Re: ARLA/CLUSTER: Polarização Vertical, Polarização Horizontal, Polarização Circular por Paulo Pinto, CT1ETE

JOSE PROENÇA gct2hiv gmail.com
Terça-Feira, 28 de Julho de 2009 - 18:44:56 WEST


Paulo Pinto

Será possível obter o esquema desta antena cruzada com duas bandas?
Obrigado

Um abraço, 73

JAP
CT2HIV

____________________________________________________________________________________

2009/7/28 João Gonçalves Costa <joao.a.costa  ctt.pt>

>  *Polarização Vertical <http://www.qsl.net/cs1arm/vertical.gif> (esq.) Polarização
> Horizontal <http://www.qsl.net/cs1arm/horizontal.gif> (centro) Polarização
> Circular <http://www.qsl.net/cs1arm/circular.gif> Direita(dir.)*
>
>
>
> A polarização é a "direcção da vibração" da onda de rádio. Melhor dizendo,
> é a direcção do campo electromagnético gerado pela antena. Quando os
> elementos de uma YAGI estão na vertical, a polarização gerada será vertical.
> O mesmo serve para horizontal. Uma antena do tipo helicoidal produz um campo
> de polarização circular (direita ou esquerda). A diferença entre direita ou
> esquerda tem a ver com o sentido da rotação da onda. A direita roda no
> sentido dos ponteiros do relógio e a esquerda ao contrário. A polarização
> circular é uma boa escolha quando se trata de receber sinais gerados em
> polarização vertical e/ou horizontal. Ou seja, é preferível perder sempre
> 3dB de sinal (a diferença de ganho entre Circular e Vertical/Horizontal) do
> que perder grande parte do sinal numa relação Vertical --> Horizontal.
> Vejamos o seguinte quadro de análise de sinal. É claro que em situações
> limite 3dB poderá ser muito importante, mas teremos que optar.
>   Emissão do UO-14
>  Antena Receptora
>  Perda
>  Vertical
>  Vertical
>  0 dB
>  Horizontal
>  20 dB
>  Horizontal
>  Vertical
>  20 dB
>  Horizontal
>  0 dB
>  Vertical
>  Circular
>  3 dB
>  Horizontal
>  Circular
>  3 dB
>
> *NOTA*: Se as antenas lineares não tiverem a mesma atitude (se não
> estiverem perfeitamente horizontais ou verticais) , a perda não será de 0dB.
>
> Uma outra hipótese pode ser a comutação manual entre uma antena de
> polarização vertical e outra de polarização horizontal. Durante a passagem
> decidiremos qual das polarizações usar. Também é possível produzir uma
> polarização circular através de duas antenas de polarização vertical e
> horizontal. Para tal, é necessário que alimentemos as duas polarizações em
> simultâneo, embora uma das polarizações tenha que ser alimentada 90 graus
> fora de fase com a outra. O que é isto ? Tomemos como exemplo duas antenas
> enfasadas, em que se usa o mesmo comprimento de coaxial desde o T até aos
> conectores, para que elas estejam alimentadas em fase. No caso da
> polarização circular, um dos tramos terá que ser maior do que o outro, para
> que haja um atraso de tempo e assim uma das polarizações receba a energia do
> sinal primeiro. Usaremos medidas precisas de coaxiais de 50 e 75 Ohms. Para
> obtermos a diferença de fase de 90 graus, temos que fazer com que um dos
> tramos de alimentação seja 1/4 de onda maior do que o outro.
>
> O facto de alimentarmos primeiro a polarização vertical, atrasando a
> horizontal, estamos a provocar uma polarização circular direita. É
> importante referir que se estivermos a usar polarização circular direita e o
> satélite usar polarização circular esquerda, obteremos a mesma perda do que
> entre polarização linear vertical e horizontal, ou seja 20 dB. Nesse caso
> seria preferível usar uma polarização linear na recepção (apenas 3dB). O
> coaxial de 75 Ohms é utilizado para fazer o ajuste de impedância que se
> altera com a junção das duas antenas (mais baixo no conector "T"). Um dos
> efeitos colaterais desta solução é o maior ruído no receptor. Outro, é o
> facto do sinal na transmissão sofrer uma perda de 3dB em relação a antenas
> lineares. Isto deve-se ao facto da potência ser dividida pelo conector "T"
> pelas duas antenas. Por exemplo, se usarmos 4 watts, 2 watts vão para uma
> polarização e os restantes 2 para a outra. Assim, podemos dizer que se
> duplicarmos a nossa potência vamos obter um ganho de 3dB. Se reduzirmos para
> metade obteremos uma redução de -3dB. *ATENÇÃO*: A perda de 3dB só se fará
> sentir se a antena receptora for de polarização linear (vertical ou
> horizontal). Se a antena receptora for também circular, ela vai receber toda
> a nossa energia emitida. Uma vantagem de usar polarização circular, mesmo se
> o satélite emitir linearmente, é o facto de reduzirmos o efeito de QSB
> provocado pela rotação do satélite, o que poderá compensar a perda de 3dB.
>
> *Confusos ?*
>
> Resumamos:
>
> 1) Entre diferentes polarizações lineares (vertical e horizontal), a perda
> é de cerca de 20 dB.
>
> 2) Entre diferenets polarizações circulares (direita e esquerda), a perda é
> de cerca de 20 dB.
>
> 3) Entre polarizações lineares e circulares, a perda é de 3dB.
>
> A situação ideal era termos a polarização correcta e também a atitude. Como
> acima já dissemos, o satélite nem sempre tem a mesma posição em relação à
> Terra. Ele vai rodando aos poucos. Assim, se formos rodando manualmente a
> antena e mantivermos a polarização correcta, obteremos sempre o máximo de
> sinal do satélite. Dizem vocês que isso se torna difícil. E com razão. Mas
> muitos operadores fazem-no com as antenas na mão, acompanhando o movimentos
> do satélite. Mas não confundam a rotação manual da antena com polarização
> circular. Se rodarmos uma antena vertical ela não deixa de ser vertical na
> sua polarização. Essa é a situação ideal para o UO-14, pois as suas antenas
> são lineares. As antenas mais conhecidas e que se usam na mão são as ARROW.
> Estas possuem um cabo próprio que isola a mão do operador da antena. Com
> estas antenas não podem ser usadas potência elevadas. Normalmente são usadas
> em operações portáteis e possuem um excelente rendimento.
>
> http://www.arrowantennas.com
>
>
>
> O meu primeiro QSO no UO-14 foi apenas com 5 watts (TH-D7) e uma antena de
> móvel de 1/4 de onda. Aqui está a confirmação:
>
> *Efeito Doppler*
>
> Como o satélite UO-14 retransmite em UHF, a correcção do efeito doppler é
> importante. Para tal, pode ser utilizada a correcção automática (através de
> software) ou a manual. Uma forma simplificada de fazer essa correcção
> manualmente é:
>
> Programar 5 memórias em UHF (*1* *-* 435.080 FM, *2* *-* 435.075 FM, *3* *
> -* 435.070 FM, *4* *-* 435.065 FM, *5* *-* 435.060 FM)
>
> 1) Usar a memória *1* no primeiro quinto da passagem.
>
> 2) Usar a memória *2* no segundo quinto da passagem.
>
> 3) Usar a memória *3* no terceiro quinto da passagem.
>
> 4) Usar a memória *4* no quarto quinto da passagem.
>
> 5) Usar a memória *5* no último quinto da passagem.
>
> Pode tentar simplificar este método, usando apenas 3 memórias, desprezando
> a 1 e a 5. Assim, dividirá a passagem em terços.
>
> A emissão poderá ser feita sempre em 145.975 FM, dado que o efeito doppler
> é quase desprezível em VHF.
>
> Se pretender descarregar um programa de previsão de passagens dos
> satélites, vá à nossa secção de software<http://www.qsl.net/cs1arm/software.htm>
> .
>
>
>
> *UO14.net*
>
> Existe uma página Web em inglês dedicada ao UO-14. Lá poderá encontrar mais
> informações sobre o satélite e sobre equipamento ideal para poder operar. O
> site encontra-se no endereço http://www.uo14.net.
>
> Eis uma foto de W4NML e o seu setup para o UO-14:
>
> Agora só falta experimentar. Boa Sorte.
>
>
>
> CT1ETE, Paulo Pinto
>
> Fonte: *UO-14, Amado ou odiado. (http://www.qsl.net/cs1arm/uo14.htm)*
>
> _______________________________________________
> CLUSTER mailing list
> CLUSTER  radio-amador.net
> http://radio-amador.net/cgi-bin/mailman/listinfo/cluster
>
>


-- 
CT2HIV
José A. Proença
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