ARLA/CLUSTER: Voo AF-447 - Comunicações de Emergência
Salomao Fresco
sal.fresco gmail.com
Domingo, 7 de Junho de 2009 - 12:34:01 WEST
Bom Domingo para todos.
Recebemos um série de mensagens aqui no Cluster reencaminhadas de uma outra
Lista, e cujo assunto era as comunicações de emergência, nomeadamente nas
operações de busca do voo AF-447.
Por muito que me custe dizê-lo, é efectivamente nestes casos que se vê
exactamente qual o papel que os Amadores têm neste tipo de situações.
Sei que vou deixar muitos Colegas "em brasa" com o que vou escrever, mas
devemos ser modestos nestes casos, pois como se pode ver, como houve um
qualquer erro de comunicação, foi logo o pobre do Amador que fez M****. Se
ninguém soubesse que os amadores estavam envolvidos no processo a
responsabilidade seria de qualquer outro interveniente com efectiva
responsabilidade e capacidade técnica para o efeito. Não dúvido que o Colega
André tivesse participado e efectuado comunicações de carácter vital para a
operação, a minha dúvida está é no facto de ter partido dele a "fuga de
informação", pois sabemos que, infelizmente, no Brasil há um sem número de
utilizadores ilegais das faixas de Amador, dos serviços de segurança e até
dos satélites militares, neste caso é sobejamente conhecido o "Bolinha-Sat".
Por isso meus amigos, deixemos as comunicações de socorro e emergência para
os "Pro's", pois são eles que tem a obrigação suprema de as estabelecer e
manter em funcionamento, tanto técnica como operacionalmente.
O nosso papel só será o de apoio às comunicações NÃO essênciais, conhecidas
de outra forma por "Welfare Messages" ou seja transmitir informações não
oficiais acerca do bem estar de pessoas às suas familias.
Deixo-vos um excerto do ARES Field Resources Manual, que apesar de dizer
respeito às instituições e organismos nos EUA, se poderá muito bem aplicar
às comunicações de emergência a nível mundial:
*
Principles of Disaster Communication
1. Keep transmissions to a minimum. In a disaster, crucial stations may be
weak. All other stations should
remain silent unless they are called upon. If you’re not sure you should
transmit, don’t.
2. Monitor established disaster frequencies. Many ARES localities and some
geographical areas have
established disaster frequencies where someone is always (or nearly always)
monitoring for possible calls.
3. Avoid spreading rumors. During and after a disaster situation, especially
on the phone bands, you may
hear almost anything. Unfortunately, much misinformation is transmitted.
Rumors are started by expansion,
deletion, amplification or modification of words, and by exaggeration or
interpretation. All addressed
transmissions should be officially authenticated as to their source. These
transmissions should be repeated word
for word, if at all, and only when specifically authorized.
4. Authenticate all messages. Every message which purports to be of an
official nature should be written
and signed. Whenever possible, amateurs should avoid initiating disaster or
emergency traffic themselves. We
do the communicating; the agency officials we serve supply the content of
the communications.
5. Strive for efficiency. Whatever happens in an emergency, you will find
hysteria and some amateurs who
are activated by the thought that they must be sleepless heroes. Instead of
operating your own station full time
at the expense of your health and efficiency, it is much better to serve a
shift at one of the best-located and bestequipped
stations, suitable for the work at hand, manned by relief shifts of the
best-qualified operators. This
reduces interference and secures well-operated stations.
6. Select the mode and band to suit the need. It is a characteristic of all
amateurs to believe that their
favorite mode and band is superior to all others. The merits of a particular
band or mode in a communications
emergency should be evaluated impartially with a view to the appropriate use
of bands and modes. There is, of
course, no alternative to using what happens to be available, but there are
ways to optimize available resources.
7. Use all communications channels intelligently. While the prime object of
emergency communications
is to save lives and property (anything else is incidental), Amateur Radio
is a secondary communications means.
Normal channels are primary and should be used if available. Amateurs should
be willing and able to use any
appropriate emergency channels—Amateur Radio or otherwise—in the interest of
getting the message through.
8. Don’t “broadcast.” Some stations in an emergency situation have a
tendency to emulate “broadcast”
techniques. While it is true that the general public may be listening, our
transmissions are not and should not be
made for that purpose.
9. NTS and ARES leadership coordination. Within the disaster area itself,
the ARES is primarily
responsible for emergency communications support. The first priority of
those NTS operators who live in or
near the disaster area is to make their expertise available to their
Emergency Coordinator (EC) where and when
needed. For timely and effective response, this means that NTS operators
should talk to their ECs before the
time of need so that they will know how to best respond.
*
Portanto, e para finalizar, SÓ em caso de solicitação das autoridades
competentes, deveremos responder e actuar.
Enquanto não tivermos uma rede nacional organizada e com formação nesta
matéria, o nosso papel será apenas de "mirones".
Deixo ainda uma recomendação:
Não façam grande "espalhafato" com coletes reflectores, pirilampos, sirenes,
viaturas enfeitadas e outros sinais exteriores, pois caso a situação dê para
o torto serão os primeiros a comer por tabela.
E sobretudo deixem as operações de socorro para os operacionais, não tentem
tomar parte nas mesmas.
Cumprimentos
Salomão Fresco
CT2IRJ
-------------- próxima parte ----------
Um anexo em HTML foi limpo...
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