ARLA/CLUSTER: 2 anos QRX dos CR7

[Radiophilo]

Meu caro Pedro,

2010/8/16 Pedro Ribeiro (CR7ABP) <pribeiro-ham  net.ipl.pt>

> Aproveitando algumas questões que levanta, esclareça sem souber mais acerca
> do assunto ...
>
> Existe alguma lei nacional que impeça a escuta das comunicações "em claro"
> que andam pelo ar?
> Exemplos: ATC (Controlo de Tráfego Aéreo), ACARS (dados entre avioes e
> companhias aèreas), Bandas de Amador (por não amadores), frequencias
> alocadas a serviços públicos e privados, táxis, etc.
>

Este assunto tem sido discutido várias vezes em diversos contextos. Ninguém
parece saber ao certo responder a isso, nem a própria Anacom. Faz agora 4
anos que lhes coloquei formalmente a questão e até hoje não obtive resposta.
E não se pense que foi por falta de insistência, pois durante vários meses
telefonei para lá TODAS as semanas. Ouvi de tudo, é claro, todas as
desculpas habituais dos burocratas, mas de respostas concretas, nada.

Há coisa de um ano escrevi aqui no cluster alguns textos sobre este assunto:

http://radio-amador.net/pipermail/cluster/2009-May/012424.html
http://radio-amador.net/pipermail/cluster/2009-September/014551.html.
Creio que se mantêm mais ou menos actuais, pelo menos não sei de alterações
à lei.

Depois o aparente paradoxo. Como CR7 não posso emitir do QTH, por exemplo,
> na faixa de UHF 430~440MHz, no entanto, alguns transceptores de uso livre
> (não licenciado) permitem a operação na faixa SRD/LPD dos 433~434, isso
> significa que perco direitos ao ser amador licenciado?
>

Creio que não. Qualquer cidadão, mesmo radioamador, pode usar esse tipo de
equipamentos.
De qualquer forma creio que essas coisas não têm interesse nenhum.
Pelo contrário, se realmente pretende iniciar a operação regular através de
um serviço que não o de amador, então já os PMR nos 446 MHz são muito
interessantes, que mais não seja porque lá encontrará muito mais amadores do
que nas suas próprias bandas, hi.
Tem ainda a vantagem de ser muito barato, poupando quaisquer quantias que
certamente lhe poderiam eventualmente ser pilhadas pelo uso de qualquer rede
privativa, quer em equipamentos, quer em taxas.

73,
António Vilela
CT1JHQ
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