Re: ARLA/CLUSTER: Polarização Vertical, Polarização Horizontal, Polarização Circular por Paulo Pinto, CT1ETE

Carlos Mourato radiofarol gmail.com
Quarta-Feira, 29 de Julho de 2009 - 00:58:50 WEST


Não me parece que este sistema seja correcto! Algo está mal com esta
explicação!...A ver! 1º   O esquema de cabos coaxiais apresentado, presta-se
para aplicar a 2 antenas com 90º de diferença, mas ambas iguais, (da mesma
banda)

2º  O sistema apresentado não apresenta polarização circular pura, mas sim
em steps de 90º isto se as antenas forem iguais e da mesma banda, e cruzadas
(direita ou esquerda segundo a alternância dos cabos).

3º O sistema de cabos apresentado nunca funciona correctamente em bandas
diferentes, por a diferença de fase ser completamente diferente de uma banda
para a outra.

4º a configuração de antenas 2m/70cm apresentadas nas fotos, não apresenta
polarização circular em caso algum, mas sim vertical numa banda e horizontal
noutra.

5º A configuração apresentada nas fotos, de duas yagis cruzadas de banda
diferente, apresenta uma atenuação de 3 dBs por banda, em relação a uma
radiação circular.

6 Polarizações circulares lineares, (variando o angulo continuamente)
 obtêm-se com antenas circulares, como a Helicoidal e outras baseadas no
mesmo principio e não com yagis simples (RHP ou LHP consoante o sentido do
enrolamento)

7º Antenas yagis simples, da mesma banda, quando cruzadas, apresentam uma
variação de angulo em relação ao plano de propagação em 4 steps de 90º e
nunca de forma circular pura.

8º  O sistema apresentado nas fotos funciona para satélites, desde que seja
toleravel o fading originado pela rotação do mesmo. Todavia terá uma perda
de 3 dBs em relação à polarização circular. Usa-se este tipo de
configuração, tal como o colega ETE exemplifica, manualmente e procurando o
melhor sinal do satélite.

73 de CT4RK



2009/7/28 JOSE PROENÇA <gct2hiv  gmail.com>

> Paulo Pinto
>
> Será possível obter o esquema desta antena cruzada com duas bandas?
> Obrigado
>
> Um abraço, 73
>
> JAP
> CT2HIV
>
>
> ____________________________________________________________________________________
>
> 2009/7/28 João Gonçalves Costa <joao.a.costa  ctt.pt>
>
>>  *Polarização Vertical <http://www.qsl.net/cs1arm/vertical.gif> (esq.) Polarização
>> Horizontal <http://www.qsl.net/cs1arm/horizontal.gif> (centro) Polarização
>> Circular <http://www.qsl.net/cs1arm/circular.gif> Direita(dir.)*
>>
>>
>>
>> A polarização é a "direcção da vibração" da onda de rádio. Melhor dizendo,
>> é a direcção do campo electromagnético gerado pela antena. Quando os
>> elementos de uma YAGI estão na vertical, a polarização gerada será vertical.
>> O mesmo serve para horizontal. Uma antena do tipo helicoidal produz um campo
>> de polarização circular (direita ou esquerda). A diferença entre direita ou
>> esquerda tem a ver com o sentido da rotação da onda. A direita roda no
>> sentido dos ponteiros do relógio e a esquerda ao contrário. A polarização
>> circular é uma boa escolha quando se trata de receber sinais gerados em
>> polarização vertical e/ou horizontal. Ou seja, é preferível perder sempre
>> 3dB de sinal (a diferença de ganho entre Circular e Vertical/Horizontal) do
>> que perder grande parte do sinal numa relação Vertical --> Horizontal.
>> Vejamos o seguinte quadro de análise de sinal. É claro que em situações
>> limite 3dB poderá ser muito importante, mas teremos que optar.
>>   Emissão do UO-14
>>  Antena Receptora
>>  Perda
>>  Vertical
>>  Vertical
>>  0 dB
>>  Horizontal
>>  20 dB
>>  Horizontal
>>  Vertical
>>  20 dB
>>  Horizontal
>>  0 dB
>>  Vertical
>>  Circular
>>  3 dB
>>  Horizontal
>>  Circular
>>  3 dB
>>
>> *NOTA*: Se as antenas lineares não tiverem a mesma atitude (se não
>> estiverem perfeitamente horizontais ou verticais) , a perda não será de 0dB.
>>
>> Uma outra hipótese pode ser a comutação manual entre uma antena de
>> polarização vertical e outra de polarização horizontal. Durante a passagem
>> decidiremos qual das polarizações usar. Também é possível produzir uma
>> polarização circular através de duas antenas de polarização vertical e
>> horizontal. Para tal, é necessário que alimentemos as duas polarizações em
>> simultâneo, embora uma das polarizações tenha que ser alimentada 90 graus
>> fora de fase com a outra. O que é isto ? Tomemos como exemplo duas antenas
>> enfasadas, em que se usa o mesmo comprimento de coaxial desde o T até aos
>> conectores, para que elas estejam alimentadas em fase. No caso da
>> polarização circular, um dos tramos terá que ser maior do que o outro, para
>> que haja um atraso de tempo e assim uma das polarizações receba a energia do
>> sinal primeiro. Usaremos medidas precisas de coaxiais de 50 e 75 Ohms. Para
>> obtermos a diferença de fase de 90 graus, temos que fazer com que um dos
>> tramos de alimentação seja 1/4 de onda maior do que o outro.
>>
>> O facto de alimentarmos primeiro a polarização vertical, atrasando a
>> horizontal, estamos a provocar uma polarização circular direita. É
>> importante referir que se estivermos a usar polarização circular direita e o
>> satélite usar polarização circular esquerda, obteremos a mesma perda do que
>> entre polarização linear vertical e horizontal, ou seja 20 dB. Nesse caso
>> seria preferível usar uma polarização linear na recepção (apenas 3dB). O
>> coaxial de 75 Ohms é utilizado para fazer o ajuste de impedância que se
>> altera com a junção das duas antenas (mais baixo no conector "T"). Um dos
>> efeitos colaterais desta solução é o maior ruído no receptor. Outro, é o
>> facto do sinal na transmissão sofrer uma perda de 3dB em relação a antenas
>> lineares. Isto deve-se ao facto da potência ser dividida pelo conector "T"
>> pelas duas antenas. Por exemplo, se usarmos 4 watts, 2 watts vão para uma
>> polarização e os restantes 2 para a outra. Assim, podemos dizer que se
>> duplicarmos a nossa potência vamos obter um ganho de 3dB. Se reduzirmos para
>> metade obteremos uma redução de -3dB. *ATENÇÃO*: A perda de 3dB só se
>> fará sentir se a antena receptora for de polarização linear (vertical ou
>> horizontal). Se a antena receptora for também circular, ela vai receber toda
>> a nossa energia emitida. Uma vantagem de usar polarização circular, mesmo se
>> o satélite emitir linearmente, é o facto de reduzirmos o efeito de QSB
>> provocado pela rotação do satélite, o que poderá compensar a perda de 3dB.
>>
>> *Confusos ?*
>>
>> Resumamos:
>>
>> 1) Entre diferentes polarizações lineares (vertical e horizontal), a perda
>> é de cerca de 20 dB.
>>
>> 2) Entre diferenets polarizações circulares (direita e esquerda), a perda
>> é de cerca de 20 dB.
>>
>> 3) Entre polarizações lineares e circulares, a perda é de 3dB.
>>
>> A situação ideal era termos a polarização correcta e também a atitude.
>> Como acima já dissemos, o satélite nem sempre tem a mesma posição em relação
>> à Terra. Ele vai rodando aos poucos. Assim, se formos rodando manualmente a
>> antena e mantivermos a polarização correcta, obteremos sempre o máximo de
>> sinal do satélite. Dizem vocês que isso se torna difícil. E com razão. Mas
>> muitos operadores fazem-no com as antenas na mão, acompanhando o movimentos
>> do satélite. Mas não confundam a rotação manual da antena com polarização
>> circular. Se rodarmos uma antena vertical ela não deixa de ser vertical na
>> sua polarização. Essa é a situação ideal para o UO-14, pois as suas antenas
>> são lineares. As antenas mais conhecidas e que se usam na mão são as ARROW.
>> Estas possuem um cabo próprio que isola a mão do operador da antena. Com
>> estas antenas não podem ser usadas potência elevadas. Normalmente são usadas
>> em operações portáteis e possuem um excelente rendimento.
>>
>> http://www.arrowantennas.com
>>
>>
>>
>> O meu primeiro QSO no UO-14 foi apenas com 5 watts (TH-D7) e uma antena de
>> móvel de 1/4 de onda. Aqui está a confirmação:
>>
>> *Efeito Doppler*
>>
>> Como o satélite UO-14 retransmite em UHF, a correcção do efeito doppler é
>> importante. Para tal, pode ser utilizada a correcção automática (através de
>> software) ou a manual. Uma forma simplificada de fazer essa correcção
>> manualmente é:
>>
>> Programar 5 memórias em UHF (*1* *-* 435.080 FM, *2* *-* 435.075 FM, *3*
>> *-* 435.070 FM, *4* *-* 435.065 FM, *5* *-* 435.060 FM)
>>
>> 1) Usar a memória *1* no primeiro quinto da passagem.
>>
>> 2) Usar a memória *2* no segundo quinto da passagem.
>>
>> 3) Usar a memória *3* no terceiro quinto da passagem.
>>
>> 4) Usar a memória *4* no quarto quinto da passagem.
>>
>> 5) Usar a memória *5* no último quinto da passagem.
>>
>> Pode tentar simplificar este método, usando apenas 3 memórias, desprezando
>> a 1 e a 5. Assim, dividirá a passagem em terços.
>>
>> A emissão poderá ser feita sempre em 145.975 FM, dado que o efeito doppler
>> é quase desprezível em VHF.
>>
>> Se pretender descarregar um programa de previsão de passagens dos
>> satélites, vá à nossa secção de software<http://www.qsl.net/cs1arm/software.htm>
>> .
>>
>>
>>
>> *UO14.net*
>>
>> Existe uma página Web em inglês dedicada ao UO-14. Lá poderá encontrar
>> mais informações sobre o satélite e sobre equipamento ideal para poder
>> operar. O site encontra-se no endereço http://www.uo14.net.
>>
>> Eis uma foto de W4NML e o seu setup para o UO-14:
>>
>> Agora só falta experimentar. Boa Sorte.
>>
>>
>>
>> CT1ETE, Paulo Pinto
>>
>> Fonte: *UO-14, Amado ou odiado. (http://www.qsl.net/cs1arm/uo14.htm)*
>>
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