendo tudo aos alunos e filhos os estão a
preparar para a vida, mas estão bem enganados.
Aplicassem os métodos sérios, disciplinadores que isto dava uma volta, mas
enfim.
>
> Justiça pelas próprias mãos era a lei do far-west e, sinceramente, apesar
> de todos os defeitos ainda prefiro viver sob a nossa, muitas vezes
> deficiente, justiça do que imaginar-me a viver nos States. Discordo mas
> respeito a sua perspectiva.
>
>
>
No oriente, e nalguns países como a Alemanha ou Suiça isto não acontece,
porque será?
73
Matias
>
>
> cordiais 73's
>
> CT1DSV
>
> Jose Araujo
>
>
>
>
>
>
>
> *De:* cluster-bounces radio-amador.net [mailto:
> cluster-bounces radio-amador.net] *Em nome de *Antonio Matias
> *Enviada:* quinta-feira, 26 de Agosto de 2010 12:07
>
> *Para:* Resumo Noticioso Electrónico ARLA
> *Assunto:* Re: ARLA/CLUSTER: FW: Noticia no DN de Hoje sobre as
> interferências provocadas por um radioamador...
>
>
>
> No meu outro Hobbie, sou instrutor de artes marciais.
>
> As artes marciais são aplicações de condutas, técnicas e regras militares a
> civis.
>
> Este modo de ensino é ancestral e ao longo dos séculos sempre comprovou a
> sua eficácia no ensino a massas.
>
> Russeau dizia que as crianças nascem boas, depois a sociedade
> corrompe-as,eu, não tenho tanta certeza disto.
>
> A meu ver, as crianças são cruéis, más, cínicas e muito mentirosas, a
> verdade é esta, falo-o com conhecimento de causa e qualquer professor pode
> confirmar isto, todavia, sempre as achamos adoráveis.
>
> Nas nossas aulas, quem manda é o respeito, a disciplina e humildade. Estes
> valores são muito difíceis de incutir nas crianças, não só pelas razões
> que atrás descrevo, mas também devido a chamada "violência de almofadas"
> (mimos) que os pais hoje aplicam nos filhos .
>
> Das situações mais usuais que me aparecem, são as queixinhas, quase todos
> pelo inicio dos treinos vêm com esta mania e não se refutam a publicamente
> acusar o colega do lado que está com o dedo no nariz.
>
> O remédio é simples: pagam sempre os dois, quem faz o mal e quem vem fazer
> queixas do colega.
>
> Este método é muito eficaz nas crianças, e vai preparando-os para o futuro.
> Que não se metam aonde não são chamados, e resolvam os problemas sem
> estrilho, nem levantamento de poeiras.
>
> Tenho especial gosto de ensinar crianças, pois a alegria que elas sempre
> têm, contagia-nos e isso é muito proveitoso para um adulto que conviva com
> elas.
>
> É muito compensador, ver diabretes convertidos em pequeninas maquinas
> obedientes, educadas, fortes e com espírito de grupo.
>
> Perdoem-me os impacientes leitores que não estão a ver aonde quero chegar
> com isto, mas é simples a dedução.
>
> Embora estejamos perante gente adulta, o cenário é o mesmo:
> um prevaricador, uma denuncia publica não lesante ao queixoso e uma
> autoridade.
>
> Não me admiraria que a autoridade mandasse os dois fazer 50 flexões.
>
>
>
> 73
>
> Matias
>
>
>
>
>
> 2010/8/26 Radiophilo <radiophilo gmail.com>
>
> Caro Donato,
>
> Dificilmente se poderia falar aqui em tabu.
> Como sabe, este forum sobre radioamadorismo, bem como vários outros, é
> publicamente acessível sem qualquer espécie de registo, controle ou censura.
> Além disso as nossas transmissões em todo o espectro são feitas em claro,
> sem qualquer dificuldade ou limitação legal, ou outra, por qualquer cidadão,
> jornalista ou não. Aliás, não é novidade para ninguém que há uns quantos
> jornalistas radioamadores.
>
> Agora, há realmente uma diferença grande entre denunciar às autoridades um
> crime cometido por um radioamador, que o colega fez e muito bem, e denunciar
> o radioamadorismo em si ao público, que foi o que o colega também fez.
>
> Perdoe-me a franqueza, mas se queria denunciar a incompetência das
> autoridades em lidar com o caso, não teria menos efeito se relatasse
> sumariamente o crime em si e focando a sua atenção para a morosidade da
> resposta das autoridades. Não precisava de aludir ao radioamadorismo, até
> porque essa ligação é perfeitamente irrelevante para o assunto, e para o
> público.
> Eu quando vou pagar as compras do supermercado não dou o meu número de
> contribuinte. Isso não faz de mim um malfeitor encapuçado.
>
> Mas pronto, já está já está, não se preocupe muito com isso.
>
> 73,
> António Vilela
> CT1JHQ
>
> 2010/8/26 Donato Macedo-CT3JT <ct3jt iol.pt>
>
>
>
> Bom dia.
>
> Penso que esta discussão é estéril, pois por muito respeito que as opiniões
> contrárias me mereçam, não concordo que se criem tabús, (pelo menos não
> contem comigo para isso), como se os amantes deste *hobby*, fossem uma
> espécie de irmandade hermética ou uma sociedade secreta...
>
> Já temos muitas "corporações secretas" em Portugal. Não queiram fazer desta
> actividade lúdica, mais uma.
>
> Cumprimentos CT3JT
>
> DM
>
>
>
> _______________________________________________
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> CLUSTER radio-amador.net
> http://radio-amador.net/cgi-bin/mailman/listinfo/cluster
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