Re: ARLA/CLUSTER: Zeca, tu passa-me no CW senão não és Homem.
Paulo Calvo
paulo.calvo brilhomania.pt
Quinta-Feira, 7 de Maio de 2009 - 17:09:05 WEST
Boas
Na minha opinião, e sem segundos sentidos, acho que não é a aptidão para a
telegrafia que faz de alguém radioamador a sério ou a brincar.
Há pouco tempo atrás fiz uma appresentação a alunos do 3º Ciclo de um
Colégio aqui da zona.
Uma das dificuldades que tive foi definir o que somos.
Acho que mais importante que a telegrafia está a atitude, o cumprimento da
lei e do decalogo do radioamador.
Claro que o dominio da telegrafia é uma mais valia.
Termino com uma piadola de gosto duvidoso: há por aí "colegas" que mais
valia que o não fossem...
Ah e na minha tropa colegas eram aquelas senhoras que a troco de dinheiro
prestavam certo tipo de serviços de cariz sexual... Eramos camaradas, sem
kapa...
Mas este post levantou uma questão importante.
Já agora quem é dar uma cursito de telegrafia aqui na margem sul (Charneca
da Caparica)?
Paulo Calvo
CT1IDW
----- Original Message -----
From: "João Gonçalves Costa" <joao.a.costa ctt.pt>
To: "'Resumo Noticioso Electrónico ARLA'" <cluster radio-amador.net>
Sent: Thursday, May 07, 2009 4:50 PM
Subject: ARLA/CLUSTER: Zeca, tu passa-me no CW senão não és Homem.
Prezados colegas,
Nos meus quase 50 anos de existência, já tive o prazer e a tristeza de
assistir a algumas histórias que para mim, eram e são, um misto de patéticas
quanto de ridículas.
Nesta questão do CW, que tantos e-mails gerou neste fórum, fez-me recordar a
história do meu colega de tropa Zeca Dinis.
O Zeca Dinis era um franzino transmontano oriundo de uma das mais recondidas
aldeias do interior dessa região. Ao contrario de todos nós, que naquela
altura consideravam que o serviço militar era dispensável e portanto
estávamos lá quase "forçados", o Zeca tinha-se oferecido como voluntário.
Para nós, particularmente os vindos do Litoral, isto era algo que nunca
poderíamos imaginar...então o Zeca tinha ficado livre, e agora estava agora
ali como voluntário...?
Pois bem, o que para nós seus colegas, teria sido um acontecimento para ser
festejado, para o Zeca e particularmente para a sua família e comunidade de
onde era oriundo, isto encarado como se a ele lhe tivessem diagnosticado uma
doença muito má.
Na terra do Zeca; "Quem não fosse à tropa não era Homem" e não existia
memória, que algum que por qualquer razão a não tivesse feito, alguma vez se
tenha casado.
Portanto, para o Zeca, aquela noticia de ter ficado livre, era dramática e
pior ainda, como poderia provar lá na aldeia que afinal era Homem e que
assim até se podia casar se não fosse à tropa...!? Só lhe restava, na sua
mentalidade, uma opção, tinha que se oferecer como voluntário e fazer todos
os possíveis e impossíveis para ser aceite nas fileiras.
A mim, parece-me que neste fórum existem ainda muitos habitantes e
familiares da aldeia do meu colega Zeca Dinis, quando se trata de realizar e
ficar aprovado no exame do código morse.
Muito sinceramente, não sei como será para os futuros radioamadores, pois
vão ter um problema muito grave para resolver, como puderam provar a partir
de 1 de Junho de 2009, a si e aos outros, que são verdadeiramente
Radioamadores..!? Será que uns e outros ainda não se aperceberam do ridículo
que são algumas das suas empolgadas e patéticas afirmações...? Ou ainda
acreditam que quem não vai à tropa não è Homem.
Se algo fosse necessário nessa matéria, nestes últimos dias tive aqui a
prova que sempre tive certo na minha analise, o exame de aptidão para o
código morse serviu em Portugal para tudo, menos para habilitar alguém, para
a pratica desse modo.
João Costa, CT1FBF
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