Bom Domingo para todos.<br><br><br>Recebemos um série de mensagens aqui no Cluster reencaminhadas de uma outra Lista, e cujo assunto era as comunicações de emergência, nomeadamente nas operações de busca do voo AF-447.<br>
<br>Por muito que me custe dizê-lo, é efectivamente nestes casos que se vê exactamente qual o papel que os Amadores têm neste tipo de situações.<br>Sei que vou deixar muitos Colegas "em brasa" com o que vou escrever, mas devemos ser modestos nestes casos, pois como se pode ver, como houve um qualquer erro de comunicação, foi logo o pobre do Amador que fez M****. Se ninguém soubesse que os amadores estavam envolvidos no processo a responsabilidade seria de qualquer outro interveniente com efectiva responsabilidade e capacidade técnica para o efeito. Não dúvido que o Colega André tivesse participado e efectuado comunicações de carácter vital para a operação, a minha dúvida está é no facto de ter partido dele a "fuga de informação", pois sabemos que, infelizmente, no Brasil há um sem número de utilizadores ilegais das faixas de Amador, dos serviços de segurança e até dos satélites militares, neste caso é sobejamente conhecido o "Bolinha-Sat".<br>
<br>Por isso meus amigos, deixemos as comunicações de socorro e emergência para os "Pro's", pois são eles que tem a obrigação suprema de as estabelecer e manter em funcionamento, tanto técnica como operacionalmente.<br>
O nosso papel só será o de apoio às comunicações NÃO essênciais, conhecidas de outra forma por "Welfare Messages" ou seja transmitir informações não oficiais acerca do bem estar de pessoas às suas familias.<br><br>
Deixo-vos um excerto do ARES Field Resources Manual, que apesar de dizer respeito às instituições e organismos nos EUA, se poderá muito bem aplicar às comunicações de emergência a nível mundial:<br><i><br>Principles of Disaster Communication<br>
1. Keep transmissions to a minimum. In a disaster, crucial stations may be weak. All other stations should<br>remain silent unless they are called upon. If you’re not sure you should transmit, don’t.<br>2. Monitor established disaster frequencies. Many ARES localities and some geographical areas have<br>
established disaster frequencies where someone is always (or nearly always) monitoring for possible calls.<br>3. Avoid spreading rumors. During and after a disaster situation, especially on the phone bands, you may<br>hear almost anything. Unfortunately, much misinformation is transmitted. Rumors are started by expansion,<br>
deletion, amplification or modification of words, and by exaggeration or interpretation. All addressed<br>transmissions should be officially authenticated as to their source. These transmissions should be repeated word<br>
for word, if at all, and only when specifically authorized.<br>4. Authenticate all messages. Every message which purports to be of an official nature should be written<br>and signed. Whenever possible, amateurs should avoid initiating disaster or emergency traffic themselves. We<br>
do the communicating; the agency officials we serve supply the content of the communications.<br>5. Strive for efficiency. Whatever happens in an emergency, you will find hysteria and some amateurs who<br>are activated by the thought that they must be sleepless heroes. Instead of operating your own station full time<br>
at the expense of your health and efficiency, it is much better to serve a shift at one of the best-located and bestequipped<br>stations, suitable for the work at hand, manned by relief shifts of the best-qualified operators. This<br>
reduces interference and secures well-operated stations.<br>6. Select the mode and band to suit the need. It is a characteristic of all amateurs to believe that their<br>favorite mode and band is superior to all others. The merits of a particular band or mode in a communications<br>
emergency should be evaluated impartially with a view to the appropriate use of bands and modes. There is, of<br>course, no alternative to using what happens to be available, but there are ways to optimize available resources.<br>
7. Use all communications channels intelligently. While the prime object of emergency communications<br>is to save lives and property (anything else is incidental), Amateur Radio is a secondary communications means.<br>Normal channels are primary and should be used if available. Amateurs should be willing and able to use any<br>
appropriate emergency channels—Amateur Radio or otherwise—in the interest of getting the message through.<br>8. Don’t “broadcast.” Some stations in an emergency situation have a tendency to emulate “broadcast”<br>techniques. While it is true that the general public may be listening, our transmissions are not and should not be<br>
made for that purpose.<br>9. NTS and ARES leadership coordination. Within the disaster area itself, the ARES is primarily<br>responsible for emergency communications support. The first priority of those NTS operators who live in or<br>
near the disaster area is to make their expertise available to their Emergency Coordinator (EC) where and when<br>needed. For timely and effective response, this means that NTS operators should talk to their ECs before the<br>
time of need so that they will know how to best respond.<br></i><br><br>Portanto, e para finalizar, SÓ em caso de solicitação das autoridades competentes, deveremos responder e actuar.<br>Enquanto não tivermos uma rede nacional organizada e com formação nesta matéria, o nosso papel será apenas de "mirones".<br>
<br><br>Deixo ainda uma recomendação:<br><br>Não façam grande "espalhafato" com coletes reflectores, pirilampos, sirenes, viaturas enfeitadas e outros sinais exteriores, pois caso a situação dê para o torto serão os primeiros a comer por tabela.<br>
<br>E sobretudo deixem as operações de socorro para os operacionais, não tentem tomar parte nas mesmas.<br><br><br><br>Cumprimentos<br><br>Salomão Fresco<br>CT2IRJ<br><br><br><br><br><br>