ARLA/CLUSTER: APRS

Paulo Calvo paulo.calvo brilhomania.pt
Quinta-Feira, 2 de Julho de 2009 - 10:15:26 WEST


Não estou a falar de interpretações, mas sim de definições e conceitos estabelecidos há muito tempo nas comunicações de dados.

Voçê é que está a confundir alhos e bugalhos.
Repetir, por definição, implica a retransmissão exacta do que se recebeu. Ora um digipeater não o faz.

O que um digipeater faz é muito simples e chama-se comutação.
Consiste em receber a trama, verificar a sua integridade, analisar os campos adequados e decidir se deve ou não retransmiti-la. Se sim desencapsula o campo de dados e volta a encapsular com um novo header e trailer e retransmite-a. Se não a trama é descartada.
Se um equipamento toma decisões baseadas no conteúdo de uma trama é mais do que um repetidor...

O Dstar usa equipamentos chamados incorrectamente de repetidores e são ainda mais complicados. Parecem-se mais com um router IP do que com qualquer outra coisa.

Podem dizer que a informação do utilizador não é alterada mas o conjunto de informação que constitui a trama é, então temos mais do que um repetidor.

Quanto à questão legal é importante. Parece-me que algumas Associações andam a fazer lobby para que os nós de AX.25 estejam apenas nas suas mãos...
Por isso é importante que os termos e definições standard sejam usados de forma a podermos argumentar (ou não) de forma coerente e documentada.
As definições de repeater, switch e router estão acessiveis na net em diversos locais de confiança.

Paulo Calvo
  ----- Original Message ----- 
  From: José Miguel Miranda Barroso da Fonte 
  To: 'Resumo Noticioso Electrónico ARLA' 
  Sent: Wednesday, July 01, 2009 8:50 PM
  Subject: RE: ARLA/CLUSTER: APRS


  Como disse anteriormente, muitas vezes discute-se a interpretação em vez de se discutir realmente o assunto em questão. Este é mais um caso.

   

  O colega está misturar vários conceitos em apenas uma questão.

   

  Um repetidor de fonia, analógico é uma coisa, um digipeater é um repetidor digital, um repetidor DSTAR é um repetidor digital mas não é "vulgar" chamar-se digipeater. Esse termo vem do passado. 

   

  Assim como o termo digipeating e afins.

   

  Em AX.25 temos o protocolo e a informação e a última é repetida sem qualquer alteração. Chama-se a isso repetir. O Digipeating acontece no protocolo e é uma característica do mesmo.

   

  O Digipeating é a forma mais básica de repetição, muito pouco eficaz e, como já referi, é uma característica do protocolo AX.25.

   

  Se o problema é  a legalidade  (questões legais), então isso é outra batalha, mas utilizando uma expressão do colega. A ANACOM percebe tanto disto como eu de "lagares de azeite".

   

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  De: cluster-bounces  radio-amador.net [mailto:cluster-bounces  radio-amador.net] Em nome de Paulo Calvo
  Enviada: quarta-feira, 1 de Julho de 2009 17:34
  Para: Resumo Noticioso Electrónico ARLA
  Assunto: Re: ARLA/CLUSTER: APRS

   

  Eu sei disso, mas um digipeater altera a informação que recebe e retransmite-a.

  Por exemplo uma trama com WIDE3-3 sai com WIDE2-3.

   

  Um repetidor não altera nada.

  Vejamos um exemplo, se um repetidor receber um sinal interferido retransmite o sinal sem se ralar com isso.

  Um  digipeater não retransmite informação corrompida pois não consegue descodificar a mesma...

   

  Para mais um repetidor tem um canal de entrada e um de saída, um digipeater apenas tem um canal...

   

  O digipeater não é assim tão asno como o querem fazer parecer...



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