RE: ARLA/CLUSTER: Potência p.i.r.e. e Potência de Saída

João Gonçalves Costa joao.a.costa ctt.pt
Sexta-Feira, 5 de Junho de 2009 - 14:02:56 WEST


Caro Joel Lobão, CT1HXB.
 
Por acaso já consultaste o sitio da Internet referenciado aqui pelo Carlos Mourato, CT4RK, que é:
http://www.csgnetwork.com/antennaecalc.html

Só faltou indicares a que Banda, se referem os teus cálculos...?

No caso dos 2m e para uma antena com um ganho de 10dBi e desprezando as perdas nos conectores e cabos, e para um máximo de 300W P.I.R.E., a potencia máxima RMS à saida do transceptor / amplificador é de APENAS 30 W para estar de acordo com o anexo 6 ao QNAF, e caso não invoques que pretendes realizar, por exemplo, reflexão lunar

Atenção, a potencia referenciada para HF é a potência P.E.P. - Potência de Pico Envolvente, que implica um valor determinado entre picos, durante o máximo de um sinal modulante em amplitude.

Transcrevo seguidamente a analise que a A. R. L. A. - Associação de Radioamadores do Litoral Alentejano, fez sobre essa questão e que em devido tempo enviou ao ICP-ANACOM.

"Em sistemas de modulação de uma portadora de RF em amplitude, como é o caso do AM ou SSB ou DSB, ou outro qualquer sistema que utilize a variação da amplitude do sinal, existe de facto na realidade a grandeza PEP.

Tal grandeza não existe porém em modulações nas quais não se faz uso da amplitude, como é o caso de FM, modulação por largura de impulsos, modulação de fase, FSK e outras.

Nestes casos, a amplitude da onda portadora é constante, e não se pode dizer que exista uma potência PEP, mas sim uma potência de portadora (também denominada como "carrier" ou "keydown").

Assim, o conceito PEP apenas se aplica, na nossa opinião, a sistemas de modulação de amplitude.

A potência de " carrier " existe em todas as emissões, inclusivamente nas não moduladas.

Chamamos ainda a atenção para o facto de que no caso de telegrafia em A1A, estamos perante uma modulação de amplitude, por variação de tudo ou nada do valor eficaz da portadora, não existindo, mais uma vez neste caso, a possibilidade de se aplicar o conceito de potência PEP.

Tendo o exposto supra referenciado em consideração, propomos o seguinte conceito a adoptar na regulamentação do Serviço de Amador e Amador por Satélite - Potência de Portadora em Radiofrequência RMS (acrónimo, para Root Mean Square,), como sendo a potência em Watts, que resulta da divisão do quadrado da tensão eficaz de RF em volts, pela resistência de uma carga em ohms, ligada à saída do gerador de RF."

Ao que parece o ICP-ANACOM não considerou este comentário, devidamente fundamentado e optou por manter em HF o conceito de potência P.E.P. - Potência de Pico Envolvente, expresso nas recomendações CEPT para Onda Curta.

João Costa, CT1FBF



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De: cluster-bounces  radio-amador.net [mailto:cluster-bounces  radio-amador.net] Em nome de Joel Lobão
Enviada: sexta-feira, 5 de Junho de 2009 13:30
Para: Resumo Noticioso Electrónico ARLA
Assunto: ARLA/CLUSTER: Potência p.i.r.e. e Potência de Saída


Boa tarde,
 
Peço desculpa voltar a este assunto mas ainda tenho algumas dúvidas.
 
Pelas minhas contas que apresentarei abaixo, se tiver uma antena com um ganho de 10dBi apenas poderei ter à saída do transceptor ou amplificador 150W. 
Neste caso irei desprezar as perdas no cabo e nas fichas.
 
Pt Será a potencia p.i.r.e.
Ps a Potência à saida do transceptor/amplificador
G - ganho da antena em dBi
 
Pt(dB)=Ps(dB)+G(dBi)
 
Pt(dB)= 10 LOG(1500) = 31,76 dBi
G(dB)= 10 dBi
 
Logo 
 
Ps(dB)= 21,76dB
 
Ps(W) = 10^(21.76/10) = 150W
 
Estarei a falhar alguma coisa ou é mesmo assim?
 
73 de CT1HXB - Joel Lobão




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