ARLA/CLUSTER: Formula de Friis, será a prova dos
José Miguel Fonte
etjfonte ua.pt
Quinta-Feira, 4 de Junho de 2009 - 00:39:09 WEST
Carlos Mourato escreveu:
> Boas tardes colegas
>
> Ora aqui está um assunto interessante e onde eu gostaria de "meter a
> colherada". Na prática e em campo real, esta formula têm um interesse
> muito reduzido. Esta é uma formula utilizada nas câmaras anecóicas,
> onde a reflexão electromágnetica é quase nula, tendo em conta o
> formato geométrico e a propriedade absorvente das paredes da câmera.
De facto são chamadas de Câmaras anecóicas, e não salas. Existem de
outros tipos, por exemplo, reverberantes ou, perdoem-me o exemplo, de gás.
A ideia é de que são isoladas do ambiente exterior, estanque para os
sinais envolvidos.
O conceito de reflexão quase nula tem de ser melhor explicado senão não
se percebe o seu real funcionamento. Esta "quase ausência de reflexões"
é obtida através de múltiplas reflexões, logo não podemos dizer que não
existem reflexões, pelo contrário, existem imensas, mas em locais
controlados (extremidades da câmara) por forma a obter zonas com quase
ausência de reflexões. Isto obtém-se através de material absorvente à
frequência em questão e uma geometria própria das extremidades (paredes)
desenhada para as frequências em estudo. O resultado obtido é simples, o
sinal ao chegar às paredes é reflectido para fora da zona central, ou
seja, mantém-se nas extremidades, sendo reflectido N vezes até o
resultado ser o da absorção do sinal ou perda de energia.
Assim, uma Câmara Anecóica não é um local onde a reflexão é nula, poderá
quase sê-lo num local ou zona dessa mesma câmara.
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