ARLA/CLUSTER: Ionosonda 256

Carlos Mourato radiofarol gmail.com
Sexta-Feira, 22 de Maio de 2009 - 16:17:22 WEST


MatiasInteiramente de acordo com tudo o que disseste. No entanto, convem
dizer , que desde o inicio eu referi que as minhas observações se reportam
exclusivamente a NVIS, ou seja, com ângulos de incidência entre os 90 e os
70º e não mais do que isso. Realcei, até, que quem estivesse interessado em
DX, não devia sequer considerar os meus emails. Todo esses mecanismos de
propagação, muito interessantes ( e mais complicados ainda) e que referiste,
é uma vertente que também dedico algum tempo de estudo, e cujas noções
fundamentais fazem parte do meu conhecimento.
Parece que ainda não ficou foi bem claro, que tudo o que tenho escrito, e
comentado, acompanhado de experiências na banda de 40m, com factos
comprovados pelos contactos que tenho efectuado em tão boas condições, se
têm baseado apenas nos dados fornecidos pela digisonda 256, localizada em
Arenosillo, Huelva. Pelos registos dessa ionosonda, tenho verificado muitos
comportamentos interessantes da propagação especialmente da zona sul da
Peninsula, e só considero um raio de 300 km ( onde se dá a propagação NVIS )
de huelva, e em que eu estou colocado limiarmente. Todas as outras
localizações, são para mim postas de lado, e não faço observações a não ser
para termos comparativos. No entanto tenho feito algumas observações, a
nivel de comparação dos dados da 256 com a de Tarragona. Ambas em Espanha,
mas com resultados completamente diferentes.
Tenho passado dias inteiros a "guardar" a 256, e isso tem-me transmitido
alguns dados que depois vou tentar colocar em prática na frequência dos
7MHz, que é a unica banda que temos, que possibilita uma observação NVIS com
algum eficiência. Os resultados, são, que quando tenho dados positivos dessa
sonda, e uma fo, por volta ou acima dos 7MHz, tenho conseguido QSOs em 40m
com estações continentais, muito estáveis, sem QSB (uma das caracteristicas
da NVIS), e com sinais de 59+20 ou superiores como aconteceu ontem, desde as
16:00 e até às 22:00 quando desliguei os radios. Por outro lado, sobre o
Mediterrâneo, principalmente na parte Oeste e portanto aqui proximo de nós,
e segundo os mapas publicados na net, têm havido uma fo elevada a partir do
meio da tarde. Se os mapas e as ionosondas estão devidamente operacionais e
caqlibradas, isso já não sei. Mas pelos resultados obtidos, sou levado a
acreditar que sim.

Mais uma vez reafirmo, que ficam de fora destes meus comentários, estações
cujo angulo para estabelecimento de comunicação, seja inferior a 70º, ou
seja a uma distancia superior a 300 ou 350Km, dependendo da altura da F2.
Tudo isto é uma discussão sadia e muito interessante, que nos leva a
observar, investigar e principalmente a aprender. Já fazia falta uns emails
assim.
Quanto às experiencias em backscatter, só uma vez observei isso, em 144300
com o CT1FAK. Durante uma noite fizemos um QSO magnifico, mas ambos com as
antenas apontadas para sul. Eu voltei a minha antena para Aveiro e nem
sombras do FAK. No entanto, com a antena voltada para sul, obtinha sinais de
S9. Convém no entanto referir, e particularmente nesta frequencia tão
elevada, que outro fenómeno podia ter acontecido, devido a que era a altura
dos ventos Sirocos, na zona do deserto do Norte de Africa, e sobre o mar
Mediterrâneo, observavam-se fenomenos pouco comuns.

73 de CT4RK


2009/5/22 antonio matias <ct1ffu  hotmail.com>

>  Bom Dia.Embora me tenha dedicado os últimos 6 anos ao estudo da camada E,
>  que é um pouco diferente da F,
> não deixam de ter muitas semelhanças a nível de comportamento.
> Sabemos perfeitamente o que excita a camada F , mas não sabemos para a E, e
> é ainda um grande mistério
> por resolver.
> Dai que muitos radio-amadores dediquem tanto tempo e estudo na busca do
> entendimento do mecanismo da camada E.
> Mesmo com os estudos IGY ( ano internacional da geofísica), militares
> e científicos, não foi possível determinar os mecanismos da camada E e suas
> causas.
> As camadas da Ionosfera podem ser largas, grossas, ter dezenas
> de quilómetros, e o nível de concentração de electrões é que determina a
> Muf.
> A reflexão acontece um pouco como o efeito de lançar uma pedra ao mar, se a
> mandamos num determinado ângulo , ela vai bater na agua e salta.
> Se a mandarmos na vertical, afunda-se.
> Só que no caso de RF, quanto mais alta a frequência, mais no interior da
> camada (mais altitude) vai acontecer a reflexão, dai também o salto ser
> maior.
> Se formos subindo a frequência, esta vai atingir a fase de refracção onde
> não mais atinge o solo, e se continuarmos a subir na frequência,
> acabará por repassar a camada e perder-se no espaço.
> Isto tem a ver com a frequência, mas também com o ângulo, também há
> um ângulo critico.
> Numa determinada incidência, a camada pode reflectir, noutra pode refractar
> ou mesmo repassar.
> A FoF2 ou FoE são medidas com precisão, mas a Muf, muitas vezes não
> acompanha a teoria da multiplicação por 3.
> As camadas são grandes, e não homogéneas, há "bolhas", ou "nuvens" mais
> ionizadas em certas áreas e noutras menos.
> Por vezes a MUf está a 20mhz e os 10m estão abertos em F2.
> As Ionosondas dão-nos apenas uma medição local, e não é valida para as
> estações vizinhas da sonda, pois se quero fazer um QSO para
> a Grécia, preciso de saber como está a mUF a meia distancia, mais ou menos
> na Italia.
> Como a camada F2 está a 300 Quilómetros,  rudemente calculando, podemos ter
> a nuvem ionizada a 2000Km de nós com uma elevação de 5º.
> É por esta razão que as antenas verticais são tão boas em DX. Têm
> um ângulo de radiação favorável para atacar a F2.
>
> Tambem podemos detectar a MUF em nossa casa:
> Na camada E há efeitos giros, um deles é o back-scater. onde podemos
> escutar os echos das estações que chamam.
> Isto só se detecta quando varias estações com antenas viradas para uma
> determinada zona, não se escutam em directo.
> Por vezes escuto o EA7KW chamado para as Caraibas em 50,110 e estou com as
> antenas viradas para Oeste.
> Se virar para ele, deixo de o ouvir. isto deve-se ou facto de o Muf estar
> no limite da Frequência (49mhz) e a camada reage á frequência, como que
> oscilando com ela, e dispersando para traz o sinal.
> O back Scater é um bom indicador da MUF.
> O atraso na chegada do eco, dá para medir com precisão a distancia que está
> a nuvem.
>
>
> muito haveria para falar de propagação...
>
> 73's
>
> Matias
> ------------------------------
> Date: Fri, 22 May 2009 00:32:23 +0100
> Subject: Re: ARLA/CLUSTER: Ionosonda 256
> From: radiofarol  gmail.com
> To: cluster  radio-amador.net
>
>
> MatiasEntão parte-se do principio, que foF2 e a frequencia a partir da
> qual e para um dado angulo de  incidencia, os sinais de radio não se
> reflectem e atravessam a camada atmosférica F2. perdendo-se no espaço. Esta
> é conhecida pela frequencia critica. As comunicaçóes devem ser
> preferencialmente 10% abaixo da Fc....Eu lembro-me de ter respondido a esta
> pergunta quando fiz exame da classe B!!!...Tambem fazem estas perguntas
> agora???...(eheheheh)
>
> 2009/5/21 antonio matias <ct1ffu  hotmail.com>
>
>
> Boas
> Convém o colega Mourato explicar o que é a FoF2.
> Não vão os colegas menos entendidos ficar a coçar a cabeça.
> F0F2 é a frequência critica da camada F2.
> O calculo "rude" que faço para saber a Muf " Frequência Máxima Utilizável"
> Multiplico o valor da FoF2 por 3.
>
> As Ionosondas  são muito úteis e podem medir também outras camadas.
>
> Aqui podemos ver a FoF2 : http://www.spacew.com/www/fof2.html
>
> Aqui podemos  ver a Muf : http://www.spacew.com/www/realtime.php
>
> Atenção que a camada F2 não tem qualquer interacção
> nas comunicações em 144mhz, raramente o MUF vai a 50mhz, só nos picos
> solares.
>
> F2 é a camada responsável pelas comunicações em HF de longa distancia.
> Pois esta camada está entre 200 e 400 km  (F1 e F2) o
> que possibilita saltos de milhares de Kms
> e até mesmo cobertura mundial em multi-salto.
>
>
> Já agora , a propagação SSSP  já começõu em 50mhz.
> Tenho constatado magnificas aberturas nocturnas para caraibas e Norte
> America.
> Esta semana.
>
> 73's
>   Matias
>
>
>
>
> Date: Thu, 21 May 2009 17:25:32 +0100
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> To: Cluster  radio-amador.net
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> E continua a subir!!!!
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